Perfil clínico e sintomatológico de pacientes com infecções virais de uma unidade de pronto atendimento no alto sertão paraibano
Palavras-chave:
Chikungunya. Dengue. Sintomas. Virologia.Resumo
O estudo objetivou apresentar o perfil clinico e sintomatológico de pacientes infectados por dengue e chikungunya atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade de Cajazeiras, alto sertão paraibano. Delineado como uma pesquisa exploratória, descritiva, documental, retrospectiva, com abordagem quantitativa. Realizada na UPA do município de Cajazeiras – PB, sendo esta, referências para a nona gerência em saúde atendendo aos municípios vizinhos. Foram analisadas 2.335 fichas de notificações no intervalo de tempo de 1 ano entre junho de 2015 a junho de 2016, foram descartadas as fichas com suspeitas de mais de uma infecção viral e demais patologias. Os dados passaram por tabulação no programa SPSS com significância estatística de 0,05 (igual ou menor). Foram identificados 57,1% sexo feminino e 42,9% do sexo masculino, a profissão de maior prevalência foi aposentado, com 13,9% seguida por estudantes com 11% e agricultores correspondendo a 10,4%. Identificou-se que a maior parte da amostra está numa faixa etária de 32 a 60 anos com 38,2%, acompanhados de um segundo grupo com idades correspondentes entre 12 e 32 com 36%. As principais queixas relatadas pelos pacientes foram febre com 17,8%, mialgia com 17,1%, cefaleia 17,8% e artralgia com 22,3% evidenciando assim, ser a principal queixa. Dentre as arboviroses diagnosticados a de maior domínio foi a dengue com 77,5% das notificados, ficando assim, chikungunya com 22,5% dos casos. O perfil clínico e sintomatológico de pacientes com dengue são pessoas do sexo masculino com idades de 0 a 12 anos tendo como principais sinais/sintomas febre e artralgia, já o perfil para pacientes infectados com chikungunya são do sexo feminino, porém, com idades entre 32 e 60 e como principal sintoma a artralgia.
Downloads
Referências
AROOR, A. R. Clinical manifestations and predictors of thombocytopenia in hospitalized adults with dengue fever. North Am J Med Sci, v. 7, p. 547-52, 2015.
BLOCH, D. et al. Use of Household Cluster Investigations to Identify Factors Associated with Chikungunya Virus Infection and Frequency of Case Reporting in Puerto Rico. PLOS Neglected Tropical Diseases, v. 10, n. 10, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Febre de chikungunya: manejo clínico. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
CALVO, E. P. et al. Diagnóstico diferencial de dengue y chikungunya en pacientes pediátricos. Biomédica, Bogotá, v. 36, supl. 2, p. 35-43, aug., 2016.
ESCOSTEGUY, C. C. et al. Age differences in the clinical and epidemiological pattern of severe dengue cases treated during the 2008 epidemic in Rio de Janeiro. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 22, n. 1, p. 67-76, jan-mar., 2013.
ESTOFOLETE, C. F. et al. Clinical and laboratory profile of Zika virus infection in dengue suspected patients: A case series. J Clin Virol., v. 81, p. 25-30, aug., 2016.
FERNÁNDEZ, E. et al. A predictive model to differentiate dengue from other febrile illness. BMC Infectious Diseases, v. 16, 2016.
GONZALEZ, T. M.; MATTAR, V. S. Virus Chikungunya in Colombia, a simple matter of time? Rev. MVZ Cordoba [online], v. 19, n. 2, p. 4045-4046, 2014.
GUEDES, D. R. D. Análise da competência vetorial para o vírus Dengue em populações naturais de Aedes aegypti e Aedes albopictus de Pernambuco. 2012. Tese [Doutorado em Saúde Pública]. Fundação Oswaldo Cruz: Recife, 2012.
HONÓRIO, N. A. et al. Chikungunya: an arbovirus infection in the process of establishment and expansion in Brazil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 5, p. 906-908, mai., 2015.
KADAM, D.B.; SALVI, S.; CHANDANWALE, A. Expanded Dengue. J Assoc Physicians India, v. 64, n. 7, p. 59-63, Jul., 2016.
KUNA, M. et al. Chomicz. Clinico-laboratory profile of dengue patients returning from tropical areas to Poland during 2010–15. J Vector Borne Dis, p. 234–239, sept., 2016.
MATTA, L.; BARBOSA, M. M.; MORALES-PLAZA, C. D. Caracterización clínica de pacientes que consultaron por dengue en un hospital de tercer nivel en Cali, Colombia, 2013. Biomédica, v. 36, p. 133-9, 2016.
NASCIMENTO, L. B. et al. Caracterização dos casos suspeitos de dengue internados na capital do estado de Goiás em 2013: período de grande epidemia. Epidemiol. Serv. Saúde [online], v. 24, n. 3, p.475-484, 2015.
OLIVEIRA, M. L. M. et al. Mortalidade por Doença Arterial Coronariana durante Epidemias de Dengue. Internacional Journal of Cardiovascular Sciences, v. 28, n. 1, p. 51-60, 2015.
PANG, X.; ZHANG, R; CHENG, G. Progress towards understanding the pathogenesis of dengue hemorrhagic fever. Virol. Sin., 2016.
RESTREPO, J.; BERTA, N. Infección por el virus del Chikungunya. CES Med. [online], v. 28, n. 2, p. 313-323, 2014.
RUIZ, E. R. M. Descrição epidemiológica e entomológica do dengue no município de Istmina, estado de Chocó, Colômbia em população afrodescendente. Rio de Janeiro, 2015.
SAHANA, K.S.; SUJATHA, R. Clinical profile of dengue among children according to revised WHO classification: Analysis of a 2012 outbreak from southern India. Indian J Pediatr., v. 82, p. 109-13, 2015.
SALGADO, D.M. et al. Dengue Perinatal. Biomédica, v. 33 supl.1, p. 14-21, 2013.
TAUIL, P. L. Condições para a transmissão da febre do vírus chikungunya. Epidemiol. Serv. Saúde [online], v. 23, n. 4, p. 773-774, 2014.
VILLAMIL-GÓMEZ, W. et al. A infecção pelo vírus chikungunya congênita em Sincelejo, Colômbia: Uma série de casos. J Trop Pediatr., v. 61, p. 386-92, 2015.
WORLD HEALTH ORGANIZATION, Regional Office for South-East Asia. Comprehensive Guidelines for Prevention and Control of Dengue and Dengue Hemorrhagic Fever, Revised and Expanded Edition. WHO-SEARO, 2011.
XAVIER, A. R. et al. Manifestações clínicas na dengue Diagnóstico laboratorial. JBM, v. 102, n. 7, mar/abr., 2014.
YASEEN, H. M., et al. Estimation of lasting impact of a Chikungunya outbreak in Reunion Island. Epidemiology: Open Access, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Termo de cess
