ARTIGO
CIENTÍFICO
Moscas-frugívoras (Diptera:
Tephritidae e Lonchaeidae)
no Vale do Mundaú no estado de Alagoas
Frugivorous flies (Diptera:
Tephritidae and Lonchaeidae)
in the Mundaú Valley in the state of Alagoas, Brazil
Natanael
Silva Batista1,
Jakeline Maria dos Santos2, José
Rosildo Tenório dos Santos3, Sônia Maria Forti Broglio4
1Doutorando no Programa de Pós Graduação
em Entomologia Agrícola, Universidade Federal Rural de Pernambuco, natanael_agronomo@hotmail.com; 2Pós-doutoranda
PNPD na Rede Nordeste de Biotecnologia, Universidade Federal de Alagoas, jackbilu@hotmail.com; 3Doutorando no
Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal, Universidade Federal de Alagoas,
j.rosildo@gmail.com; 4Professora Doutora do Centro de Ciências Agrárias,
Universidade Federal de Alagoas, soniamfbroglio@gmail.com.
Recebido: 12/07/2019; Aprovado: 06/09/2019
Resumo: Este trabalho tem como objetivo conhecer a
diversidade e os índices de infestação de moscas frugívoras
no Vale do Mundaú no estado de Alagoas. Os frutos foram coletados
quinzenalmente de forma aleatória em diferentes alturas da copa das frutíferas
e frutos recém-caídos no solo, que estavam em boas
condições de conservação e sem orifícios de saída das larvas. Os frutos foram
acondicionados em bandejas plásticas (54 cm x 32 cm) etiquetadas com os dados
de campo, contendo uma camada de um cm de areia peneirada e esterilizada em
estufa com circulação de ar por 48h a 80 ºC, para
servir de substrato para pupação. Os índices de
infestação das moscas frugívoras foram calculados a
partir da divisão do número total de pupários pelo
total de frutos de cada espécie coletada (pupários/fruto)
e número total de pupários pelo peso total (kg) de
cada espécie coletada (pupários/kg de fruto). Foram identificadas
cinco espécies de moscas-das-frutas: Anastrepha
fraterculus (Wiedemann,
1930), Anastrepha obliqua (Maquart, 1835), Anastrepha
sororcula Zucchi, 1979,
Anastrepha zenildae
Zucchi, 1939 e Ceratitis
capitata (Wiedemann,
1824) (Diptera: Tephritidae)
e espécies de Neosilba
(Diptera: Lonchaeidae).
Cajá, goiaba, pitanga e seriguela são os frutos mais infestados por tefritídeos. A espécie mais polífaga
neste estudo é A. fraterculus.
Palavras-chave: Anastrepha spp.; Fruticultura; Índice
de infestação.
Abstract: This study aims
to know the diversity and the fruit flies infestation rates in the Mundaú valley in the state of Alagoas.
The fruits were collected randomly every two weeks at different times of the
crown of fruit and freshly fallen fruit on the ground, which were in good
condition of conservation and without exit holes of the larvae. The fruits were
placed in plastic trays (54cm x 32cm) labeled with field data having a layer of
a cm sieved sand and sterilized in an oven with air circulation for 48 hours at
80 ° C to serve as a substrate for pupation . The infestation indices of fruit
flies were calculated by dividing the total number of pupae by total fruit each
collected species (pupae / fruit) and total number of pupae by the total weight
(kg) of each collected species (pupae / kg fruit). Were identified five fruit
flies species: Anastrepha fraterculus (Wiedemann,
1930), Anastrepha obliqua
(Maquart, 1835), Anastrepha
sororcula Zucchi, 1979,
Anastrepha zenildae
Zucchi, 1939 e Ceratitis
capitata (Wiedemann,
1824) (Diptera: Tephritidae)
and Neosilba
species (Diptera: Lonchaeidae).
Yellow mombin, guava, surinam cherry and red mombin
are the fruits that suffer the greatest infestation of fruit flies. The most polyphagous species in this study is A. fraterculus.
Key
words: Anastrepha
spp.; Fruticulture; Infestation rate.
INTRODUÇÃO
Em
2016 o Brasil foi considerado o terceiro maior produtor mundial de frutas, antecedido
apenas da China e da Índia, respectivamente. No mesmo ano a Região Nordeste respondeu
por 28,9% da produção nacional (FAO, 2018). Pode-se dizer que esta é uma região
privilegiada quanto às condições climáticas que favorecem a fruticultura, tais
como temperatura e umidade.
Nos
últimos anos, a fruticultura vem ganhando cada vez mais espaço no território
alagoano, principalmente pela busca de novas alternativas econômicas em virtude
da crise na produção açucareira. Atualmente a produção de frutas, concentra-se
na região do Vale do Mundaú, que engloba os municípios de Santana do Mundaú,
Branquinha, Ibateguara, São José da Laje e União dos Palmares (FERREIRA et al., 2013). O Arranjo Produtivo Local (APL) de
Fruticultura no Vale do Mundaú, classificado como o terceiro maior produtor de
laranja do Nordeste, tem 1.050 fruticultores registrados, organizados em 29
associações e três cooperativas regionais. Possui pouco mais de 5.800 hectares
de área cultivada com laranja e banana e uma produção de mais de 5 mil toneladas de frutas (SEPLAG, 2014). É importante
ressaltar ainda, os cultivos de outras frutíferas por pequenos produtores,
concentrados principalmente na agricultura familiar.
Um dos
grandes problemas enfrentados por esses produtores é a incidência de
moscas-das-frutas. As moscas frugívoras (Diptera: Tephritidae e Lonchaeidae) estão entre as principais pragas da
agricultura mundial, sendo motivo de preocupação especialmente para países
tropicais em desenvolvimento que têm na fruticultura um importante componente
de sua balança comercial. Essencialmente, os impactos econômicos negativos
desses insetos-praga estão associados aos danos diretos e às restrições
quarentenárias impostas por países importadores (FOLLETT; NEVEN, 2006; ALUJA;
MANGAN, 2008).
Em
diversos países os trabalhos com levantamento de espécies de moscas-das-frutas
são baseados principalmente em coletas com armadilhas e esporádicas amostragens
de frutos (SILVA et al., 2011); consequentemente,
pouco se conhece a respeito dos hospedeiros e índices de infestação (URAMOTO et
al., 2004).
O
levantamento com armadilhas permite caracterizar a população quantitativamente
e qualitativamente, enquanto a coleta de frutos permite avaliar o nível de
infestação e identificar com precisão a associação com o hospedeiro, bem como a
abundância e diversidade de inimigos naturais, o que não é possível por meio da
utilização de armadilhas para captura dos adultos (NASCIMENTO et al., 2000).
No
estado de Alagoas, alguns trabalhos já foram realizados desta forma para ter
maior conhecimento da associação das moscas frugívoras
e seus hospedeiros, bem como seus parasitoides (SANTOS,
2015; BROGLIO et al., 2016; SANTOS et al., 2016; 2017; COSTA et al.,
2019). Porém, ampliar o conhecimento das espécies de tefritídeos
e lonqueídeos em municípios onde ainda não se tem
registro torna-se importante para pontuar as espécies presentes nas diferentes
localidades. Neste contexto, o levantamento das espécies de moscas-das-frutas e
as plantas hospedeiras devem ser intensificados na região, pois se enquadram
entre os estudos fundamentais para uma melhor compreensão deste grupo de
insetos e para o desenvolvimento de estudos em outras áreas de conhecimento,
como ecologia, biologia e estabelecimento de um programa de controle.
Em razão
da exploração crescente da fruticultura no estado de Alagoas e da importância
econômica de moscas-das-frutas para essa atividade agrícola, este trabalho tem
como objetivo conhecer a diversidade e os índices de infestação de moscas frugívoras no Vale do Mundaú no estado de Alagoas.
MATERIAL E
MÉTODOS
As
coletas dos frutos foram realizadas nos municípios de Branquinha, Santana do
Mundaú e União dos Palmares situados no Vale do Mundaú, região Leste de Alagoas,
no período compreendido entre abril de 2014 a abril de 2015.
A
diversidade de espécies de frutíferas coletadas foi variável para cada
município, bem como o tamanho da área das propriedades (Tabela 1).
Tabela 1. Municípios,
localidades, áreas de coleta, coordenadas geográficas e frutíferas coletadas na
região do Vale do Mundaú, Alagoas. |
|||||
Municípios |
Localidades |
Área
(ha) |
Coordenadas
geográficas |
Frutíferas
coletadas |
|
União
dos Palmares |
Sítio
Camaratuba |
1,62 |
09º
10' 05.1”S
e 036º 00' 48.2” W
e altitude de 177 m |
Manga, Cajá, Seriguela, Acerola, Pitanga, Goiaba, Jambo
e Juá |
|
Branquinha |
Assentamento
Flor do Mundaú |
3,92 |
09º
12' 49.6” S e 036º 10'
07.7” W e altitude de 193 |
Cajá, Acerola, Araçá e Goiaba
|
|
Santana
do Mundaú |
Sítio
Amoras |
14,3 |
09º
11' 11.2” S e 036º 09'
39.2” W e altitude de 431 |
Manga, Seriguela, Ingá, Acerola, Araçá Goiaba e Carambola |
|
Os
frutos foram coletados quinzenalmente de forma aleatória em diferentes alturas
da copa das frutíferas e frutos recém-caídos no solo,
que estavam em boas condições de conservação e sem orifícios de saída das
larvas. O número de frutos coletados foi variável de acordo com a sazonalidade
de cada espécie hospedeira e disponibilidade dos mesmos. Ao fim do levantamento
foi coletado um total de 4.987 frutos nos três municípios estudados,
correspondente a 121,78 kg (Tabela 2).
As
amostras, devidamente rotuladas (data da coleta, local e hospedeiro), foram
transportadas para o Laboratório de Entomologia do Centro de Ciências Agrárias
(CECA) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde foi realizada uma
triagem, visando principalmente o descarte de frutas com sintomas de doenças;
efetuando-se, também, a contagem, pesagem e identificação por espécie de
frutífera. Em seguida foi realizada a desinfecção dos frutos, através da
imersão dos mesmos em água e hipoclorito de sódio a 1%.
Tabela 2. Famílias, espécies, número e peso (Kg) de frutos coletados
em municípios da região do Vale do Mundaú, Alagoas, no período compreendido
entre abril de 2014 a abril de 2015. |
|||
Família Espécie |
Municípios Nº de frutos (peso de frutos em Kg) |
||
União dos Palmares |
Branquinha |
Santana do Mundaú |
|
Anacardiaceae |
|
|
|
Spondias lutea L. (Cajá) |
100 (1,09) |
121 (0,97) |
- |
Spondias purpurea L. (Seriguela) |
439 (3,97) |
191 (1,49) |
441 (4,03) |
Mangifera
indica L. (Manga) |
26 (9,1) |
- |
9 (3,46) |
Fabaceae |
|
|
|
Inga affinis L (Ingá) |
- |
- |
18 (0,65) |
Malpighiaceae |
|
|
|
Malpighia glaba L (Acerola) |
1.075 (6,47) |
739 (4,58) |
324 (1,45) |
Myrtaceae |
|
|
|
Eugenia uniflora
L. (Pitanga) |
150 (0,49) |
- |
- |
Psidium cattleianum Sabine (Araçá) |
- |
69 (0,54) |
236 (1,84) |
Psidium guajava L.
(Goiaba) |
312 (26,1) |
205 (20,57) |
241 (29,29) |
Syzigium malacense L.
(Jambo) |
39 (1,34) |
- |
- |
Oxalidaceae |
|
|
|
Averrhoa
carambola L. (Carambola) |
- |
- |
93 (3,37) |
Rhamnaceae |
|
|
|
Ziziphus joazeiro
Mart. (Juá) |
159 (0,98) |
- |
- |
Total |
2.300 (49,54) |
1.325 (28,15) |
1.362 (44,09) |
Os
frutos foram acondicionados em bandejas plásticas (54 cm x 32 cm) etiquetadas
com os dados de campo, contendo uma camada de um cm de areia peneirada e
esterilizada em estufa com circulação de ar por 48h a 80 ºC,
para servir de substrato para pupação. Em seguida, os
recipientes foram cobertos com tecido do tipo voil
fixado com elástico às bordas do recipiente e deixados em temperatura média de
26 ºC ± 1 ºC e umidade
relativa média de 70% ± 10%, medidas com termohigrômetro
digital. Após dez dias realizava-se a contagem dos pupários,
os quais eram transferidos para placas de Petri, contendo uma camada de 0,5 cm
de areia esterilizada até a emergência dos adultos. As moscas frugívoras obtidas eram conservadas em microtubos
plásticos contendo álcool a 70% para posterior identificação.
Os índices de infestação por moscas frugívoras foram calculados a partir da divisão do número
total de pupários pelo total de frutos de cada
espécie coletada (pupários/fruto) e número total de pupários pelo peso total (kg) de cada espécie coletada (pupários/kg de fruto).
A identificação das espécies do gênero Anastrepha foi baseada nas
características morfológicas das fêmeas, principalmente pela observação do
ápice do acúleo, seguindo as chaves de identificação de Zucchi
(2000); os de Ceratitis
pelo diagnóstico das características morfológicas descritas por Foote (1980) e os exemplares de Neosilba foram identificados até
gênero seguindo a metodologia proposta por McAlpine e
Steyskal (1982).
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
Os
maiores índices de infestação foram por espécies do gênero Anastrepha, o qual, com exceção
de acerola e juá, infestou as demais espécies de frutos coletados nos três
municípios avaliados. O maior índice de infestação ocorreu em frutos de cajá no
município de Branquinha, alcançando 103,1 pupários/kg
de fruto. Também foram observados índices consideravelmente elevados em pitanga
e cajá coletados no município de União dos Palmares, alcançando 55,1 e 52,29 pupários/kg de fruto, respectivamente. Bem como em seriguela
no município de Santana do Mundaú, com 45,16 pupários/kg
de fruto (Tabela 3).
De maneira geral, os frutos pertencentes às famílias Myrtaceae e Anacardiaceae foram
mais infestados por Anastrepha spp. Esses dados corroboram com outros
levantamentos já realizados em municípios de Alagoas (GONÇALVES et al., 2006; SANTOS, 2015; COSTA et al., 2019).
Neste
estudo, dentre as anacardiáceas, no caso seriguela e cajá, alcançaram elevados
índices de infestação. As espécies do gênero Spondias
são considerados hospedeiros preferenciais de A. obliqua
(CARVALHO et al., 2010).
Quanto a
Myrtaceae, pitanga e goiaba foram os mais infestados.
Alvarenga et al. (2010) realizando levantamento
populacional de moscas-das-frutas em pomares da área urbana no norte de Minas
Gerais, também constatou que os maiores índices de infestação de tefritídeos em goiaba (Myrtaceae).
Outro estudo interessante com frutos de pitanga foi realizado por Broglio et al. (2016), que
constataram diferentes índices de infestação de acordo com o nível de
amadurecimento dos frutos.
As
infestações por C. capitata
ocorreram nos frutos de araçá, ingá, acerola, goiaba e cajá sendo neste último
a maior infestação com 34,86 pupários/kg, no
município de União dos Palmares. Segundo Malavasi, Zucchi
e Sugayama (2000), C. capitata é a única espécie de
moscas-das-frutas que se distribui por todas as regiões biogeográficas do
mundo. E embora, seja uma espécie introduzida no Brasil, infesta
frutos nativos e exóticos (SANTOS, 2012; COSTA et al., 2019).
Tabela 3. Índice de infestação de moscas frugívoras
(Diptera: Tephritidae e Lonchaeidae) em frutos coletados no Vale do Mundaú, Alagoas |
|||||||||||
União dos Palmares |
|||||||||||
Hospedeiros |
Nº de frutos |
Peso (Kg) |
Nº de pupários |
Indíces de Infestação |
|||||||
Pupários/fruto |
Pupários/Kg |
||||||||||
A |
C |
N |
A |
C |
N |
A |
C |
N |
|||
Anacardiaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Spondias lutea L. (Cajá) |
100 |
1,09 |
57 |
38 |
0 |
0,57 |
0,38 |
0 |
52,29 |
34,86 |
0 |
Spondias purpurea L. (Seriguela) |
439 |
3,97 |
51 |
105 |
1 |
0,35 |
0 |
0,002 |
39,29 |
0 |
0,25 |
Mangifera
indica L. (Manga) |
26 |
9,1 |
9 |
0 |
0 |
0,34 |
0 |
0 |
0,98 |
0 |
0 |
Malpighiaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Malpighia glaba L (Acerola) |
1.075 |
6,47 |
50 |
63 |
62 |
0,02 |
0,03 |
0,08 |
3,86 |
6,49 |
13,44 |
Myrtaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Eugenia uniflora
L. (Pitanga) |
150 |
0,49 |
27 |
0 |
0 |
0,18 |
0 |
0 |
55,1 |
0 |
0 |
Psidium guajava L.
(Goiaba) |
312 |
26,1 |
927 |
34 |
47 |
2,97 |
0,1 |
0,15 |
35,43 |
1,29 |
1,79 |
Syzigium malacense L.
(Jambo) |
39 |
1,34 |
9 |
0 |
5 |
0,23 |
0 |
0,12 |
6,71 |
0 |
3,73 |
Rhamnaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ziziphus joazeiro
Mart. (Juá) |
159 |
0,98 |
0 |
0 |
11 |
0 |
0 |
0,06 |
0 |
0 |
11,22 |
Branquinha |
|||||||||||
Hospedeiros |
Nº de frutos |
Peso (Kg) |
Nº de pupários |
Indíces de Infestação |
|||||||
Pupários/fruto |
Pupários/Kg |
||||||||||
A |
C |
N |
A |
C |
N |
A |
C |
N |
|||
Anacardiaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Spondias
lutea L. (Cajá) |
121 |
0,97 |
100 |
0 |
0 |
0,82 |
0 |
0 |
103,09 |
0 |
0 |
Spondias purpurea L. (Seriguela) |
191 |
1,49 |
71 |
0 |
0 |
0,37 |
0 |
0 |
39,66 |
0 |
0 |
Malpighiaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Malpighia glaba L (Acerola) |
739 |
4,58 |
12 |
1 |
11 |
0,02 |
0,001 |
0,014 |
2,62 |
0,21 |
2,4 |
Myrtaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Psidium cattleianum Sabine (Araçá) |
69 |
0,54 |
9 |
0 |
0 |
0,13 |
0 |
0 |
16,7 |
0 |
0 |
Psidium guajava L.
(Goiaba) |
205 |
20,57 |
863 |
5 |
15 |
4,32 |
0,024 |
0,07 |
41,9 |
0,24 |
0,72 |
Santana do Mundaú |
|||||||||||
Hospedeiros |
Nº de frutos |
Peso (Kg) |
Nº de pupários |
Indíces de Infestação |
|||||||
Pupários/fruto |
Pupários/Kg |
||||||||||
A |
C |
N |
A |
C |
N |
A |
C |
N |
|||
Anacardiaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Spondias purpurea L. (Seriguela) |
441 |
4,03 |
182 |
0 |
0 |
0,41 |
0 |
0 |
45,16 |
0 |
0 |
Mangifera
indica L. (Manga) |
9 |
3,46 |
3 |
0 |
0 |
0,33 |
0 |
0 |
0,86 |
0 |
0 |
Fabaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Inga affinis L (Ingá) |
18 |
0,65 |
3 |
1 |
23 |
0,16 |
0,05 |
0,13 |
4,61 |
1,53 |
35,38 |
Malpighiaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Malpighia glaba L (Acerola) |
324 |
1,45 |
0 |
0 |
20 |
0 |
0 |
0,06 |
0 |
0 |
13,8 |
Myrtaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Psidium cattleianum Sabine
(Araçá) |
236 |
1,84 |
3 |
1 |
1 |
0,01 |
0 |
0,004 |
1,63 |
0,54 |
0,54 |
Psidium
guajava L.
(Goiaba) |
241 |
29,29 |
1.087 |
15 |
105 |
4,51 |
0,06 |
0,43 |
37,11 |
0,50 |
3,58 |
Oxalidaceae |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Averrhoa
carambola L. (Carambola) |
93 |
3,37 |
4 |
0 |
0 |
0,04 |
0 |
0 |
1,61 |
0 |
0 |
A = Anastrepha; C = Ceratitis; N = Neosilba. |
As
infestações por Neosilba
spp. foram relativamente inferior as demais espécies
de moscas frugívoras. As maiores infestações
ocorreram em ingá (35,38 pupários/kg) e em acerola
(13,44 pupários/kg). No entanto, espécies deste gênero
vêm mostrando relevância pela diversidade de espécies de frutíferas que vem
infestando em diferentes regiões brasileiras (DIAS et
al., 2012; SANTOS et al., 2017; GISLOTI et al., 2017; CASTILHO et al., 2017).
CONCLUSÕES
No Vale
do Mundaú, Alagoas foi registrado cinco espécies e um gênero de moscas frugívoras em frutíferas: A. fraterculus, A. obliqua, A. sororcula, A.
zenildae, C. capitata e
espécies de Neosilba.
As
espécies de Anastrepha
infestaram maior diversidade de frutos hospedeiros;
Os frutos
de cajá, goiaba, pitanga e seriguela foram os mais infestados por moscas frugívoras.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão da bolsa durante a pesquisa de mestrado do primeiro autor.
REFERÊNCIAS
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municípios do Norte do estado de Minas Gerais. Arquivos do Instituto Biológico,
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BROGLIO,
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DIAS-PINI, N. D. S.; SILVA, D. G. L. B.; COSTA, S. S. da.;
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R. da S.; SOARES FILHO, W. dos
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