ARTIGO CIENTÍFICO
Trabalho
Premiado no II Encontro Regional de Estudos Agroambientais, realizado em Rio
Largo, Alagoas, Brasil
Recepção das ações do Instituto Agronômico de
Pernambuco por agricultores de São Bento do Una, Pernambuco
Receipt of the actions of the Agronomic Institute of Pernambuco by farmers of São
Bento do Una, Pernambuco, Brazil
Recepción de acciones de Instituto
Agronómico de Pernambuco por parte de agricultores de São Bento do
Una, Pernambuco, Brasil
Mízia
Fabiana Moreira Barbosa Lopes1; Jakes Halan de Queiroz Costa2; Tânia Marta Carvalho
dos Santos3; Conceição Maria Dias Lima4; José Cândido
Barbosa Lopes5
1Zootecnista graduada pela Universidade
Federal de Alagoas, Rio Largo, Alagoas, Brasil. E-mail: mizia_fabiana@hotmail.com. 2Prof.
Dr. do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, Rio
Largo, Alagoas, Brasil, e-mail: jakes.sociorural@gmail.com. 3Profa.
Dra. do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, Rio
Largo, Alagoas, Brasil, e-mail: taniamarta2@gmail.com. 4Profa.
Dra. da Universidade Estadual de Alagoas, Delmiro Gouveia, Alagoas, Brasil.
E-mail: ceicadias@yahoo.com. 5Coordenador
do curso de Agroecologia na Escola Técnica Estadual Governador Eduardo Campos,
São Bento do Una, Pernambuco, Brasil, e-mail: jcandinho60@gmail.com
Recebido:
04/11/2019; Aprovado: 19/11/2019
Resumo: A produção de alimentos está sendo muito discutida
mundialmente, tanto no que diz respeito ao aumento da produtividade para
atender as necessidades da crescente população como também à qualidade desses
alimentos. As pequenas propriedades agrícolas são encarregadas de produzir para
a maioria da população e para própria subsistência familiar. Objetivou-se com o
presente trabalho revelar a importância das ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)
para permanência de pequenos agricultores no campo, devido ao seu papel
na produção de alimentos e na geração de emprego. O estudo foi realizado no
município de São Bento do Una/Pernambuco, o qual recebe assistência técnica do
Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Foram feitas entrevistas com roteiro
semiestruturado aos agricultores familiares e aos técnicos do IPA, além de
observações diretas englobando dados qualitativos e quantitativos.
Foi percebida uma necessidade de maior atenção do governo, com mais políticas
públicas para que os serviços, projetos e programas possam ser melhores desenvolvidos. Nesse sentido, os agricultores
familiares necessitam de ações de ATER mais efetivas e que tragam melhores
condições de trabalho e desenvolvimento para o meio rural do município.
Palavras-chave: Agricultura familiar; Soberania alimentar; Extensão
rural; Assistência técnica.
Abstract: Food production is
being widely discussed worldwide, both in terms of increasing productivity to
meet the needs of the growing population and also in
terms of the quality of these foods. Small farms are responsible for producing
for the majority of the population and for their own
family subsistence. The objective of this study was to reveal the importance of
Technical Assistance and Rural Extension (ATER) actions for small farmers to
remain in the countryside, due to their role in food production and job
creation. The study was carried out in the municipality of São Bento do
Una/Pernambuco, which receives technical assistance from the Agronomic
Institute of Pernambuco (IPA). Interviews with semi-structured script were
carried out with family farmers and IPA technicians, in addition to direct
observations covering qualitative and quantitative data. There was a need for
greater government attention, with more public policies so that services,
projects and programs can be better developed. In this sense, family farmers
need more effective ATER actions that bring better working and development
conditions to the rural areas of the municipality.
Key words: Family farming;
Food sovereignty; Rural extension; Technical assistance.
Resumen: La producción
de alimentos se está discutiendo ampliamente
en todo el mundo, tanto en términos de aumento de la productividad para satisfacer las necesidades de la población en
crecimiento como también en términos de la calidad de estos alimentos. Las pequeñas granjas son responsables de producir para la mayoría de la población
y para su propia subsistencia familiar. El objetivo de este estudio fue revelar la importancia de las acciones de Asistencia Técnica y Extensión
Rural (ATER) para que los pequeños
agricultores permanezcan en
el campo, debido a su papel en la
producción de alimentos y la
creación de empleo. El estudio se realizó en el municipio
de São Bento do Una/Pernambuco, que recibe asistencia técnica del Instituto
Agronómico de Pernambuco (IPA). Se realizaron
entrevistas con guiones semiestructurados con
agricultores familiares y técnicos de IPA, además de observaciones directas que cubren datos cualitativos
y cuantitativos. Se necesitaba
una mayor atención del gobierno, con
más políticas públicas para que los servicios, proyectos y programas
se puedan desarrollar mejor. En este sentido, los agricultores familiares necesitan
acciones ATER más efectivas
que traigan mejores
condiciones de trabajo y desarrollo
al medio rural del municipio.
Palabras Clave: Agricultura familiar; Soberanía
alimentaria; Extensión rural; Asistencia
técnica.
INTRODUÇÃO
Existe uma longa discussão no mundo sobre a produção de alimentos e com
tudo relacionado a ela ganhando cada vez mais importância com o passar do
tempo. De acordo com Marques (2010), as crises
mundiais recentes revelam uma vulnerabilidade do sistema agroalimentar em sua
missão de oferecer alimentos em quantidade e qualidade para a população
mundial.
A agricultura familiar se refere a produção
agropecuária feita por proprietários de pequenas áreas rurais, cuja mão de obra
é basicamente realizada pela família do produtor, e, eles não só são responsáveis por produzirem
alimentos para subsistência da unidade familiar, como também para toda a
população, uma vez que, a agricultura patronal que é caracterizada por
médias ou grandes propriedades com trabalhadores fixos ou temporários cultivam
monoculturas com objetivos
estritamente comerciais, em especial exportações (PORTUGAL, 2004).
No espaço físico rural, considerado um local diferenciado, onde se vive
particularidades do modo de vida e
referência identitária do homem rural, ocorre a sua inserção na sociedade
nacional como um conjunto de sujeitos sociais, identificados por uma
vivência geracional, que vai (re)definindo
trajetórias e consolidando projetos emancipatórios de transformação social, de
valores e ambiental, ou seja, a agricultura familiar tem importância
fundamental no desenvolvimento sustentável ambiental, social e econômico do
mundo (WANDERLEY, 2013).
Segundo Caporal (2007), a agricultura familiar além de ser
responsável pela maior parte da produção de alimentos, também é capaz de
desenvolver processos de construção que criam novas
estratégias de desenvolvimento rural sustentável, pela existência de um tecido
social rural particular. Este tipo de agricultura justifica a necessidade de
serviços públicos de ATER, devido às suas necessidades objetivas e a sua
importância socioeconômica, destacando seu papel influente nas estratégias para
promoção de cultivos variados e ecológicos, capazes de promover,
essencialmente, a segurança e soberania alimentar de toda população.
Porém, no Brasil, a agricultura familiar ainda necessita de informações
e de assistência técnica para conseguirem acessar as políticas públicas, que
são ferramentas fundamentais para aumentar e qualificar mais a sua produção
(SOUZA et al., 2011).
O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) vinculado à Secretaria de
Agricultura e Reforma Agrária (SARA) investe no fortalecimento da agricultura
familiar do estado pernambucano, contribuindo para o desenvolvimento rural
e sustentável, elevando as condições de vida da sociedade com o aproveitamento
racional e equilibrado das potencialidades naturais, buscando garantir a
continuidade na renovação dos recursos renováveis e procurando assegurar a
perenidade do fundo de fertilidade e o equilíbrio dos ecossistemas (IPA,
2018).
O município de São Bento do Una está localizado na
mesorregião do Agreste Pernambucano e conforme o censo agropecuário de 2017 tem
10.535 (dez mil quinhentas e trinta e cinco) pessoas em estabelecimentos
agropecuários, das quais 8.859 (oito mil oitocentos e cinquenta e nove) possui
laço de parentesco com o produtor, o que representa que a maioria das
propriedades rurais são de agricultura familiar (IBGE, 2017).
Exposta essa discussão e o desencontro entre a
inclinação mundial e a recente diminuição da importância dada ao setor de
produção de alimentos que proporciona a soberania alimentar no Brasil, o
objetivo do presente estudo foi analisar a importância das ações do Instituto
de Pesquisa Agronômica de Pernambuco como ferramenta de acesso as políticas
públicas pelos agricultores familiares do município de São Bento do Uma,
Pernambuco.
MATERIAL E
MÉTODOS
O trabalho é um estudo descritivo (GIL, 2007; YIN, 2010; STAKE, 1994),
com o qual se procurou conhecer a realidade de vida dos agricultores atendidos
pela Estação Experimental do IPA, - São Bento do Una – PE, localizada na
estrada para Capoeiras, km 03, no período de março a maio de 2019, no acima citado
município que está localizado na Micro-região do Vale
do Ipojuca, Meso-região do Agreste. O município
possui Latitude: 08° 31’ 12”, Longitude: 36° 33’ 00” e altitude de 650 m. A
área é de aproximadamente 713 Km² com clima semi-árido
e vegetação de Caatinga (SÃO BENTO DO UNA, 2015).
Foram coletados dados secundários
sobre a região em estudo, como dados do município (IBGE, 2017) e observações
diretas para fazer a primeira leitura das informações do ambiente. Em seguida
foi traçado um perfil da referida comunidade.
Foram estudados os aspectos
socioeconômicos: escolaridade, composição da renda familiar, disponibilidade de
água, iluminação pública, estradas, saúde, educação, produção e comercialização
da produção, características da moradia, transporte utilizado na
comercialização dos produtos agropecuários, formas de comercialização,
condições das estradas, culturas plantadas, faixa etária dos agricultores e os
principais problemas enfrentados por eles, bem como a recepção e percepção das
ações de ATER.
Na sequência foram realizadas
entrevistas semiestruturadas, seguindo um roteiro de perguntas, utilizando a amostragem aleatória simples (M.A.S.),
composta por 30 (trinta)
agricultores familiares, atendidos pela Estação Experimental do IPA e dois
técnicos de ATER do Instituto, durante as visitas no campo, em feiras de
agricultura familiar e no escritório da Estação Experimental do IPA. A amostra
foi definida de acordo com os critérios preconizados por Minayo (2010), assim como, o dimensionamento da quantidade
de entrevistas seguiu o critério de saturação, entendido como conhecimento
formado pelo pesquisador de que compreendeu a lógica interna do grupo ou da
coletividade, no caso os agricultores familiares e suas interações com demais
atores sociais. Todos os entrevistados
concordaram em participar da pesquisa, tendo assinado um termo de
consentimento, embora tiveram a identidade preservada.
As respostas obtidas por meio dos questionários foram agrupadas em
categorias e tratadas por meio da análise de conteúdo a partir do
estabelecimento do princípio de classificação, conforme Bardin (2011)
recomenda, permitindo tomar decisões e tirar conclusões a partir da organização
dos mesmos. Os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas (Excel) e organizados
em gráficos.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
A distribuição por gênero dos
entrevistados (figura 1) indicou uma quantidade superior de homens (57%) em
relação às mulheres (43%). Esses resultados se aproximam dos obtidos em outros
estudos sobre a realidade brasileira no meio rural, onde a figura masculina é
predominante, o que evidencia a existência de uma estrutura patriarcal, em que
não ocorre a participação das mulheres nos processos decisórios do cotidiano
(COSTA, 2016).
Figura 1.
Distribuição conforme gênero dos agricultores familiares atendidos pelo
Instituto Agronômico de Pernambuco em São Bento do Una, Pernambuco
A faixa etária dos pequenos produtores é bem diversificada, a figura 2
ilustra a porcentagem de homens e mulheres acima e abaixo de 40 anos. Todos os
agricultores em questão, confirmaram viver no campo desde criança. Foi
observado também que esses agricultores, em sua maioria, permanecem no meio
rural porque gostam do campo ou porque constituíram famílias com produtores.
Apenas uma minoria disse permanecer no campo por falta de opção de trabalho.
Diante desse contexto, vemos o recente cenário do meio rural que foi encontrado
também em pesquisa feita pelo MDA (2016)
Figura 2. Distribuição
conforme idade dos agricultores familiares atendidos pelo Instituto Agronômico
de Pernambuco em São Bento do Una, Pernambuco
Os dados relacionados à escolaridade
estão dispostos na figura 3, mostrando que quase 50% (cinquenta por cento) dos
produtores não concluíram o ensino fundamental e apenas 17% (dezessete por
cento) concluíram o ensino médio. Contudo, o nível de analfabetismo é baixo,
representando somente 7% (sete por cento).
Provavelmente, a quantidade de
agricultores que não conseguiram concluir o nível fundamental se deve as
dificuldades diárias de cada um deles, uma vez que a escolaridade é
influenciada pelo ser e estar das pessoas. Os maiores níveis de escolaridade
são de fundamental importância para que o homem do campo tenha o poder de
assimilar as inovações técnico-científicas proporcionando melhorias nas suas
formas de reprodução social. Salientando que de acordo com os dados coletados a
maioria dos agricultores familiares do município de São Bento do Una não
completou o ensino fundamental. Esse cenário do nível de educação reforça o que
afirmou Lira et al. (2013), “no Brasil, o nível de escolaridade entre os
pequenos agricultores encontra-se em torno de 3, 4 anos, o que equivale ao
nível fundamental incompleto.”
Figura 3.
Distribuição conforme a escolaridade dos agricultores familiares atendidos pelo
Instituto Agronômico de Pernambuco em São Bento do Una, Pernambuco.
A maioria dos pequenos produtores possui de 1 a 4 filhos, os quais tem
acesso a escolas municipais, a maioria na própria zona rural, e, estaduais na
zona urbana. Alguns agricultores com filhos adultos relataram que gostariam que
os mesmos estivessem com eles, seria mais pessoas para
mão de obra e de grande ajuda no trabalho difícil. Porém, foram tentar algo
“melhor na cidade”, mas dizem não ser fácil e consideram ilusão.
“Aqui na roça tem prato cheio, acima de tudo.
[...]. Criei meus quatro filhos e gostaria que eles tivessem ficado no campo.
Só um casou e mora no sítio vizinho. Uma vive lutando
em Belo Jardim (cidade vizinha) querendo ser enfermeira, lutou bastante pra conseguir ser técnica e agora quer fazer superior. Os
outros dois estão em São Paulo, mas lá tudo é mais caro, é ilusão melhorar de
vida lá. Tudo é mais caro, paga aluguel, tudo longe. Aqui tem casa, tem comida
que nós planta e dá pra se virar, é só ter
coragem de trabalhar, até a energia é mais barata aqui porque é rural.” (Entrevista,
1).
Enquanto outros preferem que eles busquem “crescimento” na cidade e
lutam para que eles consigam formação superior para melhorar de vida.
“Eu sei lá, estou desanimada, sete anos de seca. Gosto
muito do campo, me criei aqui. Mas, sempre produzimos pra
consumo. Meu sonho era produzir hortaliça, mas não tem água. Tenho sete filhos
e não tem o que fazer, a gente vive com a cesta (mantimentos) que a associação
dá, de vez em quando, e da minha aposentadoria. [...]. Eles estudam, tem que
estudar pra ver se consegue alguma coisa melhor.
Espero que eles consigam alguma coisa na cidade pra
melhorar um pouco.” (Entrevista, 28).
Almejando outras atividades ocupacionais os jovens deixam a
propriedade, confirmando a afirmação de Abramovay et al. (1998), de que o êxodo
rural nas regiões de predomínio da agricultura familiar atinge as populações
mais jovens com muito mais ênfase. Sendo assim, provocando mudanças nas
percepções sobre a ocupação agrícola, permitindo que as situações da vida
agrícola, antes consideradas como normais e naturais, dessem lugar a uma
comparação capaz de levar os agricultores, especialmente os com menos condições
econômicas, a se auto perceberem como um grupo desfavorecido em relação aos
demais.
A habitação foi avaliada através das
observações diretas no momento das visitas, as quais são todas casas de
alvenaria e possuem televisão, antena parabólica e internet.
No que diz respeito à água, em algumas
localidades que não tem abastecimento ou poços o Poder Público envia caminhões
pipa para encherem as cisternas dos mais necessitados enquanto outros
agricultores mais estruturados compram sua própria água.
A energia está presente em todas as
localidades da zona rural visitada, porém, é monofásica na região do Sítio
Tamanduá que se localiza na Serra da Macambira, região responsável pela
produção agrícola do município, a energia nesse caso, se torna uma limitante
para utilização de bombas de irrigação, uma vez que nesta região tem água de
poços, sendo mais uma dificuldade para a cadeia produtiva.
As estradas possuem condições
razoáveis de trânsito, mas, segundo agricultores da Associação dos Pequenos
Agricultores do Sítio Jequirí e Adjacências, o acesso
nem sempre é bom, pouco antes da visita foi feita manutenção. Na Vila do Espirito Santo, região responsável pela produção pecuária do
município e onde se encontram outros sítios, associações e assentamentos, as
vias de acesso são de boa conservação.
Esses aspectos
socioeconômicos também foram identificados no relatório analítico realizado
pelo MDA (2016) no Território Rural do Agreste Meridional de Pernambuco, o qual
indica um ICV (índice de condições de vida) com valor médio, correspondente a
uma percepção de melhora na qualidade de vida dos entrevistados. Ainda segundo
o MDA (2016) a situação econômica, juntamente com as condições de alimentação e
nutrição, revela um grau de satisfação médio alto dos entrevistados. No
entanto, apesar dessa satisfação, a permanência dos familiares no domicílio foi
o indicador mais baixo dessa instância. Uma hipótese para essa evasão pode ser
a atratividade das cidades, tanto nas atividades de lazer quanto na expectativa
de melhores condições de trabalho.
Quanto ao primeiro acesso aos serviços do IPA (Figura
4), o levantamento mostrou que este ocorreu através da escola técnica,
prefeitura e convite dos próprios técnicos
de assistência técnica e extensão rural (ATER), e
principalmente, através de associações rurais. As associações rurais são
criadas para assegurar os direitos básicos de cidadania, visando o
desenvolvimento rural, quando persiste a falta de poder dos pequenos
agricultores para influenciar nas políticas públicas (ANJOS, 2007). Neste
cenário, vemos representatividade no auxílio para acesso ao setor público.
A produção agrícola é voltada para as culturas de subsistência, tais
como milho, mandioca, feijão e alguns criam vaca de leite, gado de corte e
pequenos animais como caprinos, ovinos e suínos.
Figura 4. Distribuição
dos agricultores familiares conforme o primeiro acesso ao Instituto Agronômico
de Pernambuco em São Bento do Una, Pernambuco.
Na composição da renda familiar, muitos são aposentados ou recebem
auxílio de programas do governo como Bolsa Família, que foi criado em
2003 e beneficia aproximadamente 14 milhões de famílias em todos os municípios
brasileiros, sob a gestão nacional do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS), o programa vem contribuindo para a redução da
desigualdade em nosso país.
Os programas sociais do governo são muito importantes
para os agricultores e o Bolsa Família, por ser um programa de transferência
direta de renda, direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema
pobreza em todo o País, também fazem parte da realidade de alguns produtores
rurais, de modo que conseguem superar a situação de vulnerabilidade durante o
período de seca. O programa busca garantir a essas famílias o direito à
alimentação e o acesso à educação e à saúde (CEF, 2019).
Outros agricultores buscam
complementar sua renda com trabalhos fora do campo, os quais incluem prestação
de serviços públicos e autônomos. Os mais necessitados irão receber o fomento
via Programa Dom Hélder Câmara, o qual tem como objetivo principal reduzir e
erradicar a pobreza rural e as desigualdades do semiárido, mitigando os efeitos
causados pelas condições climáticas adversas, por meio da
integração de políticas públicas federais, estaduais e municipais. O
programa Dom Hélder irá ter início a partir do mês de junho do corrente ano,
para utilização do recurso na produção agropecuária, melhorando as condições de
vida dos agricultores familiares da região.
Fatos esses, evidenciam que a pluriatividade é presente na vida dos
agricultores, representando uma alternativa de reprodução social e econômica
(SCHNEIDER, 2003), garantindo assim, a sobrevivência para a maioria das
famílias dos mesmos.
Salientando ainda, que a maioria dos pequenos produtores participam
do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(PRONAF), o qual auxilia no fortalecimento das
atividades desenvolvidas pelo produtor familiar, de forma a integrá-lo à cadeia
de agronegócios, proporcionando-lhe aumento de renda e agregando valor ao
produto e à propriedade, mediante a modernização do sistema produtivo,
permitindo a valorização do seu trabalho e sua profissionalização, estimulando
a geração de renda e melhorando o uso da mão de obra familiar.
Para conseguirem desenvolver suas atividades produtivas além de contar
com os seus familiares alguns contam com o auxílio de vizinhos,
fazendo uma rotação de plantio entre suas terras, conseguindo uma mão de obra
de troca.
“Não sei como ia fazer
nesse tempo se não tivesse minha aposentadoria, ela é pouca mais ajuda demais,
principalmente nesses últimos nove anos sem chuva. Não dá pra
plantar nada, mal dá pra dentro de casa.” (Entrevista, 5).
“Sempre faço de tudo,
artesanato com pallet, faço bolo vou me virando principalmente no verão, busco
sempre pesquisar e me esclarecer na internet para fazer algo novo.” (Entrevista, 16).
“Meu marido é motorista e
ajuda nas contas de casa, ele não acredita muito no campo. [...]. Eu gosto e é
uma coisa que eu preciso me dedicar mais. [...]. O que mais me dói, é não ter
uma casa no sítio pra morar e tem tantas que estão
fechadas de pessoas que conseguiram com auxílio do governo e eu não consegui.” (Entrevista, 17).
“A agricultura é a
sobrevivência da minha família, a gente tem que cultivar para nossa
sobrevivência. Não tá fácil pra viver em lugar nenhum.
[...]. Às vezes zera a produção e não tem o que fazer na cidade, a Bolsa
Família ajuda um pouco.” (Entrevista, 21).
“Na agricultura temos que
observar o que produz no local e se tem valor, se não tiver tem que adaptar.
Com todo sacrifício não me vejo sem ela. Com a agricultura tenho liberdade,
tenho como crescer. Vivo dela, graças a Deus.” (Entrevista, 7).
Quanto às ações desenvolvidas pelo IPA os agricultores consideram ser
de qualidade e muita importância, apesar de acharem que em tempos
atrás era melhor, tinham mais ajuda e apoio. Eles relataram, em grande maioria,
que essa baixa nos serviços do Instituto se deve à falta de incentivos
(recursos financeiros) do governo. Alguns citaram até nomes de governantes que
representaram mais a classe e buscavam sempre melhorar as condições de
trabalho, moradia, produção e comercialização.
Dentre as ações desenvolvidas, as que mais citaram foi à distribuição
de sementes (feijão, milho, sorgo e palma), a assistência técnica e o auxílio
para comercializar os produtos através de feiras de agricultura familiar na
região e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra
alimentos produzidos pela agricultura familiar e distribui gratuitamente para
pessoas que não têm acesso à alimentação adequada e também para entidades de
assistência social (Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, por
exemplo), para entidades públicas de segurança alimentar e nutricional (como
cozinhas comunitárias e restaurantes populares) e para a rede pública e
filantrópica de ensino.
Destacando também, a comercialização para o Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que garante o direito humano à
alimentação adequada e saudável, de acordo com a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, a qual determina que no mínimo
30% do valor repassado a estados, municípios e Distrito Federal pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) deve ser destinado ao Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para ser utilizado na compra de gêneros
alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar
rural ou de suas organizações, priorizando-se os assentamentos da reforma
agrária, as comunidades tradicionais indígenas e as comunidades quilombolas. Logo,
visa promover melhores hábitos alimentares e incentivar o comércio e a produção
local de alimentos. Contudo, o acesso
ao PNAE no período da pesquisa era difícil, pois, exige registros no MAPA
e vigilância sanitária para comercialização dos produtos para o programa e os
produtores não tinham tais registros e consideram complicado.
Os produtores também
comercializam parte da sua produção de forma independente, seja na feira local
ou em feiras das cidades vizinhas, mas, consideram melhor comercializar com o
apoio do IPA.
“Eu faço polpas e doces
com as frutas que eu produzo no sítio, comercializo no comércio da cidade e vou
a todos os eventos e feiras agroecológicas que os técnicos do IPA me indicam.
Eles ajudam muito na divulgação, no incentivo e apoio para nós agricultores.” (Entrevista, 11).
“O PAA que garante a
venda e um dinheiro certo. [...]. A agricultura não é valorizada, o que você
gasta, você não tira. Aqui no IPA pelo PAA o valor é melhor, aqui eu vendo o
quilo da macaxeira por R$1,88 se eu for vender a qualquer atravessador da feira
eles só pagam R$1.00.” (Entrevista, 19).
Segundo Grisa et al. (2011),
uma ferramenta importante de valorização da produção da agricultura familiar,
são os mercados institucionais, que utilizam o poder de compra controlado pelas
esferas do governo para aquisição pelo estado dos produtos oriundos dos
pequenos agricultores.
Outro relato sobre as ações desenvolvidas pelo órgão de ATER do estado,
foi que as mesmas antigamente eram melhores, porque
possibilitavam acesso a trator para aração e alguns até receberam animais para
iniciarem a produção pecuária.
“Minha “filha”, o pessoal
do IPA vem aqui há mais de 20 anos. [...]. Antigamente era bem melhor, na época
eles começaram a fornecer água, sementes, palma e até aragem. Continua sendo
bom, mas era melhor. Hoje eles auxiliam com as sementes, mas não é a quantidade
suficiente, e na assistência pra gente plantar.
Recomendam não colocar agrotóxicos e fazer tudo natural pra
gente vender nas feiras agroecológicas, ajuda no cadastro dos programas do
governo (PAA e PNAE), essas coisas.” (Entrevista, 1).
“O IPA é muito importante
e ajuda bastante, principalmente na pecuária, eles orientam nas criações e
sementes de qualidade pra plantar. A junção do IPA com
a associação foi uma junção perfeita para ajudar a gente do campo.” (Entrevista, 8).
“Ajuda muito
principalmente na área do PAA se fosse contínuo era bom demais, precisava
controlar mais porque tem ano que não tem aí ficamos entregando a mercadoria
aos atravessadores que pagam barato.” (Entrevista, 25).
As ações citadas pelos entrevistados estão de acordo
com a missão do IPA que é gerar e adaptar tecnologia, prestar assistência
técnica e extensão rural prioritariamente aos agricultores de base familiar,
realizar obras de infraestrutura hídrica e disponibilizar bens e serviços para
o desenvolvimento sustentável do agronegócio (IPA, 2008).
Os pequenos produtores esperam que no futuro sejam
melhores assistidos pelas políticas públicas, que as ações exercidas pelo
Instituto sejam no mínimo como antigamente, possibilitando um auxílio na
produção e desenvolvimento das propriedades. Segundo grande parte dos
produtores o governo é o principal entrave de melhorias, uma vez que não manda
recursos para que sejam feitas. Eles relatam que a necessidade de
mais técnicos para assistência, uma distribuição regular e em quantidades
suficientes de sementes, bem como formas de comercializar seus produtos a um
preço justo são os principais pontos para o sucesso no processo produtivo que
consequentemente gera melhores condições de vida para suas famílias.
“Espero que haja uma
reestruturação do IPA que nos ajuda muito com a assistência técnica. Eu tinha
como optar por empresas privadas, mas com o crédito fundiário do nosso
assentamento demos preferência pelo IPA, por ser do município e por atender
nossas necessidades. Embora esteja deficiente o quadro de funcionários.” (Entrevista, 12).
“Espero que no futuro
tenham mais técnicos, os que têm são abnegados, uma melhora na genética das
sementes e animais. Melhorar é sempre preciso e o gargalo de tudo é a comercialização
que fica incerta, falta local pra comércio. Espero
mais reconhecimento do governo para a agricultura familiar.” (Entrevista, 15).
Conforme Pires (2003), a ATER sempre foi movida
pela ideia de que o aumento de técnicas de produção modernas resulta em
melhorias nas condições de vida das pessoas envolvidas. A Associação Brasileira
das Entidades Estaduais Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER)
considera que os órgãos estaduais de ATER tem uma estrutura que possibilita
realizar atendimento bastante significativo de forma individual e coletiva e
que pode ser de grande valia para fazer chegar às políticas públicas para os
agricultores.
O que se espera, é que todas as esferas do Poder
público valorizem essa conjuntura de apoio, como um instrumento de acesso às
políticas públicas pelas populações rurais. Sendo assim, conferindo maior
importância e uma crescente utilidade para essa rede, através de uma
valorização maior, resultando em melhores condições para a sua
manutenção. Visto que, os pequenos agricultores consideram que a
agricultura é tudo, é fonte de renda, é moradia e disseram não trocar por nada
apesar das dificuldades do trabalho pesado, da falta de valorização, da seca
que é característica da região, pois, foram criados dela e criam seus filhos
também, não precisam ser mandados e podem produzir o próprio alimento.
“É minha renda, toda
importância, não faço outra coisa. Eu gosto do que faço me criei no campo.” (Entrevista, 10).
“Ave Maria, é
fundamental. Se os agricultores não planta, a cidade não janta. Só falta mais
valorização.” (Entrevista, 11).
“É fundamental, é onde
produzimos a nossa alimentação e da população, é tudo, de onde tiro meu
sustento. Não me vejo sem ela.” (Entrevista, 30).
De
acordo com o Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD), do MDA,
há muito tempo os agricultores familiares deixavam o meio rural para poder
alimentar sua família, hoje em dia eles valorizam o trabalho agrícola e usufrui
das condições de subsistência no campo. Aproximadamente 84% dos jovens
agricultores brasileiros não trocam a vida rural pela vida em grandes cidades
para buscar oportunidades de trabalho (BRASIL, 2015).
Quanto ao perfil de dois dos três técnicos de ATER
que atendem o município, devido o terceiro não ter tido disponibilidade para
participar do estudo durante o período da pesquisa, foi visto que ambos possuem
o nível médio/técnico e trabalham no instituto, um há nove anos, e o outro há
dois anos, desenvolvendo orientações técnicas sobre produção agrícola e animal,
comercialização, garantia safra, Pronaf, PAA, Programa Dom Hélder Câmara,
distribuição de sementes, mudas e palma forrageira, projetos para
assentamentos, organização de feiras de agricultura familiar.
Na opinião dos profissionais, o desenvolvimento rural
do município se encontra lento e acreditam que um dos fatores que contribuíram
para esse fato está no longo período sem chuvas. As precipitações pluviais de
forma periódica é um dos fatores mais importante na produção agrícola e exerce
influência sobre todas as fases da produção agrícola (COSTA et al., 2015).
“A cidade recuou um pouco
em termos de desenvolvimento, esse fato aconteceu devido a alguns anos de seca.
Esse ano a intenção é dar um maior apoio na produção de forragem e com isso
aumentar a produção animal local.” (Entrevista, 31).
Os técnicos afirmaram ainda que são procurados pelos
agricultores e que quando fazem as visitas técnicas são bem recebidos pelos
produtores. O trabalho de ATER é bem aceito, alguns, minoria, resistem as
orientações, enquanto outros buscam inovações. Fato este, descrito e
observado durante as visitas aos produtores rurais do presente estudo.
“Os agricultores são bem
receptivos e temos um bom entrosamento, eles nos recebem com gratidão e
esperança de dias melhores.” (Entrevista, 32).
No ponto de vista dos extensionistas, para melhorar e
aperfeiçoar as ações desenvolvidas no Instituto é necessário um novo olhar dos
governantes para a agricultura familiar, para que assim possam conseguir
realizar um trabalho melhor e menos burocrático. Os principais entraves para
que possam desenvolver os seus trabalhos são por conta da falta de recursos
financeiros que enfraquecem a estrutura física do órgão.
“Precisamos de uma
estrutura melhor e uma maior equipe para atender todo o município. Além de
recursos financeiros e equipe técnica. Temos muito trabalho para poucos
funcionários.” (Entrevista, 31).
Declararam também que uma forma de minimizar as
dificuldades, não só do IPA, mas também da ATER, é, em primeiro lugar, começar
uma restruturação do Instituto. No caso de São Bento do Una ter um escritório
na cidade e realizar concurso público para contratação de novos funcionários
para preencher a lacuna no quadro de técnicos e dispor de recursos financeiros
para implementar as atividades desenvolvidas na região. A Associação Brasileira
das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural verificou
durante um levantamento do quadro de pessoal dos órgãos estaduais de
ATER no ano de 2018, que 85% do total de contratados são para região nordeste,
devido os órgãos nela localizados sentirem uma carência de pessoal para
realizar o atendimento, uma vez que, há um grande contingente de agricultores
familiares (ASBRAER, 2018).
“Olha, para minimizar as
dificuldades, em minha opinião, seria o governo olhar para o homem do campo, já
era uma ajuda fundamental. Porque não temos um escritório na cidade que
facilite o acesso dos agricultores para chegarem até nós, fora à falta de
técnicos para conseguir atender toda a área, era interessante que tivesse
concurso, ainda existe a falta de recursos para melhorar as atividades que
realizamos no município.” (Entrevista, 32).
Os
técnicos consideram que o trabalho que desenvolvem é de grande importância para
os agricultores, principalmente os pequenos, pois, assim eles têm
acesso à informação, condições de melhorar a renda familiar e
comercializar seus produtos através dos programas do governo, como PAA e PNAE
que garantem a compra certa e a preço mais justo que o dos atravessadores, como
os agricultores relataram acima. Ainda disseram que o acesso às políticas
públicas é importante e facilmente conseguido através da ATER.
O
papel dos Técnicos Estaduais da Pesquisa e da Extensão consiste em orientar,
monitorar e participar dos eventos de capacitação tecnológica, apoiar e ou
realizar ações de pesquisa e desenvolvimento que contribuam para o alcance das
metas previstas, realizar as avaliações de impacto e analisar seus resultados,
para subsidiar a diretoria nas tomadas de decisões que reorientem as ações
dos programas, quando necessário, promover as articulações institucionais que
garantam as parcerias necessárias à realização integral das ações e apoiar
tecnicamente as equipes de elaboração, execução e monitoramento dos macroprogramas (IPA, 2018).
CONCLUSÕES
Os agricultores têm boa percepção e recepção das ações
do IPA e são conscientes do seu papel na economia e sociedade. Entretanto, sentem-se
desvalorizados e enfrentam dificuldades para produzir e comercializar
seus produtos. Os agricultores se identificam com o campo e possuem
esperança de melhorias no futuro que acreditam vir através de políticas
públicas.
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