ARTIGO CIENTÍFICO
Levantamento Etnobotânico de Quintais Agroflorestais em Agrovila no Município de Altamira, Pará
Ethnobotanical survey of homegardens in Agrovila in the municipality of Altamira, Pará, Brazil
Sâmya Cristina Brazão Pereira1*, Iselino Nogueira Jardim2, Alessandra Doce Dias de Freitas3, Vinicius de Campos Paraense4
1Engenharia Florestal, Pós-graduanda em Gestão em Sistemas Agroextrativistas para Territórios de Uso Comum na Amazônia, Universidade Federal do Pará, Altamira, Pará; samyabrazao@gmail.com; 2Professor Doutor em Plantas Medicinais, Universidade Federal do Pará, Altamira, Belém; jardim@ufpa.br; 3Professora Doutora em Ciências Agrárias, Universidade Federal do Pará, Altamira, Pará; aledoce@ufpa.com.br; 4Professor Doutorando em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Universidade Federal do Pará, Altamira, Pará; viniciuscp@ufpa.com.br
Recebido para publicação em 29/01/2018; aprovado em 20/03/2018
Resumo: Os sistemas agroflorestais surgiram como alternativas de uso da terra, capazes de conciliar a produção agrícola e florestal, concomitantemente à conservação dos recursos naturais. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os quintais agroflorestais em Agrovila no município de Altamira, Pará, em relação à composição e diversidade florística, além dos usos das plantas. Os dados foram obtidos a partir de 26 quintais estabelecidos na agrovila Princesa do Xingu, por meio de entrevistas semiestruturadas junto aos informantes-chave, selecionados através da técnica bola de neve. Para analisar o uso e relevância das espécies levantadas foram calculados os índices de diversidade de Shannon-Wiener, equitabilidade de Pielou e valor de importância (IVs). Foram identificadas 118 espécies vegetais pertencentes a 52 famílias botânicas, destacando-se: Fabaceae, Arecaceae, Anacardiaceae, sendo a maioria utilizada especialmente na alimentação das famílias. Dentre as espécies com maior valor de importância para os entrevistados, destacaram-se a laranja, coco, manga, cacau, cupuaçu, limão e açaí. As categorias alimentar e medicinal foram as mais importantes para os entrevistados, as quais indicaram preocupação com a segurança alimentar e saúde para a comunidade rural, respectivamente. Os índices de Shannon-Wiener e de equitabilidade de Pielou indicaram, respectivamente, diversidade moderada e menor heterogeneidade de indivíduos por espécies nos quintais da agrovila Princesa do Xingu.
Palavras-chave: Etnocategorias; Subsistência; Plantas Medicinais; Fabaceae.
Abstract: Agroforestry systems have emerged as land use alternatives, capable of reconciling agricultural and forestry production, concomitantly with the conservation of natural resources. The objective of this work was to evaluate the homegardens present in an Agro-villa in the municipality of Altamira, Pará, Brazil, concerning its composition and floristic diversity, besides the uses of plants. The data were obtained from 26 homegardens established in the Xingu Princess agrovila by means of semi-structured interviews with key informants, selected by snowball technique. In order to analyze the use and relevance of the surveyed species, the Shannon-Wiener diversity index, Pielou equitability index and importance value (IVs) were calculated. A total of 117 plant species, belonging to 52 botanical families, were identified, highlighting: Fabaceae, Arecaceae, Anacardiaceae, most of them being used in family feeding. Among the species with the highest importance value to the interviewees, orange, coconut, mango, cacao, cupuaçu, lemon and açaí were highlighted. The food and medicine categories were the most important to the interviewees, which indicated concern with food safety and health for the rural community, respectively. The Shannon-Wiener and Pielou equitability indexes indicated moderate diversity and lower individual heterogeneity, respectively, per species in the homegardens of the Xingu Princesa agrovila.
Key words: Ethnocategories; Subsistence; Medicinal plants; Fabaceae
INTRODUÇÃO
O avanço do desmatamento na Amazônia é decorrente de diversas causas, como a expansão de atividade agropecuária, extração ilegal de madeira, incêndios florestais e aumento da densidade populacional (ARRAES et al., 2012). Acrescenta-se ainda, que a construção de grandes projetos e a relação inadequada homem/meio ambiente, são vistos como causas principais de todo o problema socioambiental vivido hoje nessa região (PARAENSE et al., 2013).
Assim, como alternativas de uso sustentável da terra, surgiram os Sistemas Agroflorestais (SAF), os quais são capazes de conciliar produção agrícola e florestal, viabilizando a conservação dos recursos naturais, juntamente com os benefícios sociais e econômicos oferecidos, principalmente aos produtores e agricultores familiares na Amazônia (SANTOS; PAIVA, 2002).
Dentre as diversas modalidades de SAF existentes, os quintais agroflorestais (QAFs) são de grande expressão na região amazônica, à medida que se constituem de pequenas áreas no entorno das residências, onde é desenvolvido o manejo de árvores, arbustos e ervas de usos múltiplos, intimamente associados aos cultivos agrícolas anuais e perenes, e à criação de animais domésticos de pequeno porte (NODA et al., 2001). Esses espaços, além de desempenharem papel importante na subsistência, bem como no aproveitamento constante da mão de obra e na composição da renda familiar, são responsáveis pelas complexas relações estabelecidas entre as comunidades humanas com o componente vegetal, que segundo Carniello et al. (2010), compreendem o objeto do estudo etnobotânico local.
Entretanto, observa-se que pouca atenção tem sido dada aos QAFs na região amazônica, à medida que pesquisas acerca desses sistemas produtivos, além de escassas, estão concentradas principalmente em estudos de composição florística, sem enfatizar a influência que esses agroecossistemas exercem sobre a segurança alimentar das famílias, bem como à geração de informações capazes de implementar o manejo e a conservação destas áreas (FLORENTINO et al., 2007; GAZEL-FILHO, 2008). Essa situação vem corroborando a mitigação do saber empírico das populações tradicionais quanto ao uso dos recursos naturais disponíveis, constituindo-se num conhecimento ameaçado de ser extinto (VEIGA; SCUDELLER, 2011).
Dessa maneira, a realização de estudos etnobotânicos em quintais e sistemas agroflorestais demonstra sua relevância, à medida que o conhecimento das potencialidades e limitações para a manutenção desses sistemas, juntamente com os costumes e saberes tradicionais se revelam como elementos fundamentais para nortear ações educativas e de manejo que objetivam aumentar a valorização dos saberes para a conservação da diversidade biológica e cultural local (SILVA et al., 2015).
Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar os quintais agroflorestais em Agrovila no município de Altamira, Pará, em relação à composição e diversidade florística, além dos usos das plantas.
MATERIAL E MÉTODOS
O presente levantamento etnobotânico foi realizado em Altamira, Pará, mais precisamente na mesorregião Sudoeste Paraense. Este município possui uma área de 159 533,401 km², correspondentes a 12,8% da área do estado (IBGE, 2010). A sede do município está situada a uma altitude de 109 m, coordenadas 03º12’10”S e 52º12’21”W, distando 816 km de Belém, capital do estado.
O clima de Altamira é do tipo equatorial Am e Aw, da classificação de Köppen, apresentando temperaturas médias de 26 ºC e precipitação mensal média de 1.700 mm (ALVAREZ et al., 2013). A paisagem natural apresenta predominância da Floresta Equatorial Latifoliada. Os solos são classificados, como Latossolo Amarelo e Podzólico Vermelho-Amarelo (FAPESPA, 2016).
Na agrovila Princesa do Xingu, a 28 km da sede do município de Altamira, residem 80 famílias compostas principalmente de trabalhadores rurais. A agrovila conta com uma escola municipal, energia elétrica, telefones públicos, um posto de saúde, e a água provém de poços artesianos individuais.
A seleção da agrovila Princesa do Xingu foi devido a fatores como, a facilidade de acesso e contato com a liderança da agrovila.
A metodologia utilizada para caracterização dos QAFs foi o Diagnóstico Rural Rápido (DRR), no qual é possível coletar as informações-chave de forma rápida e eficiente para a compreensão da realidade e condições locais do ambiente rural (METTRICK, 1993). Utilizando-se a aplicação de questionário semiestruturado (com perguntas abertas e fechadas), as entrevistas foram realizadas em forma de diálogos, para que houvesse maior entrosamento entre as partes, desenvolvendo, desta maneira, uma relação de amizade entre ambos. As informações repassadas foram anotadas em fichas de entrevistas, utilizando também gravador digital para auxiliar nos registros das informações, a partir do consentimento dos entrevistados.
A técnica empregada para a identificação dos entrevistados da comunidade foi o snowball (bola de neve) (BERNARD, 1994). Essa técnica é uma forma de amostra não probabilística utilizada em pesquisas sociais, em que os participantes iniciais de um estudo indicam novos participantes que por sua vez indicam novos participantes e assim sucessivamente, até que seja alcançado o objetivo proposto, o “ponto de saturação”. Este é atingido, quando os novos entrevistados passam a repetir os conteúdos já obtidos em entrevistas anteriores, ou começam a indicar indivíduos que participaram do processo, sem acrescentar novas informações relevantes à pesquisa (WHA, 1994). Portanto, a snowball (“bola de neve”) é uma técnica de amostragem que utiliza cadeias de referência, uma espécie de rede.
A identificação das espécies foi realizada com base nos nomes vernaculares mencionados pelos produtores. Após a entrevista, o material botânico foi coletado com o prévio consentimento dos entrevistados, para a posterior herborização e determinação das amostras botânicas. Em seguida, as amostras foram levadas ao Laboratório de Tecnologia da Faculdade de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Pará - Campus Altamira, onde a identificação foi confirmada a partir de comparação com material botânico e aparatos bibliográficos. Foi adotado o sistema APG III (2009) para classificação das famílias botânicas, a grafia do nome das espécies e de seus autores está de acordo com o The Plant List (2013) Version 1.1.
Foi calculado também o índice de diversidade de Shannon-Wiener (Equação 1) e o índice de equitabilidade de Pielou (Equação 2), que permitem comparações entre a diversidade do conhecimento etnobotânico de diferentes comunidades (BEGOSSI, 1996).
(Eq. 1)
(Eq. 2)
Em que: S = número de espécies; pi = ni/N; ni = número de citações por espécie; N = número total de citações; H’= índice de diversidade; e = índice de equitabilidade de Pielou.
O Valor de Importância (IVs) foi estimado pelo indicador proposto por Byg e Balslev (2001), que mede a proporção de informantes que citaram uma espécie como mais importante.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram selecionados por meio da técnica snowball, 26 informantes-chave, sendo 23 mulheres e três homens, entre 21 e 72 anos de idade. Os entrevistados são oriundos de diversos estados, sendo a maioria migrante da região Nordeste do Brasil, e apenas três nascidos no estado do Pará. De acordo com os entrevistados, o manejo dos quintais é realizado na maior parte pelas mulheres e crianças, que executam a poda das árvores, as retiradas de ervas daninhas, além de realizarem capinas periódicas, irrigação, limpeza, e em alguns casos também se utiliza a serrapilheira para a agregação de nutrientes ao solo. Portanto, as mulheres além de assumirem os tratos e manutenção dos quintais, ainda tomam a frente das tarefas do lar. Nesse sentido, a mulher além de ampliar a biodiversidade do quintal, contribui para a segurança alimentar, geração de renda e promoção da saúde da família. Mulheres como principais mantenedoras de quintais foram encontradas em outros estudos recentes (COELHO et al., 2016; FREITAS et al., 2012). Para House e Ochoa (1998), geralmente a mulher tem uma percepção multidimensional, buscando ampliar a biodiversidade de sua roça, enquanto o homem possui um ponto de vista unidimensional, empenhando-se em melhorar o rendimento de algumas espécies em particular. Segundo Coelho et al. (2016), essa predominância ocorre porque os homens lidam com atividades externas aos arredores das residências, sejam estas remuneradas ou não.
O tamanho dos QAFs variou entre 600 m2 e 15.000 m2, o que ficou fora do esperado por Nair (1986) que é abaixo de 10.000 m2, todavia, áreas são encontradas nos mais diversos tamanhos e formatos citados em diversos estudos dentro e fora do Brasil (FLORENTINO et al., 2007; GAZEL-FILHO, 2008; VIEIRA et al., 2012; FIGUEIREDO JUNIOR et al., 2013; CHITSONDZO; SILVA, 2013; ALMEIDA; GAMA, 2014). Além disso, o tamanho não está relacionado com a diversidade e abundância de espécies, pois se encontram quintais pequenos com grande número de espécies e quintais grandes com poucas espécies (FREITAS; MAGALHAES, 2012). Dessa forma, o espaço físico é um dos fatores, que influenciam a sobrevivência dos quintais como áreas de manutenção de agrobiodiversidade e de produção em pequena escala (GERVÁSIO et al., 2015). Estudos realizados em quintais urbanos e não urbanos no Peru indicaram que características específicas como o tamanho, forma do local, perfil socioeconômico e de acesso a material de plantio, como a disponibilidade de sementes e mudas estão fortemente relacionadas à diversidade dos quintais (COOMES; BAN, 2004).
A composição florística observada no local em estudo resultou no registro de 117 espécies pertencentes a 52 famílias. A família mais importante na amostra foi Fabaceae (13,5%), seguida por Arecaceae, Anacardiaceae e Myrtaceae, (11,5% cada) (Tabela 1). Os informantes relataram diversos usos para as espécies, como os observados na Tabela 1. As famílias botânicas mais bem representadas no levantamento de Quaresma et al. (2015) em QAFs de cinco comunidades em Igarapé-Açu e Marapanim, Nordeste paraense Arecaceae, Fabaceae e Lamiaceae. Spiller et al. (2016), analisando a estrutura de QAFs em bairro na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, registrou 52 espécies pertencentes a 27 famílias botânicas, com destaque para as famílias Arecaceae, Araceae e Liliaceae.
Tabela 1. Espécies vegetais encontradas nos quintais agroflorestais da Agrovila Princesa do Xingu, Altamira, Pará. |
|||||
Nome Popular |
Nome Científico |
Família |
Usos |
Nº de Citações |
IVs |
Laranja |
Citrus sinensis (L.) Osbeck |
Rutaceae |
Al, Me |
22 |
0,85 |
Coco |
Cocos nucifera L. |
Arecaceae |
Al, Me |
18 |
0,69 |
Manga |
Mangifera indica L. |
Anacardiaceae |
Al |
17 |
0,65 |
Cacau |
Theobroma cacao L. |
Malvaceae |
Al |
16 |
0,62 |
Cupuaçu |
Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K.Schum. |
Malvaceae |
Al |
14 |
0,54 |
Limão |
Citrus limon (L.) Osbeck |
Rutaceae |
Al, Me |
14 |
0,54 |
Açaí |
Euterpe oleracea Mart. |
Arecaceae |
Al |
13 |
0,50 |
Erva-cidreira |
Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex Britton & P.Wilson |
Verbenaceae |
Me, Al |
12 |
0,46 |
Abacate |
Persea americana Mill. |
Lauraceae |
Al |
11 |
0,42 |
Acerola |
Malpighia glabra L. |
Malpighiaceae |
Al, Me |
10 |
0,38 |
Jambo |
Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M.Perry |
Myrtaceae |
Al, Me |
10 |
0,38 |
Banana |
Musa sp. |
Musaceae |
Al |
9 |
0,35 |
Caju |
Anacardium occidentale L. |
Anacardiaceae |
Al, Me |
9 |
0,35 |
Jaca |
Artocarpus heterophyllus Lam. |
Moraceae |
Al |
8 |
0,31 |
Capim-santo |
Cymbopogon citratus (DC.) Stapf |
Poaceae |
Me, Al |
7 |
0,27 |
Goiaba |
Psidium guajava L. |
Myrtaceae |
Al, Me |
6 |
0,23 |
Biriba |
Rollinia mucosa (Jacq.) Baill. |
Annonaceae |
Al |
6 |
0,23 |
Cajarana |
Spondias dulcis Parkinson |
Anacardiaceae |
Al |
5 |
0,19 |
Tangerina |
Citrus reticulata Blanco |
Rutaceae |
Al |
5 |
0,19 |
Hortelã |
Mentha piperita L. |
Lamiaceae |
Me |
5 |
0,19 |
Alfavaca |
Ocimum basilicum L. |
Lamiaceae |
Al, Me |
5 |
0,19 |
Jabuticaba |
Myrcia cauliflora Berg. |
Myrtaceae |
Al |
4 |
0,15 |
Urucum |
Bixa orellana L. |
Bixaceae |
Al |
4 |
0,15 |
Abiu |
Pouteria guianensis Aubl. |
Sapotaceae |
Al |
4 |
0,15 |
Mastruz |
Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants. |
Amaranthaceae |
Me |
4 |
0,15 |
Mamão |
Carica papaya L. |
Caricaceae |
Al |
4 |
0,15 |
Noni |
Morinda citrifolia L. |
Rubiaceae |
Me |
4 |
0,15 |
Babosa |
Aloe vera (L.) Burm.f. |
Xanthorrhoeaceae |
Or, Me |
4 |
0,15 |
Macaxeira |
Manihot esculenta Crantz |
Euphorbiaceae |
Al |
4 |
0,15 |
Graviola |
Annona muricata L. |
Annonaceae |
Al, Me |
3 |
0,12 |
Ipê-amarelo |
Handroanthus serratifolius (Vahl) S.O.Grose |
Bignoniaceae |
Or, Me |
3 |
0,12 |
Azeitona |
Olea europaea L. |
Oleaceae |
Al |
3 |
0,12 |
Alecrim |
Rosmarinus officinalis L. |
Lamiaceae |
Me |
3 |
0,12 |
Couve |
Brassica oleracea L. |
Brassicaceae |
Al |
3 |
0,12 |
Cana |
Saccharum officinarum L. |
Poaceae |
Al |
3 |
0,12 |
Abacaxi |
Ananas comosus (L.) Merr. |
Bromeliaceae |
Al |
3 |
0,12 |
Cheiro-verde |
Petroselinum crispum (Mill.) Fuss |
Apiaceae |
Al |
3 |
0,12 |
Abóbora |
Cucurbita sp. |
Cucurbitaceae |
Al |
3 |
0,12 |
Jasmim |
Jasminum officinale L. |
Oleaceae |
Or |
3 |
0,12 |
Boldo |
Plectranthus barbatus Andrews |
Lamiaceae |
Me |
3 |
0,12 |
Fruta-pão |
Artocarpus altilis (Parkinson ex F.A.Zorn) Fosberg |
Moraceae |
Al, Me |
2 |
0,08 |
Mogno |
Swietenia macrophylla King |
Meliaceae |
Ma |
2 |
0,08 |
Macharimbé |
Cenostigma tocantinum Ducke |
Fabaceae |
Or |
2 |
0,08 |
Nim |
Azadirachta indica A.Juss. |
Meliaceae |
Me, Ma |
2 |
0,08 |
Senna |
Senna alexandrina Mill. |
Fabaceae |
Me |
2 |
0,08 |
Canela |
Cinnamomum verum J.Presl |
Lauraceae |
Al, Me |
2 |
0,08 |
Amor-crescido |
Portulaca pilosa L. |
Portulacaceae |
Me |
2 |
0,08 |
Pupunha |
Bactrisga sipaes H.B.K. |
Arecaceae |
Al |
2 |
0,08 |
Pariri |
Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann |
Bignoniaceae |
Me |
2 |
0,08 |
Pequi |
Caryocar brasiliense A.St.-Hil. |
Caryocaraceae |
Al |
2 |
0,08 |
Ingá |
Inga edulis Mart. |
Nephrolepidaceae |
Al |
2 |
0,08 |
Pimenta-de-cheiro |
Capsicum chinense Jacq. |
Solanaceae |
Al |
2 |
0,08 |
Maracujá |
Passiflora sp. |
Passifloraceae |
Al, Me |
2 |
0,08 |
Quiabo |
Abelmoschus esculentus (L.) Moench |
Malvaceae |
Al |
2 |
0,08 |
Samambaia |
Nephrolepis exaltata (L.) Schott |
Davalliaceae |
Or |
2 |
0,08 |
Pimenta-malagueta |
Capsicum frutescens L. |
Solanaceae |
Al |
2 |
0,08 |
Bucha |
Luffa cyllindrica L. |
Cucurbitaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Ata |
Annona squamosa L. |
Annonaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Melancieira |
Alexa grandiflora Ducke |
Fabaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Sapoti |
Manilkara zapota (L.) P. Royen |
Sapotaceae |
Al, Me |
1 |
0,04 |
Tomate |
Lycopersicon esculentum Mill. |
Solanaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Comigo-ninguém-pode |
Dieffenbachia amoena Bull. |
Araceae |
Mi |
1 |
0,04 |
Malva |
Malva sylvestris L. |
Malvaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Cebolinha |
Allium fistulosum L. |
Amaryllidaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Ameixa-do-cerrado |
Ximenia americana L. |
Ximeniaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Sambaiba |
Curatella americana L. |
Dilleniaceae |
Or |
1 |
0,04 |
Inajazeiro |
Attalea maripa (Aubl.) Mart. |
Arecaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Mufumbo |
Combretum laxum Jacq. |
Combretaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Jenipapo |
Genipa americana L. |
Rubiaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Cajá |
Spondias mombin L. |
Anacardiaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Leiteiro |
Euphorbia umbellata (Pax) Bruyns |
Euphorbiaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Pimenta-do-reino |
Piper nigrum L. |
Piperaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Cagaita |
Eugenia dysenterica DC. |
Myrtaceae |
Al, Me |
1 |
0,04 |
Pata-de-vaca |
Bauhinia forficata Link |
Fabaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Abricó-do-Pará |
Mammea americana L. |
Calophyllaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Bacuri |
Platonia insignis Mart. |
Clusiaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Pitanga |
Eugenia uniflora L. |
Myrtaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Groselha |
Ribes nigrum L. |
Grossulariaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Carnaúba |
Copernicia prunifera (Mill.) H.E. Moore |
Arecaceae |
Or |
1 |
0,04 |
Araticum |
Annona coriacea Mart. |
Annonaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Ariá |
Calathea allouia (Aubl.) Lindl. |
Marantaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Sálvia |
Salvia officinalis L. |
Lamiaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Bacabi |
Oenocarpus mapora H. Karst. |
Arecaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Tipi |
Petiveria alliacea L. |
Petiveriaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Caninha-do-brejo |
Costus spicatus (Jacq.) Sw. |
Costaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Imbuarana |
Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. |
Fabaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Cipreste |
Cupressus sempervirens L. |
Cupressaceae |
Or, Ma |
1 |
0,04 |
Elixir |
Piper callosum Ruiz & Pav. |
Piperaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Araçá-boi |
Eugenia stipitata McVaugh |
Myrtaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Pimentão |
Capsicum annuum L. |
Solanaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Cebola |
Allium cepa L. |
Amaryllidaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Chicória |
Cichorium endivia L. |
Asteraceae |
Al |
1 |
0,04 |
Meracelina |
Graptophyllum pictum (L.) Griff. |
Acanthaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Sapucaia |
Lecythis pisonis Cambess. |
Lecythidaceae |
Al, Or |
1 |
0,04 |
Ixória |
Ixora chinensis Lam. |
Rubiaceae |
Or |
1 |
0,04 |
Bromélias |
Alcantarea imperialis (Carrière) Harms |
Bromeliaceae |
Or |
1 |
0,04 |
Avelós |
Euphorbia tirucalli L. |
Euphorbiaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Louro |
Laurus nobillis L. |
Lauraceae |
Ma |
1 |
0,04 |
Samaúma |
Ceiba pentandra (L.) Gaertn. |
Malvaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Castanha-do-Brasil |
Bertholletia excelsa Bonpl. |
Lecythidaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Laranja-da-terra |
Citrus aurantium L. |
Rutaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Rabo-de-galo |
Acalypha hispida Burm. F. |
Euphorbiaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Coração |
Caladium bicolor (Aiton) Vent. |
Araceae |
Or |
1 |
0,04 |
Tamarindo |
Tamarindus indica L. |
Fabaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Folha-da-fortuna |
Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers. |
Crassulaceae |
Mi |
1 |
0,04 |
Algodão |
Gossypium hirsutum L. |
Malvaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Sabugueiro |
Sambucus nigra L. |
Adoxaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Gergelim |
Sesamum indicum L. |
Pedaliaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Feijão |
Phaseolus vulgaris L. |
Fabaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Figueira |
Ficus carica L. |
Moraceae |
Al |
1 |
0,04 |
Pitomba |
Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk. |
Sapindaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Inhame |
Colocasia esculenta (L.) Schott |
Araceae |
Al |
1 |
0,04 |
Malva-do-reino |
Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. |
Lamiaceae |
Me |
1 |
0,04 |
Carambola |
Averrhoa carambola L. |
Oxalidaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Antúrio |
Anthurium andraeanum Linden ex André |
Araceae |
Or |
1 |
0,04 |
Seriguela |
Spondias purpurea L. |
Anacardiaceae |
Al |
1 |
0,04 |
Gengibre |
Zingiber officinale Roscoe |
Zingiberaceae |
Al, Me |
1 |
0,04 |
Etnocategorias: Alimentação (Al); Medicinal (Me); Místico (Mi); Ornamental (Or); Madeira (Ma), Outros usos (Ou) |
O número total de citações foi de 378 e a família mais citada foi a Rutaceae (11,1% do total), seguida de Arecaceae (9,3 %) e Anacardiaceae (8,7%) (Tabela 1). O cultivo dos vegetais é uma atividade bem expressiva nos quintais estudados apresentando uma diversidade significativa. A principal etnocategoria de espécies observada foi a alimentícia com 51,4% do total identificado (Tabela 1). Esse resultado demonstra a preocupação dos entrevistados com a segurança alimentar. As espécies mais frequentes foram: laranja, coco, manga, cacau, cupuaçu, limão e açaí e, apresentaram IVs ≥ 0,50 (Tabela 1). Apesar das pequenas extensões de terra, os quintais estudados são capazes de garantir a segurança alimentar. Segundo Quaresma et al. (2015), as espécies alimentares exercem grande influência na dieta básica das famílias ao longo do ano. Além disso, espécies que possuem valor comercial como laranja, coco, cupuaçu e limão, contribuem para a renda da família, pela comercialização do seu excedente. De acordo com Nair (2006), os quintais agroflorestais ao mesmo tempo em que são utilizados para subsistência das famílias podem ser tidos como uma grande fonte de renda.
As espécies medicinais foram o segundo grupo de maior importância para os entrevistados, com 35% do total identificado (Tabela 1). Três espécies se destacaram, a saber, laranja, coco e limão e, com maior IVs ≥ 0,50 (Tabela 1). Segundo os entrevistados, essas espécies vegetais os socorrem nos momentos de debilidade causada por alguma enfermidade física. As enfermidades mais comuns relatadas foram: pressão arterial, diarreias, problemas cardíacos, gripe e dores na coluna. Diversos trabalhos têm mostrado a importância do uso da laranja, coco e do limão no combate a inúmeras doenças (GURDAL; KULTUR, 2013; PINTO et al., 2015; TAN et al., 2015). Assim, o quintal tem um papel fundamental para o processo de obtenção de espécies medicinais, indicadas para os mais diferentes problemas de saúde.
Outras etnocategorias menos expressivas constituíram 13,6% dos recursos vegetais usados pelos entrevistados da agrovila, como ornamentais, madeireira e mística (Tabela 1). Plantas ornamentais são usadas para embelezar as residências; a madeira é utilizada para a obtenção de carvão e para construções de cercas e de pequenos utensílios; plantas de caráter místicas são usadas para espantar “olho gordo”. Portanto, diversos modos de uso dos recursos florísticos disponíveis nos quintais pela população, demonstra seus conhecimentos e utilizações tradicionais pelo uso e ou conhecimento das plantas locais. Essas etnocategorias são encontradas em outros estudos de QAFs com maior ou menor uso (SILVA et al., 2017; ALBUQUERQUE, et al., 2005).
O índice de Shannon-Wiener obtido nos quintais foi de 2,07, o que demonstra uma moderada diversidade de espécies, diante do grande número de indivíduos citados. Segundo Gliessman (2001) valores de índice de Shannon-Wiener entre 3 e 4 são encontrados em ecossistema naturais relativamente diversificados. Segundo Somarriba (1999), o índice de Shannon-Wiener cresce à medida que aumenta a riqueza de espécies na área e quando há uma maior distribuição de indivíduos entre todas as espécies. Figueiredo Júnior et al., (2013), analisando os quintais do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Virola Jatobá em Anapu-PA, encontraram o valor de 3,03, constatando alta diversidade dos estandes, devido à necessidade de cultivo de diferentes espécies para garantir a segurança alimentar dos comunitários. Veiga e Scudeller (2011), em estudo feito na comunidade São João do Tupé – AM, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Tupé, no estado do Amazonas, obtiveram o valor de 4,26 para o índice de Shannon, expressando alta diversidade de espécies nos quintais da comunidade, por possuírem uma vasta quantidade de espécies tanto frutíferas, quanto medicinais, demonstrando que estes valores tendem a se elevar, à medida que os indivíduos apresentam maior distribuição por espécies distintas. De acordo com Vieira et al. (2012), a diversidade de espécies em uma área pode ser determinada pelo tamanho, preferência do agricultor, hábitos alimentares, uso medicinal, ou pela maneira de como são conduzidos os quintais, uma vez que esses espaços são manejados exclusivamente pela mão de obra familiar e com baixo nível tecnológico.
A equitabilidade foi de 0,43 para os quintais da agrovila demonstrando baixa dominância ecológica e uma moderada heterogeneidade de espécies, explicado pela maior concentração de poucas espécies como laranjeiras, coqueiros, mangueiras e cacaueiros. Vieira et al. (2012) obteve equitabilidade de Pielou (e) de 0,85 em QAFs de Bonito – Pará, que indicou maior distribuição ou heterogeneidade de indivíduos por espécie.
CONCLUSÕES
Os índices de Shannon-Wiener e de equitabilidade indicam, respectivamente, diversidade moderada e menor heterogeneidade de indivíduos por espécies nos QAFs da agrovila Princesa do Xingu.
A população rural da agrovila Princesa do Xingu possui conhecimento das etnoespécies presentes nos quintais, utilizando-as principalmente no tratamento de enfermidades quanto para a segurança alimentar.
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