Caracterização física, físico-química e
centesimal do fruto de jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.)
Physical, physicochemical and
centesimal characterization of jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.)
Caracterización física,
físico-química y centesimal del fruto de
jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.)
Edilene Ferreira da Silva1,
Elisabeth Mariano Batista2,
Érica Jamilly do Nascimento Almeida3,
Lúcia Mara dos Reis Lemos4,
Samuel Carneiro de Barcelos5,
Pahlevi Augusto de Souza6
1Doutoranda em Ciência dos Alimentos, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis. +558699962-9303. E-mail: silvaedilene16@hotmail.com. 2Doutoranda
em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
E-mail: elisabethmariano@hotmail.com. 3Doutoranda
em Ciência dos Alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
E-mail: lucia_mara15@hotmail.com. 4Mestre
em Tecnologia em Alimentos, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará-Campus Limoeiro do Norte. E-mail: ericaalmeida.nutri@gmail.com. 5Doutorando
em Biotecnologia, Rede Nordeste de Biotecnologia, Universidade Estadual do Ceará, Campus Itaperi,
Fortaleza. E-mail: samuelbarcelos05@gmail.com.
6Professor Doutor em Fitotecnia, Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Currais Novos. E-mail: pahlevi10@hotmail.com.
Recebido: 10/09/2019; Aprovado: 13/02/2020
Resumo: Dentre as espécies nativas do Cerrado está o jatobá,
uma leguminosa arbórea que possui um fruto, em que sua polpa farinácea
apresenta forte potencial para o enriquecimento de preparações. Objetivou-se
avaliar as características físicas do fruto de jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa
Mart.), e as características físico-químicas e composição centesimal na polpa,
semente e casca do fruto. A polpa do jatobá foi homogeneizada e denominada de
Farinha da Polpa (FP). As sementes e as cascas do jatobá foram maceradas e
reduzidas e, em seguida, foram trituradas em liquidificador industrial,
obtendo-se as farinhas denominadas de Farinha da Semente (FS) e Farinha da
Casca (FC). Foi avaliado as variáveis biométricas das sementes e dos
frutos do jatobá. Os resultados obtidos validam a possibilidade da FP e
FS serem utilizadas como ingrediente no enriquecimento proteico de alimentos,
por apresentar quantidade expressiva desse componente.
Além disso, a FP e FC apresentaram potencial de aplicação em alimentos
que contenham baixo teor de fibras, pois exibiram resultados expressivos para
fibra bruta (17,82 e 38,55%, respectivamente). Todas as
partes analisadas do fruto obteve fontes consideráveis de nutrientes,
possibilitando a sua utilização na elaboração de novos produtos alimentícios,
pois apresentaram elevados teores de proteínas, carboidratos e fibras.
Palavras-chave: Casca; Composição-química; Farinha; Semente.
Abstract: Among the native
species of the Cerrado is the jatobá,
a tree legume that has a fruit, in which its flour pulp has strong potential
for enriching preparations. The objective was to evaluate the physical
characteristics of the fruit of jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.), And the physical-chemical
characteristics and centesimal composition in the pulp, seed and skin of the
fruit. The jatobá pulp was homogenized and called
Pulp Flour (FP). The seeds and husks of the jatoba
were macerated and reduced and then crushed in an industrial blender, obtaining
the flours called Seed Flour (FS) and Shell Flour (FC). The biometric variables
of the seeds and fruits of the jatoba were evaluated.
The results obtained validate the possibility of FP and FS being used as an
ingredient in the protein enrichment of foods, due to the significant amount of
this component. In addition, FP and FC showed potential for application in
foods that contain low fiber content, as they showed expressive results for
crude fiber (17,82 and 38,55%, respectively). All the analyzed parts of the
fruit obtained considerable sources of nutrients, enabling their use in the
preparation of new food products, as they presented high levels of proteins,
carbohydrates and fibers.
Key words: Bark; Chemical
composition; Flour; Seed.
Resumen: Entre las especies nativas del
Cerrado se encuentra la jatobá, una leguminosa de árbol que tiene una fruta, en
la cual su pulpa de harina tiene un gran potencial para enriquecer las
preparaciones. El objetivo fue evaluar las características físicas del fruto de
jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa
Mart.), Y las características físico-químicas y la composición centesimal en la
pulpa, semilla y piel del fruto. La pulpa de jatobá se homogeneizó y se llamó
Pulp Flour (FP). Las semillas y las cáscaras de la jatoba fueron maceradas y
reducidas y luego trituradas en una licuadora industrial, obteniendo las
harinas llamadas Harina de semillas (FS) y Harina de concha (FC). Se evaluaron
las variables biométricas de las semillas y frutos de la jatoba. Los resultados
obtenidos validan la posibilidad de utilizar FP y FS como ingrediente en el
enriquecimiento proteico de los alimentos, debido a la cantidad significativa
de este componente. Además, FP y FC mostraron potencial de aplicación en
alimentos que contienen bajo contenido de fibra, ya que mostraron resultados
expresivos para la fibra cruda (17,82 y 38,55%, respectivamente). Todas las
partes analizadas de la fruta obtuvieron considerables fuentes de nutrientes,
lo que permitió su uso en la preparación de nuevos productos alimenticios, ya
que presentaban altos niveles de proteínas, carbohidratos y fibras.
Palabras llave: Corteza; Composición química; Harina
Semilla.
INTRODUÇÃO
O Cerrado é o segundo
maior bioma do Brasil e da América do Sul, perdendo em extensão somente para a
Floresta Amazônica. O uso da biodiversidade nativa do cerrado tem grande
importância para populações rurais, e seu manejo sustentável possui grande
potencial para se tornar elemento estratégico à conservação dos ecossistemas (CARDOSO,
2011). Diversas árvores nativas do Cerrado produzem frutos cujas
características sensoriais são altamente apreciadas pela população. Esses
frutos exercem importante papel econômico, visto que contribuem, através da
produção de subprodutos como farinhas e biscoitos por exemplo, para a geração
de renda (REIS, SCHMIELE, 2019; COHEN, 2010).
Graças a sua
localização geográfica e extensão, o Cerrado conta com uma ampla diversidade de
vegetais que possuem potencial de utilização para diversos fins, inclusive para
uso na dieta humana. As fruteiras nativas ocupam lugar importante no
ecossistema do Cerrado e seus frutos, que são comercializados em feiras na
região, apresentam boa aceitação popular (ARRUDA et al., 2015; MACIEL et al.,
2016). Os mesmos oferecem sabores únicos e elevados
teores de açúcares, vitaminas, proteínas e sais minerais, podendo ser
consumidos in natura ou na forma de
sucos, licores, sorvetes e geleias (SOUSA et al., 2012).
Dentre as espécies
nativas do Cerrado está o jatobá, uma leguminosa arbórea que possui um fruto
com comprimento entre 6 e 18 cm e diâmetro de 3 a 6 cm; sua polpa farinácea, de
cor creme, envolve de 3 a 6 sementes; sua árvore é uma espécie tropical que
mede de 4 a 6 metros de altura, sendo mais encontrada em terreno seco, muitas
vezes, de pouca fertilidade. A polpa farinácea do jatobá apresenta forte
potencial para o enriquecimento de preparações que utilizam farinhas, tais como
bolos, pães e biscoitos (SILVA, 2013).
Pesquisas demonstram o
potencial nutricional da farinha do jatobá na utilização do desenvolvimento de
formulações, para substituir a farinha de trigo, visando incluir na dieta de
indivíduos saudáveis e pessoas com doenças crônicas, como diabéticos (MACIEL et
al., 2016; RAMOS et al., 2018; SILVA et al., 2019). Além disso, sua composição
nutricional tem despertado interesse por apresentarem excelentes propriedades que
as tornam importantes no desenvolvimento de novos produtos alimentícios e
farmacêuticos (MENEZES FILHO et al., 2019).
Diante disto,
objetivou-se avaliar as características físicas do fruto de jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa
Mart.), as características físico-químicas e composição centesimal da polpa,
semente e casca do fruto.
MATERIAL E
MÉTODOS
Obtenção dos frutos
Os jatobás-do-cerrado (Hymenaea
stigonocarpa Mart.) foram colhidos em
fase de maturidade fisiológica com coloração da casca uniforme, marrom escuro,
sem fissuras, íntegros, no município de União, Piauí, Brasil (região Nordeste),
que também faz parte do cerrado, latitude 04° 35’ 09” S, longitude 42° 15’ 51”
W, altitude 52 m, área 1182, 2 Km2 e transportados em transporte
próprio dos autores, em caixas térmicas, até a cidade de Limoeiro do Norte, Ceará,
Brasil. Em seguida, foram encaminhados ao Laboratório de Processamento de Frutas e Hortaliças do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), campus
Limoeiro do Norte, onde
foram lavados em água corrente e em seguida sanitizados com solução clorada na
concentração de 50 ppm por 15 minutos.
Obtenção das farinhas
Foram processados ao todo 20 frutos de jatobás-do-cerrado,
retirando as cascas com martelo de aço inox, para remover a polpa e semente,
sendo que cada parte do fruto foi reservada em béquer de plástico com
capacidade de 1 L. As polpas foram separadas das sementes, com auxílio de uma
faca, e homogeneizada em liquidificador doméstico (Mallory,
Tornado-B91201262), por aproximadamente 15 minutos, obtendo assim a Farinha da
Polpa, denominada de FP. As sementes e as cascas foram maceradas com auxílio de
um martelo e posteriormente trituradas em liquidificador industrial
(Metalúrgica VISA LTDA-LQ25) por aproximadamente 15 minutos e peneiradas em peneira
n° 60, com 250 µm de abertura, obtendo-se as farinhas denominadas de Farinha da
Semente = FS e Farinha da Casca = FC.
Caracterização física do fruto
Na Biometria, mediu-se
o comprimento, largura e espessura do fruto inteiro e de sua semente,
utilizando um paquímetro (Stehmeyer-FMS), sendo os resultados
expressos em mm para cada parâmetro biométrico. As medidas foram realizadas em sextuplicata.
Para determinar o rendimento, pesou-se o fruto
inteiro, a casca, a polpa e a semente, em balança analítica (BEL
Engineering-M214A). O rendimento foi realizado em sextuplicata.
Caracterização físico-química das farinhas
Foram realizadas análises físico-químicas das farinhas
da casca, polpa e semente do jatobá-do-cerrado, onde foram determinados: pH em
potenciômetro de bancada (Lucadema, Luca-210) previamente
calibrado com soluções tampão de pH 4,0 e 7,0, com 10 g da amostra diluída em
100 mL de água destilada; sólidos solúveis, com 10 g da amostra diluída em 100
mL de água destilada e, posteriormente o diluído filtrado em algodão e
realizado a leitura em refratômetro digital de bancada (Abbe Refratometer, Optronics-WYA-1S), os resultados foram expressos
em °Brix; acidez titulável por titulação (utilizando
10 g de amostra) com solução de NaOH (0,1M) e fenolftaleína
(1%) como indicador e os resultados expressos em % de ácido cítrico. Estas análises
foram realizadas em triplicata, de acordo com os métodos descrito pelo
Instituto Adolfo Lutz (2008).
A determinação de vitamina C foi realizada em
triplicata, por método titulométrico, de acordo com Strohecker e Henning (1967), utilizando 5 g da amostra e os
resultados expressos em mg.100 g-1 de ácido ascórbico.
Caracterização centesimal das farinhas
As análises de composição centesimal (realizadas em
base seca) foram: Matéria seca (g.100 g–1) por meio da secagem em
estufa com circulação de ar à temperatura de 105 °C até peso constante;
Proteínas (g.100 g–1) estimada com base no teor total de nitrogênio,
determinado pelo método de Micro-Kjeldahl, usando
fator de conversão de 6,25; Cinzas (g.100 g–1) por incineração em
mufla a 550 °C; Lipídios (g.100 g–1) em equipamento de refluxo (extrator
tipo Soxhlet) com solvente hexano, durantes seis
horas. As análises foram realizadas em triplicata, conforme metodologia
descrita pelo Instituto Adolfo Lutz (2008).
Determinou-se o teor de fibra bruta em triplicata, através
da digestão da amostra em solução de H2SO4 por 40
minutos, seguida de NaOH por mais 40 minutos, de
acordo com a Association of
Official Analytical Chemists (2000).
Carboidrato (g.100 g–1) por diferença = 100
– (umidade + cinzas + proteínas + lipídeos) – fibras; Valor calórico total (VCT)
em Kcal.100 g–1 foi calculado
pela soma dos resultados das multiplicações dos valores encontrados de proteína,
lipídios e carboidrato total (por diferença,
incluindo as fibras) pelos seus respectivos fatores de conversão de Atwater (4, 9 e 4 kcal), de acordo com o seguinte cálculo:
VCT(Kcal) = (Proteína x 4) + (Carboidratos x 4) + (Lipídios x 9). As
análises foram realizadas em triplicata, conforme metodologia descrita pelo
Instituto Adolfo Lutz (2008).
Análise
estatística
Foram verificados os pressupostos de normalidade (Shapiro-Wilk) e
homogeneidade (Bartlett) das variáveis, todas as variáveis estudadas apresentaram
distribuição normal e homogeneidade. Foi utilizado a Análise de Variância
seguido de pós-teste pelo teste de Tukey, com a comparação entre os pares de médias (p<0,05).
O software estatístico utilizado para as análises foi o programa estatístico R,
versão 3.5.0 (R CORE TEAM, 2018). Quando aplicado, os dados das análises de
caracterização biométrica e rendimento foram tratados como média e desvio
padrão.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
Caracterização física do fruto
Pode ser observado que o fruto do jatobá-do-cerrado apesentou um maior
comprimento, largura e espessura, respectivamente (Figura 1). Com
características alongadas, ápice arredondado ou levemente retuso, base
arredondada e margem inteira ou levemente ondulada.
Figura 1. Fruto inteiro do jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.) proveniente
do município de União, Piauí.
Fonte: Autores
(2016).
As sementes (Figura 2)
também apresentaram o mesmo comportamento do fruto do jatobá-do-cerrado,
apresentando um maior comprimento, largura e espessura, respectivamente.
Cunha-Silva et al. (2012) em sua pesquisa quanto à forma, as espécies estudadas
apresentaram sementes com forma predominantemente achatadas, além de sementes
elipsoides, oblongas e arredondadas, semelhantes aos dados encontrados no
presente estudo, nas mesmas características.
Figura 2. Semento do fruto inteiro do jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.)
proveniente do município de União, Piauí.
Fonte: Autores
(2016).
A Figura 3 mostra a parte interna do fruto do Jatobá,
sua polpa, apresentando fruto em formato de vagem, com casca amadeirada marrom
escura e polpa de cor amarela creme. Dias et al. (2013) descreve que o sabor e
aroma do fruto é adocicado, suas sementes são achatadas e de cor marrom
escura, características físicas de acordo com o encontrado na caracterização do
fruto do presente trabalho.
Figura 3. Fruto inteiro do jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.),
apresentando sua polpa proveniente do município de União, Piauí.
Fonte: Autores
(2016).
Os valores biométricos
encontrados no presente trabalho (Tabela 1) foram superiores aos avaliados por
Dias et al. (2013), que obteve médias do fruto de 9,34 cm para o comprimento; 4,68
cm para a largura e 4,11 cm para a espessura. Os mesmos autores também
analisaram a semente do fruto, e obtiveram valores de 2,32; 1,98 e 1,11 cm para
comprimento, largura e espessura, respectivamente.
Tabela 1. Caracterização biométrica (média ± DP)1
do fruto Jatobá-do-Cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.). |
|||
Amostras |
Largura (mm) |
Comprimento (mm) |
Espessura (mm) |
Fruto inteiro |
53,53 ± 8,77 |
131,97 ± 10,47 |
23,46 ± 9,02 |
Semente |
19,99 ± 1,44 |
26,80 ± 1,53 |
14,22 ± 1,49 |
(1) Média
de seis repetições ± desvio padrão. |
Cunha-Silva et al.
(2012), analisaram as características físicas do jatobá, e encontraram média de
25,7 mm de comprimento; 18,7 mm de largura e 11,4 mm de espessura.
Os resultados do rendimento
do processamento do jatobá-do-cerrado (Tabela 2) revelaram que a casca é a
principal responsável pelo peso do fruto, com valor médio de 72,36 g, que
representa 70,12% do fruto inteiro, enquanto a polpa é o constituinte com menor
peso, com 11,69 g (11,32%), e a semente com 19,14 g (18,54%).
Tabela 2. Rendimento (média ± DP)1 da polpa,
semente e casca do jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.). |
||
Amostras |
Peso (g)1 |
Rendimento em %2 |
Fruto inteiro |
107,16 ± 30,73 |
100 |
Polpa |
11,69 ± 1,22 |
70,12 |
Semente |
19,14 ± 5,32 |
11,32 |
Casca |
72,36 ± 27,0 |
18,54 |
(1) Média de seis repetições ± desvio padrão; (2)
Média de seis repetições. |
Cardoso et al. (2013) analisaram as características
físicas do fruto do jatobá e também observaram que a casca corresponde à maior
parte do fruto, tendo encontrado, no entanto, valores menores para o rendimento
que os obtidos pelo presente estudo para todos os constituintes do fruto,
reportando valores de 49,7 g para o fruto inteiro, 8,4 g para a polpa, 13,9 g
para a semente e 27,3 g para a casca. Cunha-Silva et al. (2012), encontraram
para o fruto inteiro do jatobá um peso de 119,34 g e para as sementes de 5,71
g, também relatam que a análise comparativa entre as diferentes espécies do
gênero Hymenaea mostrou que Hymenaea intermedia, encontrada na floresta
Amazônica, possui frutos grandes que se destacaram em todos os parâmetros
biométricos avaliados.
Dias et al. (2013) estudando os frutos (Hymenaea courbaril L.)
provenientes dos estados de São Paulo e Minas Gerais, obtiveram valores médios de
63,86 g para o fruto inteiro e 3,74 g para a semente, dados esses discrepantes
dos encontrados na presente pesquisa, revelando a importância da caracterização
dos frutos em diferentes regiões.
Logo, podemos verificar que o rendimento da polpa é
baixo. No entanto, as outras partes do fruto possuem potencial de exploração,
como exemplo, a utilização da casca para extração de compostos naturais (PUGA,
2015).
Caracterização físico-química das farinhas
Os valores de pH das farinhas do presente trabalho
variaram de 5,04 para a FC a 5,67 para a FS (Tabela 3). Os valores de pH das
farinhas apresentaram diferença estatística (p < 0,05) entre si, a FC apresentou o menor valor de pH.
Tabela 3. Análises físico-químicas (média ± DP)1
da farinha da polpa, semente e casca do jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.). |
||||
Farinha |
Parâmetros |
|||
pH |
Acidez (% ácido cítrico) |
Sólidos Solúveis (°Brix) |
Vitamina C (mg.100 g-1) |
|
Polpa |
5,41 ± 0,02b |
1,48 ± 0,10a |
52,4 ± 0,91a |
17,77 ± 1,92a |
Semente |
5,67 ± 0,03a |
0,41 ± 0,03b |
13,8 ± 0,6b |
12,77 ± 0,96b |
Casca |
5,04 ± 0,01c |
0,49 ± 0,04b |
8,4 ± 0,6c |
11,11 ± 0,96b |
(1) Média de três repetições ± desvio padrão. a,
b, c, Letras minúsculas distintas na mesma coluna indicam diferença
significativa (p < 0,05) pelo teste de Tukey. |
Os valores apresentados para esse parâmetro por todas as amostras
analisadas estiveram acima do valor de pH 4,00 considerado eficaz contra a
proliferação da grande maioria dos microrganismos patogênicos, uma
vez que alimentos de baixa acidez (pH > 4,50) são os mais sujeitos a multiplicação
microbiana, tanto de espécies patogênicas quanto de espécies deteriorantes, de
acordo com Fiorda e Siqueira (2009). Sendo assim,
todos os constituintes do jatobá estão sujeitos ao desenvolvimento desses
microrganismos, necessitando de processamento e armazenamento adequados, quanto
as condições higiênico-sanitárias.
Pereira et al. (2016) elaboraram uma farinha da polpa
do jatobá para a utilização em substituição parcial a farinha de trigo, no
desenvolvimento de biscoitos do tipo amanteigados e encontraram um valor de pH
de 5,92, próximo ao resultado obtido na presente pesquisa.
O teor de acidez das farinhas da semente e casca foram
inferiores estatisticamente (p<0,05)
ao encontrado na polpa, que pode ser explicado devido a presença dos constituintes,
que variam de acordo os fatores endofoclimaticos e estádio de maturação dos
frutos, conforme explicado por Sousa et al. (2012).
A respeito dos sólidos
solúveis, houve diferença estatística entre o teor presente nas FP, FS e FC, sendo que a FP se destacou pelo maior valor,
com 52,4 °Brix, característica esperada, pois segundo
Cohen (2010), o Jatobá apresenta-se como uma das espécies frutíferas do Cerrado
com mais alto teor de açúcares (COHEN, 2010).
Os
resultados obtidos para vitamina C (ácido ascórbico em mg.100 g-1) das
farinhas de jatobá se encontram na Tabela 3. A FP, como a fração mais
comestível do fruto, se destacou por apresentar valor mais expressivo de vitamina
C (17,77 mg.100 g-1) em relação às outras partes do fruto analisadas,
sendo que não diferiram estatisticamente (p>0,05)
entre si. A FP apresentou valores próximos ao observado por Cardoso et al. (2013) na polpa do
jatobá (8,9 mg.100 g-1) e em frutas amplamente consumidas pela
população brasileira e tidas como fontes de vitamina C, tais como o maracujá
(15,60 mg.100 g-1) (OLIVEIRA et al., 2010). O mesmo comportamento da
diferença no teor de vitamina C nas diferentes partes do jatobá, também foi
reportado por Dias et al. (2013) que encontraram valores excelentes de vitamina
C para a polpa do jatobá (121,45 mg.100 g-1) e para a semente do
fruto (51,87 mg.100 g-1), teores esses superiores aos destacados
aqui.
Composição
centesimal das farinhas
Na
Tabela 4 se encontra os resultados da composição centesimal, valor calórico e
fibra bruta da FP, FS e FC. Com relação
aos valores obtidos para matéria seca, a FC demonstrou valores mais altos (94,52%),
evidenciando que a casca possui um teor de umidade menor que as outras partes
do fruto (polpa e semente).
Tabela 4. Composição centesimal (média ± DP)1 da
farinha da polpa, semente e casca do jatobá-do-cerrado
(Hymenaea stigonocarpa Mart.). |
|||
Constituintes |
Composição centesimal (g.100 g–1)* |
||
Farinhas |
|||
Polpa |
Semente |
Casca |
|
Matéria seca % |
91,52 ± 0,23b |
90,51 ± 0,37c |
94,52 ± 0,02a |
Proteína % |
7,07 ± 0,41b |
8,01 ± 0,16a |
2,08 ± 0,08c |
Cinzas % |
4,02 ± 0,02a |
2,29 ± 0,08b |
2,25 ± 0,01b |
Lipídeos % |
1,26 ± 0,27c |
6,10 ± 0,85b |
9,77 ± 0,31a |
Carboidratos (excluindo as
fibras) % |
69,83 ± 3,06a |
73,03 ± 1,12a |
47,35 ± 3,39b |
Fibra
bruta % |
17,82 ± 0,21b |
10,57 ± 0,34c |
38,55 ± 0,56a |
Valor
Calórico Total (Kcal.100 g–1) |
318,94 ± 0,94b |
379,06 ± 4,31a |
285,65 ± 14,17c |
(*)
Resultados expressos em base seca (% = g.100 g–1); (1)
Média de três repetições ± desvio padrão. a, b, c, Letras minúsculas
distintas na mesma linha indicam diferença significativa (p < 0,05) pelo
teste de Tukey. |
Os valores de proteínas (Tabela 4) das farinhas
apresentaram diferença estatística (p
< 0,05), onde a FS obteve os maiores teores (8,01%), seguida da FP (7,07%) que
apresentou resultados superiores, quando comparado com os obtidos por Cardoso et al. (2013) (5,60% de proteínas em
matéria fresca). Essa divergência pode ser explicada pela origem do material
vegetal e pelas condições climáticas e nutricionais de cada região de cultivo
(MONCADA et al., 2013). A FC obteve a menor quantidade de proteínas (2,08%),
abaixo do valor encontrado na casca de buriti (Mauritia flexuosa L.), que foi de 3,20%, no resíduo analisado por
Rodrigues (2010). Porém, a quantidade de proteína das farinhas do presente
estudo (FP, FS e FC), foi expressiva em relação a outros frutos do Cerrado, como
na polpa do Maracujá BRS Pérolado do Cerrado com 0,95% de proteínas e, da
farinha obtida a partir da casca de Buriti, com 4,64% de proteínas (VIANA et
al., 2016; MORAIS et al., 2019).
Os teores encontrados na FS e FP,
possibilitam o seu uso na fortificação protéica de alimentos, contribuindo para
a nutrição humana, podendo ainda ser consumida in natura e/ou na aplicação do desenvolvimento de novos produtos
alimentícios. Essa estratégia já foi explorada na elaboração de biscoitos tipo
cookie, utilizado-se de duas variedades: jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.) e jatobá-da-mata
(Hymenaea stilbocarpa Mart.) e, ainda
na elaboração
de biscoitos isentos de açúcares, elaborados por Silva et al. (2001).
O valor de cinzas encontrado na FP foi o mais elevado
(4,02%) com diferenças estatísticas em relação as demais, o que corrobora com relatos
de Cohen (2011), onde o mesmo afirma que a polpa do jatobá apresenta teores
expressivos de minerais, destacando-se Ca com 245,3 mg.100 g-1 e o
Mg com 194,8 mg.100 g-1. Valor semelhante de 4,60 e, superior de 5,48%,
foram encontrados por Silva et al. (2001) em polpa do jatobá-do-cerrado e jatobá-da-mata,
respectivamente. Silva (2013) obteve na farinha deste fruto, um teor de cinzas
de 3,50%, Sousa et al. (2012) reportaram valores de 3,60 e 2,34% para a polpa
farinácea e semente de jatobá, respectivamente. Essa variação no teor de cinzas
pode ser atribuída à origem, zona de cultivo (solo, clima) e método de análise pode
influenciar nos resultados (COEH, 2010).
Os valores de lipídios (Tabela 4) apresentaram
diferença estatística (p < 0,05) entre si, onde a FP (1,26%), apresentou
menor teor quando comparada as demais (FS (6,10%) e FC (9,77%)) e aos encontrados por Batista et al. (2011) (3,21%) e
Silva et al. (2001) (entre 2,90 e 3,03%), para
jatoba-do-cerrado e jatoba-da-mata, respectivamente. Por outro lado, quantidade
próxima foi avaliada por Silva et al. (2014) (1,72%). Essa variação pode
ser explicada devido as diferentes espécies de jatobás avaliadas em cada estudo
citado, conforme reportado por Dias et al. (2013).
O alto valor de lipídeos obtido para a semente em
relação à polpa está associado ao princípio de que, nas sementes, encontram-se
as reservas nutritivas que servirão ao desenvolvimento do embrião durante a
germinação (CHITARRA; CHITARRA, 2005). Além disso, Dias et al. (2013), obtiveram
teores médios de 5,78%, estando próximos aos do presente estudo. Consequentemente, a farinha da semente pode ser considerada fonte
de lipídeo, possibilitando o seu uso na fortificação de alimentos, além de
reduzir custos na produção e o desperdício de resíduos, uma vez que as sementes
geralmente não são utilizadas para este fim. Entretanto, a farinha que
mais apresentou teor de lipídeos foi a FC (9,77%), despertando atenção para
esse componente.
Os carboidratos totais, incluindo
fibras, apresentaram valor médio de 87,65 (FP); 83,60 (FS) e 85,90% (FC), com a
FP estando próximo ao teor obtido por Batista et al. (2011), de 82,54% e por Silva et al.
(2001), de 83,28%, além de apresentar-se próximo a outras variedades de
jatobá, como o jatobá-da-mata (83,23%) também
avaliado por Silva et al. (2001).
Dias et al. (2013) relataram teor de 80,95% de carboidratos
nas sementes, teor esse próximo ao valor encontrado no presente trabalho (83,60%),
considerado fonte de energia para a germinação. Já o teor de carboidrato
encontrado na FC representa uma boa fonte para desenvolvimento de novos
produtos, sendo também uma alternativa de aproveitamento integral do fruto.
Os resultados de fibras totais para
as farinhas do jatobá (FP, FS e FC) diferiram significativamente entre si, com
a FP (17,82%) e, principalmente a FC (38,55%) apresentando potencial de
aplicação em alimentos que contenham baixo teor de fibras, devido a quantidade
expressiva encontrada nessas partes, além de possibilitar o aproveitamente das
partes comumente descartadas, como a casca. Dias et al. (2013) relataram que o
principal componente da polpa e da semente é a fibra bruta (50,02 e 72,14%,
respectivamente), porém em estudo de Dias et al. (2013) não foi avaliado a
casca do fruto. Apesar disso, o teor de fibras da FP foi inferior ao obtido por
Batista et al. (2011), (23,15%), sendo que esta disparidade pode estar
relacionado a metodologia aplicada, matéria-prima adquirida, estado de
maturação, local de cultivo, dentre outros fatores que influenciam os
resultados finais obtidos.
Embora a FS apresentando menor menor
teor (10,57%), ainda pode ser utilizado no desenvolvimento de novos produtos,
visto que o mesmo apresentou altos teores de proteina e lipídeo, possibilitando
o sua utilização.
A FS apresentou conteudo calorico significativamente
(p < 0,05) mais elevado que as FP e FC, podendo-se atribuir principalmente ao
baixo teor de fibras totais, assim como ao aumento do teor lipídico da FS
(Tabela 4).
Valores diferentes foram observados por
Batista et al. (2011), que obtiveram 251,45 Kcal.100 g–1, apresentando resultados inferiores ao do presente
trabalho. A heterogeneidade em relação as fibras e ao valor calórico, podem ser
explicados pela dos fatores edafoclimáticos de cada região onde as amostras
foram adquiridas (SOUSA et al., 2012).
CONCLUSÃO
Todas as partes do fruto jatobá-do-cerrado têm fontes consideráveis de
nutrientes, possibilitando a sua utilização na elaboração de novos produtos
alimentícios, pois apresentaram elevados teores de proteínas, carboidratos e
fibras.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Instituto Federal de Ciência e
Tecnologia do Ceará - IFCE - Campus
Limoeiro do Norte, à Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FUNCAP) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) pela concessão de bolsa.
REFERÊNCIAS
ARRUDA,
H. S.; FERNANDES, R. V. B.; BOTREL, D. A.; ALMEIDA, M. E. F. Frutos do Cerrado:
conhecimento e aceitação de Annona crassiflora Mart. (Araticum) e Eugenia dysenterica Mart. (Cagaita) por crianças utilizando o paladar
e a visão. Journal of Health & Biological Sciences, v. 3, n, 4, p. 224-230,
2015. 10.12662/2317-3076jhbs.v3i4.168.p224-230.2015
AOAC, ASSOCIATION OF OFFICIAL
ANALYTICAL CHEMISTS. Official Methods of Analysis 665 of AOAC International.,
(2000). CD-ROM. 17th edition, Arlington, VA: AOAC International.
BATISTA, A. G.; ESTEVES, E. A.; DESSIMONI-PINTO, N. A. V.; OLIVEIRA, L. G.;
PIRES, S. T.; SANTANA, R. C. Chemical composition of jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.)
flour and its effect on growth of rats. Alimentos e Nutrição, v. 22, n. 2, p.
173-180, 2011.
CARDOSO,
L. DE M. Araticum, cagaita, jatobá, mangaba e pequi do cerrado de Minas Gerais:
ocorrência e conteúdo de carotenoides e vitaminas. 2011. 78f. Dissertação
(Mestrado em Ciência da Nutrição). UFV, Minas Gerais, 2011.
CARDOSO,
L. M.; BEDETTI, S. F.; RIBEIRO, S. M. R.; ESTEVES, E. A.; PINHEIRO-SANT’ANA, H.
M. ‘Jatoba do cerrado’ (Hymenaea stigonocarpa): chemical composition, carotenoidsand vitamins in anexotic fruit from the Brazilian Savannah. Fruits-The
International Journal of Tropical and Subtropical Horticulture, v. 68, n. 2, p.
95-107, 2013. 10.1051/fruits/2013056
CHITARRA,
M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e
manuseio. 2. ed. rev. e ampl. Lavras: UFLA, 2005.
COHEN,
K. D. O. Jatobá-do-cerrado: composição nutricional e beneficiamento dos frutos.
Planaltina, DF: EMBRAPA: 26 p. 2010.
CUNHA-SILVA, G. R.; RODRIGUES, C. M.; MIRANDA, S. do C. de. Dados
biométricos de frutos e sementes de Hymenaea courbaril var. stilbocarpa (Hayne)
Y. T. Lee & Langenh e H. martiana Hayne. Revista
Biotermas, v. 25, n. 3, p. 121-127, 2012. 10.5007/2175-7925.2012v25n3p121
DIAS, L. S.;
LUIZA, D. M. M.; JORGE, N. Physicochemical
and bioactive properties of Hymenaea courbaril L. pulp and seed lipid fraction. Industrial Crops
and Products, v. 49, p. 610–618, 2013. 10.1016/j.indcrop.2013.06.005
FAO. Protein
quality evaluation: report of a joint FAO/WHO expert consultation group. Rome, 1990.
FIORDA, F. A.; SIQUEIRA, M. I. D. de. Avaliação do pH e
atividade de água em produtos cárneos. Revista Estudos, v. 36, n. 5/6, p.
817-826, 2009.
IAL, Instituto Adolfo
Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4.ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2008. 1020p.
MACIEL,
A. S.; VIEIRA, R. P; GHERARDI, S. R. M. Obtenção e utilização da farinha da
casca de jatobá (Hymenae courbari) enriquecida com linhaça (Linum
usitatissimum) para panificação. Revista Brasileira
de Produtos Agroindustriais, v.18, n.1, p. 65-70, 2016.
MENEZES FILHO, A. C. P.; SILVA,
M. A.; PEREIRA, A. V.; OLIVEIRA FILHO, J. G.; CASTRO, C. F. S. Parâmetros físico-químicos, tecnológicos,
atividade antioxidante, conteúdo de fenólicos totais e carotenóides das
farinhas dos frutos do jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa
Mart. ex Hayne). Multi-Science Journal, v. 2,
n. 1, p. 93-100, 2019. 10.33837/msj.v2i1.900.
MONCADA, A.; MICELI, A.;
VETRANO, F.; MINEO, V.; PLANETA, D.; D’ANNA, F. Effect of grafting on yield and
quality of eggplant (Solanum melongena L.)
Scientia Horticulturae. v. 149, p. 108–114, 2013. 10.1016/j.scienta.2012.06.015
MORAIS, R. A.;
MELO, K. K. S.; OLIVEIRA, T. T. B. Chemical, physical and technological
characterization of fish meal from Buriti shell (Mauritia
flexuosa L. f.). Brazilian Journal of
Development, Curitiba, v. 5, n. 11, p. 23307-23322, nov.
2019. 10.34117/bjdv5n11-050
OLIVEIRA, D. S.; LOBATO, A. L.; RIBEIRO, S. M.; SANTANA,
A. M.; CHAVES, J. B.; PINHEIRO,
S. H. M. Carotenoids and Vitamin C during Handling and Distribution of
Guava (Psidium guajava
L.), Mango (Mangifera indica L.),
and Papaya (Carica papaya L.) at Commercial Restaurants.
Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 58, n. 10, p. 6166-6172, 2010. 10.1021/jf903734x.
PEREIRA, M. M.; OLIVEIRA, E. N. A. de.; ALMEIDA, F. L.
C.; FEITOSA, R. M. Processamento e caracterização físico-química de biscoitos
amanteigados elaborados com farinha de jatobá. Revista Brasileira de Tecnologia
Agroindustrial, v. 10, n. 2, p. 2137-2149, 2016.
PUGA,
I. T. Obtenção de produtos naturais a partir da casca do fruto do jatobá (Hymenaea courbaril).
55 f. 2015. Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Química Tecnológica)
– Universidade de Brasília, Brasília - DF, 2015.
R CORE TEAM. R: A
language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical
Computing, Vienna, Austria,
2018.
RAMOS,
F. S. A. R.; SANTOS, T. C.; FERREIRA, T. H. B.; GOMES, M. C. S.; MUNHOZ, C. L.
Aceitabilidade de Biscoito Tipo Cookie Enriquecidos com Farinha de Jatobá.
Cadernos de Agroecologia, v. 13, n. 2, p. 1-7, 2018.
RODRIGUES,
B. S. Resíduos da agroindústria como fonte de fibras para elaboração de pães
integrais. 2010. 96f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de
Alimentos) – Universidade de São Paulo: Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, São Paulo, 2010.
SILVA,
C. P da.; SOUSA, M. S. B.; SIGUEMOTO, E. S.; SOARES, R. A. M.; ARÊAS, J. A. G. Chemical composition and antioxidant activity of jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa
Mart.) flour. Food science and technology,
v. 34, n. 3, p. 597-603, 2014. 10.1590/1678-457x.6405
SILVA,
C. P. da. Efeito da adição de farinha de jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa
Mart.) na resposta glicêmica de
pães. 2013. 77f. Dissertação (Mestrado em Nutrição em Saúde Pública). USP, SP,
2013.
SILVA, C. P. MANOLIO, S. F. R. A.; SAMPAIO, G. R.; BARROS, M. C. S.; do
NASCIMENTO, T. P.; CAMERON, L. C.; LARRAZ, M. S. F.; GOMES, J. A. A.
Identification and action of phenolic compounds of Jatobá-do-cerrado (Hymenaea stignocarpa Mart.) on α-amylase and α-glucosidase
activities and flour effect on glycemic response and nutritional quality of
breads. Food Research International, v. 116, p. 1076-1083, 2019. 10.1016/j.foodres.2018.09.050.
SILVA,
M. R.; SILVA, M. S.; MARTINS, K. A.; BORGES, S. Utilização tecnológica dos
frutos de jatobá-do-cerrado e de jatobá-da-mata na elaboração de biscoitos
fontes de fibra alimentar e isentos de açúcares. Revista Ciência e
Tecnologia de Alimentos, v. 21, n. 2, p. 176-182, 2001. 10.1590/S0101-20612001000200010.
SILVA,
R. S.; PEREIRA, E. M.; COSTA, J. C.; OLIVEIRA, F. L. N.; AZERÊDO, G. A. Qualidade
físico-química de farinhas de genótipos de berinjela (Solanum
melongena L.) submetidas ao cultivo orgânico.
Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v.11, n 3, p.
59-64, 2016.
SOUSA,
E. P. de.; SILVA, L. M. de M.; SOUZA, F. C. de.; FERRAZ, R. R; FAÇANHA, L. M.
Caracterização físico-química da polpa farinácea e semente do jatobá. Revista Verde de Agroecologia e
Desenvolvimento Sustentável, v.7, n. 2, p. 117-121, 2012.
STROHECKER,
R; HENNING, H. M. Analisis de vitaminas: métodos comprobados. Madrid: Paz Montalvo. 1967, 428 p.
VIANA,
M. L.; COSTA, A. M.; CELESTINO, S. M. Informações para a composição de tabela
nutricional da polpa do maracujá BRS Pérola do Cerrado. (Boletim de Pesquisa e
Desenvolvimento/Embrapa Cerrados) Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2016. 17 p.