Fertilidade
do solo de um horto as margens do rio Inhangapi e os
impactos qualitativos sob o corpo hídrico
Soil fertility in a
city garden on the banks of the Inhangapi River and
the qualitative impacts on the water body
Fertilidad del suelo
en un jardín
a orillas del río Inhangapi y los impactos cualitativos en el cuerpo
de agua
Valdeci Junior
Fonseca Pinheiro1;
Diego Fabrício Santa Rosa Cardoso2;
Emerson Renato Maciel da Silva3;
Ivan Carlos da Costa Barbosa4
Recebido: 27/02/2020; Aprovado: 11/06/2020
ecossistema, sustenta uma atividade agrícola
permanente. Portanto, objetivou-se averiguar a qualidade físico-química do solo
do horto municipal de Inhangapi, no estado do Pará, e
possíveis alterações qualitativas em um trecho do rio Inhangapi.
Foram realizadas amostragens em períodos de diferentes regimes pluviométricos
de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, a fim de identificar a
influência das chuvas nos parâmetros avaliados. Posteriormente, foram
realizadas análises físico-químicas no Laboratório do Centro de Tecnologia
Agropecuária localizado na Universidade Federal Rural da Amazônia. Com as
análises físico-químicas do solo foi verificado que há necessidade de práticas
conservacionistas que visem melhorar a área de cultivo, através de calagem,
consórcio com leguminosas para melhor aporte de nitrogênio e mantendo a
cobertura do solo para evitar erosão e lixiviação e uso de compostagem com o
intuito de melhorar o aporte de matéria orgânica e melhorar a retenção de água,
uma vez que o solo é arenoso. Também foi aplicado o protocolo de avaliação
rápida do corpo hídrico em um trecho do rio. São necessários maiores cuidados
no trecho do rio onde foi aplicado o protocolo, como uso de mata ciliar no
auxílio para o problema de assoreamento do leito do rio acarretando na proteção hídrica da área próxima.
Palavras
chave: Ciência
do solo; Físico-química; Recursos Hídricos.
Key words: Soil science; Physicochemical;
Water resources.
INTRODUÇÃO
O manejo correto do solo voltado à qualidade dos
alimentos é essencial aos cidadãos consumidores. De acordo com o Boaretto e Natale (2016), há
necessidade do monitoramento prévio da fertilidade do solo, bem como o
acompanhamento do estado nutricional da lavoura. O reparo das utilidades
ecológicas do solo, a eficácia e os serviços de regulação, assim como a
prevenção de futuras degradações, podem ser obtidas junto
a práticas de manejo adequadas (ALAOUI et al.; 2020).
As funções fundamentais do solo, relacionado à
manutenção da vida, abrangem uma diversidade de seres vivos, tal como minhocas,
fungos e microrganismos aptos para decompor a matéria orgânica, contribuindo
para a conservação das suas propriedades físicas, salvo sua fertilidade
(VEZZANI; MIELNICZUK, 2009). O uso mais eficaz e racional do solo é relacionado
necessariamente em conhecer bem seus atributos, e a partir disso propor
técnicas de manejo mais adequadas para as condições locais (AZEVEDO; BUENO,
2016).
A qualidade dos alimentos depende de um bom manejo agrícola
que acarrete positivamente na nutrição das culturas. Segundo Fontes (2014),
esta nutrição envolve uma área abrangente que vai do nível de molécula, célula,
tecido, órgão e chega à planta inteira. Além disso, compreende aspectos
ecológicos, fisiológicos, bioquímicos e genéticos da nutrição do vegetal, sendo
fundamentais as análises químicas para fins de fertilidade e pedológicos.
Junto à eliminação da
vegetação natural e o cultivo, as características químicas dos solos são
significativamente transformadas, sobretudo na camada arável, em decorrência da
adição de corretivos e fertilizantes e de procedimentos agrícolas (FREITAS et
al., 2017). Outrossim, a abertura de novas áreas destinadas à agricultura causa
excessiva redução no teor de matéria orgânica depositada nas camadas
superficiais do solo. Isto gera alterações negativas na disponibilidade de
nutriente, que associada a um manejo inadequado diminui a capacidade de
produção de culturas (COUTINHO; DA VEIGA, 2015).
Sobre contaminação de água,
Lopes e Albuquerque (2018) entende que a intensa prática agrícola incrementada na
superfície de áreas de mananciais acarreta na
vulnerabilidade nativa dessas áreas às contaminações (direta ou indireta) resultantes
de usos de agroquímicos. Para Rodrigues Neto et al. (2016), os processos que
interferem nas condições naturais dos recursos hídricos estão relacionados,
principalmente, à urbanização e exploração do solo e subsolo pela mineração e
agropecuária. Pimenta et al. (2016) mencionam como consequência das atividades
antrópicas uma queda da qualidade da água e perda de biodiversidade aquática,
em função das alterações no ambiente em aspectos físicos, químicos e na
dinâmica natural das comunidades biológicas.
Assim, é importante um levantamento através de
pesquisa para averiguar os tipos de plantações e aspectos, problemáticos ou
não, causados ao solo do horto da microbacia do rio Inhangapi,
no município de Inhangapi/PA. O município apresenta
lavouras permanentes (978 ha) e temporárias (447 ha), sendo que no caso de
sistemas agroflorestais onde há cultivo de espécies florestais usadas para
lavouras e pastoreio a área é de 1772 ha (IBGE, 2017).
O objetivo com o presente trabalho foi averiguar a
qualidade do solo do horto municipal e possíveis alterações nas margens em um
trecho do rio Inhangapi próximo ao horto do município
de Inhangapi, Pará.
MATERIAL E
MÉTODOS
Área de
estudo
O local selecionado, devido à importância para a
região, para a coleta está localizado no horto municipal da cidade de Inhangapi, Estado do Pará. O clima de Inhangapi
é definido como megatérmico e úmido, onde a temperatura mantém-se elevada em
todos os meses do ano com média anual de 25 ºC, variando seus valores mensais
entre 24 e 26 ºC. A precipitação pluviométrica anual é elevada, comumente 2.350
mm; contudo, fortemente concentrada de janeiro a junho (cerca de 80%). De
setembro a dezembro há uma curta estação seca, de moderado déficit de água
nesses meses (INMET, 2020).
A cidade de Inhangapi no
Estado do Pará possui uma população de 10.037 habitantes, onde mais da metade
se encontra vivendo na zona rural. Nessa região, as principais atividades
econômicas exercidas envolvem a agricultura, entre elas o cultivo de açaí,
mandioca e atividades minerais para a produção de telhas e tijolos, sendo que
as atividades de empresas de olaria são as mais antigas nesse município (IBGE,
2017).
A Figura 1 descreve os limites do município de Inhangapi (em verde). Além de identificar a localização da
Sede municipal do município que também representa a localização do horto da cidade.
Figura
1. Localização do município Inhangapi, Pará, Brasil.
Fonte: Autores, 2019.
Amostragens
A primeira coleta foi
realizada no mês de setembro de 2018, mês no qual a precipitação pluviométrica
é menor, quando comparado ao mês da segunda coleta que foi em fevereiro de
2019. De acordo com a série histórica de chuvas da plataforma do Instituto
Nacional de Meteorologia (INMET), o período de junho a novembro é o menos
chuvoso, enquanto de dezembro a maio o mais chuvoso.
Para a coleta das amostras compostas, a
área total do horto municipal foi dividida em três áreas, levando em
consideração as dimensões do horto, as quais foram caracterizadas pela presença
de diferentes culturas. No local de estudo, por meio de amostragem aleatória em
cada ambiente, foram retiradas três amostras compostas de solo para a área 1
(mamão e mandioca), três amostras compostas para área 2 (banana e açaí) e duas
amostras compostas para a área 3 (banana e feijão), totalizando oito amostras
individuais. Isso se repetiu tanto na primeira quanto na segunda campanha de
amostragens totalizando dezesseis amostras individuas.
Em cada ponto (mesmo local nas duas
campanhas) selecionado para a coleta das amostras foi utilizada enxada para
eliminar o material grosseiro da superfície do terreno. Em seguida, foi
utilizado o trado holandês para a extração das amostras de solo (camada inicial
de 20 cm de profundidade), basquetas para
homogeneização das amostras e sacolas plásticas para armazenamento (FILIZOLA et
al., 2006).
Preparo e análises das amostras
As amostras de solo foram levadas ao
Centro de Tecnologia Agropecuária (CTA), localizado na Universidade Federal
Rural da Amazônia (UFRA) no município de Belém, onde foram feitas as análises
físico-químicas. O Manual de Procedimentos de Coleta de Amostras em Áreas
Agrícolas para Análise da Qualidade Ambiental (FILIZOLA et al., 2006), Manual
de Métodos de Análise de solo (TEIXEIRA et al., 2017) e a recomendação de
adubação e calagem para o estado do Pará (SILVA et al., 2007) foram usados como
alicerces para os procedimentos de obtenção e análises dos parâmetros das
amostras do solo.
Posteriormente à chegada ao laboratório
de análises químicas, as amostras foram destorroadas, peneiradas e armazenadas
em caixas de papelão para serem secas ao ar, para determinação dos parâmetros físico-químicos
nas amostras de solo (Tabela 1).
Tabela 1. Parâmetros físico-químicos e metodologia empregada
para as amostras de solo. |
|
||
Parâmetros |
Unidades |
Método* |
|
pH |
adimensional |
Potenciômetria, medido em pHmetro (PHmeter,
modelo JK-PHM-005) |
|
Condutividade elétrica (CE) |
µS cm-1 |
Condutivimetria, medido em condutivímetro
(Conductivity meter, modelo CD-850) |
|
Alumínio trocável (Al+3) |
cmolc Kg-1 |
Titulação Complexometria NaOH 0,025 mol L-1 |
|
Acidez potencial |
cmolc Kg-1 |
Titulação por
Neutralização NaOH 0,025 mol L-1 |
|
Cálcio trocável |
cmolc Kg-1 |
Titulação Complexometria EDTA 0,0125 mol L-1 |
|
Magnésio trocável |
cmolc Kg-1 |
Titulação Complexometria EDTA 0,0125 mol L-1 |
|
Sódio e potássio |
cmolc Kg-1 |
Fotômetro de chama em
extratos de duplo-ácida, HCl 0,05 mol L-1
+ H2SO4 0,0125 mol L-1 (Fotômetro Quimis) |
|
Carbono orgânico |
g Kg-1 |
Titulação por oxi-redução, Sulfato ferroso 0,1 N |
|
Matéria orgânica |
g Kg-1 |
Titulação por oxi-redução, Sulfato ferroso 0,1 N |
|
Granulometria |
% |
Método da pipeta |
|
*Manual de Métodos de Análise de solo (TEIXEIRA et al., 2017). |
Protocolo de avaliação rápida
Para a avaliação do corpo hídrico foi
aplicado o Protocolo de Avaliação Rápida (PAR), proposto por Hannaford et al. (1997) e adaptado por Callisto
et al. (2002), o qual se baseia na quantificação de vinte e dois parâmetros
(Tabela 2), com o intuito de avaliar as características e impactos antrópicos
causados em um trecho localizado no centro urbano do município da microbacia do
rio Inhangapi (com extensão de 57 km), situado às
margens do horto municipal. De acordo com Radtke
(2015), o PAR é uma importante ferramenta, uma vez que norteia a reflexão sobre
a abrangência de temas relacionados aos cursos d’água.
Callisto et al. (2002) visando uma descrição geral e
qualitativa formulou os primeiros 10 parâmetros (Tabela 2) que são pontuados de
0 a 4. Ademais, os restantes dos parâmetros foram inseridos com o intuito de
avaliar as condições do habitat e níveis de conservação das condições naturais.
Desse modo, cada parâmetro recebeu notas de 0 a 5.
O segundo momento do PAR foi adaptado do
protocolo proposto por Hannaford et al. (1997). De
acordo com Callisto et al. (2002), são definidos três
níveis de preservação: se a pontuação final resultar em um número de 0 a 40, o
ponto indica um trecho impactado; de 41 a 60, o ponto indica um trecho
alterado; e superior a 61 até 150 indica um trecho natural. A observação dos
parâmetros do habitat e seu funcionamento passam por treinamento do observador
para diminuir erros (HANNAFORD et al., 1997).
Tabela 2.
Protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats da Agência de Proteção
Ambiental de Ohio (EUA) e Hannaford et al (1997). |
|
Parâmetros
do PAR |
|
Protocolo de Ohio (EUA) |
Protocolo de Hannaford
et al. (1997) |
I. Tipo de ocupação das margens do corpo
d’água |
XI. Tipo de fundo |
II. Erosão próxima e/ou nas margens do
rio e assoreamento em seu leito |
XII. Extensão de rápidos |
III. Alterações antrópicas |
XIII. Frequência de rápidos |
IV. Cobertura vegetal |
XIV. Tipos de substratos |
V. Odor da água |
XV. Deposição de lama |
VI. Oleosidade da água |
XVI. Depósitos sedimentares |
VII.
Transparência da água |
XVII. Alterações no canal do rio |
VIII. Odor do sedimento (fundo) |
XVIII. Características dos fluxos das
águas |
IX. Oleosidade do fundo |
XIX. Presença de mata ciliar |
X. Tipo de Fundo |
XX. Estabilidade das margens |
- |
XXI. Extensão de mata ciliar |
- |
XXII. Presença de plantas aquáticas |
Análises estatísticas
Foram determinadas as médias e desvios padrão, assim como, o teste T de
Student para amostras independentes (com 5% de
significância), com o intuito de comparar os resultados obtidos no período
menos chuvoso (1ª coleta) e período mais chuvoso (2ª coleta). As análises foram
realizadas no software Excel (2016).
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
Avaliação do solo
Na Tabela 3 constam os dados dos parâmetros
físico-químicos da primeira e segunda coleta para as três áreas. No parâmetro
pH, a análise realizada em extratores, para maior confiabilidade dos resultados
obtidos de média por área. Assim, os valores da primeira coleta variaram de
4,14 a 5,84 e na segunda coleta os resultados oscilaram de 4,26 a 5,97.
De acordo com Hedin
et al. (2003), o ecossistema amazônico apresenta intensa produção de ácidos
orgânicos nos corpos d’água, favorecendo o aumento da acidez que pode ser
observada como resultado em alguns pontos das duas coletas.
O pH ideal para as culturas encontra-se
na faixa de 5,5 a 6,5, pois apresenta ausência de Al3+ e
disponibilidade intermediária dos demais micronutrientes além do processo de
lixiviação ser favorecido pela diminuição do número de cargas negativas do solo
decorrente da possível diminuição do pH (RODRIGUES, 2019). O que é verificado
em algumas áreas as quais estão em faixas abaixo do valor ideal e isso é uma
adversidade em lavouras visto que o pH é uma das propriedades químicas do solo
mais importantes na determinação da produção agrícola. De maneira que apresenta
elevados teores de Al3+, baixos teores de Ca2+ e Mg2+
e deficiência de fósforo - P (PREZOTTI; GUARÇONI, 2013).
No tocante ao parâmetro de condutividade
elétrica, os valores obtidos estão na faixa considerada normal, ou seja, um
solo não salino (Tabela 3). O valor de condutividade que classifica um solo
salino deve ser > 4 dS m-1, ou seja, resulta
em valores acima de 4.000 µS cm-1 para a classificação de salinidade
de um solo. A tolerância durante a fase de germinação é superior, entretanto,
não deve ultrapassar o valor de 4.000 µS cm-1, o que poderia inibir
ou retardar a germinação das sementes e devido a elevada pressão osmótica, as
raízes encontram dificuldade em absorver água e nutrientes reduzindo a produção
e levando a planta a morte (PREZOTTI; GUARÇONI, 2013).
Analisando os resultados, nos três
parâmetros com os extratores de pH em KCl 1 mol L-1,
CaCl2 0,01 mol L-1 e água, o resultado estatístico do
teste de média foi acima do nível de significância, ou seja, acima de 5% (p
> 0,05). Dessa forma, os valores de médias nos diferentes períodos de
precipitação não são diferentes estatisticamente e isso corrobora que a
sazonalidade não influenciou nos resultados obtidos, independente do extrator
utilizado para a análise química deste parâmetro (Tabela 4).
Tabela 4. Aplicação do teste t com nível de
significância de 5% nos diferentes parâmetros nas duas coletas de solo do horto municipal de Inhangapi, Pará. |
|||
Parâmetros |
Coleta 1 |
Coleta 2 |
Valores de p |
pH em KCL 1
mol L-1 |
4,45
± 0,39 |
4,32
± 0,09 |
0,35231 |
pH em CaCl2
0,01 mol L-1 |
4,53
± 0,37 |
4,96
± 0,29 |
0,15195 |
pH em água |
5,43
± 0,29 |
5,63
± 0,35 |
0,13991 |
CE (µs cm-1) |
70,64
± 10,20 |
54,02
± 3,76 |
0,04483 |
Os resultados obtidos demonstraram que
há diferença significativa entre os valores de condutividade elétrica na
primeira coleta em relação à segunda. Logo, infere-se que a pluviosidade da
região influenciou na concentração de sais presentes na solução do solo, pois
em um período menos chuvoso há pouco acúmulo de água na superfície do solo, em
relação ao período mais chuvoso (dezembro a maio). O que causa um maior acúmulo
de sais no período menos chuvoso, pois a água evapora mais rapidamente. Onde a
precipitação é baixa e a evapotranspiração é alta, a salinidade é caracterizada
como de terras áridas e os sais se acumulam no solo decorrente de limitada
drenagem ou lixiviação (BUTCHER et al., 2016).
A Tabela 5 apresenta os dados obtidos
para os parâmetros físico-químicos da primeira e segunda coleta para as três
áreas em estudo. Para o teor de acidez potencial, os dados obtidos para as três
áreas em estudo na primeira coleta mostraram resultados de médias variando
entre média ou alta. Na segunda coleta, os valores foram altos em todos os
pontos. No que se refere ao parâmetro alumínio trocável, os resultados indicam
que na primeira coleta a área (A2) apresentou valores acima de 1,0 cmolc Kg-1, o que classifica esta área como
contendo altas concentrações de alumínio trocável, enquanto as áreas A1 e A3 se
comportaram na faixa de concentração baixa e média (PREZOTTI; GUARÇONI, 2013)
(Tabela 5).
Na segunda coleta, a A1 obteve valores
de teor de alumínio na faixa considerada baixa, enquanto as áreas A2 e A3
apresentaram concentrações dentro da faixa mediana (Tabela 5). Este parâmetro é
importante, pois o Al3+ trocável causa o engrossamento das raízes,
reduz o seu crescimento e impede a formação de pelos radiculares, prejudicando
a absorção de água e nutrientes e, em alta quantidade é considerado um elemento
tóxico aos organismos, prejudicando até a recuperação de áreas degradadas
(SOBRAL et al., 2015).
Tabela 5. Análises físico-químicas de solo de horto municipal de Inhangapi, Pará, expressos em
média por áreas |
||||||
Coleta 1 |
|
Coleta 2 |
||||
Parâmetros |
A1 |
A2 |
A3 |
A1 |
A2 |
A3 |
H + Al (cmolc Kg -1) |
4,26 ± 0,39 |
5,99 ± 0,18 |
5,35 ± 0,25 |
6,09 ± 0,36 |
7,53 ± 0,21 |
6,80 ± 0,22 |
Al3+ (cmolc Kg -1) |
0,14 ± 0,05 |
1,02 ± 0,05 |
0,68 ± 0,07 |
0,17 ± 0,04 |
0,70 ± 0,05 |
0,67 ± 0,08 |
Ca2+ (cmolc Kg-1) |
3,97 ± 0,40 |
1,27 ± 0,10 |
1,8 ± 0,14 |
4,53 ± 0,39 |
1,58 ± 0,14 |
1,83 ± 0,14 |
Mg2+ (cmolc Kg-1) |
0,94 ± 0,15 |
1,09 ± 0,10 |
0,77 ± 0,06 |
1,04 ± 0,19 |
1,17 ± 0,15 |
0,6 ± 0,09 |
C.O (g Kg-1) |
1,99 ± 0,52 |
2,14 ± 0,56 |
2,13 ± 0,70 |
0,54 ± 0,60 |
0,56 ± 0,54 |
0,76 ± 0,68 |
M.O (g Kg-1) |
3,44 ± 0,67 |
3,67 ± 0,65 |
3,67 ± 0,61 |
0,95 ± 0,59 |
0,98 ± 0,67 |
1,32 ± 0,67 |
K+ (cmolc Kg-1) |
0,14 ± 0,02 |
0,13 ± 0,04 |
0,21 ± 0,04 |
0,18 ± 0,05 |
0,09 ± 0,02 |
0,12 ± 0,05 |
Na+ (cmolc Kg-1) |
0,10 ± 0,01 |
0,07 ± 0,07 |
0,06 ± 0,05 |
0,17 ± 0,03 |
0,06 ± 0,04 |
0,09 ± 0,02 |
Referente aos dados obtidos para o teor de cálcio
trocável, nas três áreas, os valores de média para os pontos da primeira coleta
ficaram entre 1,27 a 3,97 cmolc Kg-1. Os
pontos da segunda coleta apresentaram os valores de média entre 1,58 a 4,53 cmolc Kg-1. Assim, os pontos das duas coletas
apresentaram variação na classificação entre baixa, média e alta em que baixo:
< 1,5 cmolc Kg-1, médio: 1,5 – 4,0 cmolc Kg-1 e alto > 4,0 cmolc
Kg-1 (Tabela 5). O cálcio é considerado um cátion trocável muito
requerido no solo visto que estão eletrostaticamente retidos pelas cargas
negativas do solo e atua na estrutura da planta compondo a parede celular,
germinação do grão de pólen e crescimento do tubo polínico (RONQUIM, 2010).
Em relação ao teor de magnésio trocável, as três áreas
em estudo apresentaram variação na concentração entre 0,77 a 1,09 cmolc Kg-1, possuindo como classificação os
teores variando entre médio e alto. Na segunda coleta os valores ficaram entre
0,60 a 1,17 cmolc Kg-1, o que classifica
essas amostras entre baixo, médio e alto nos teores de Mg2+
trocável. Os teores são classificados em baixo: < 0,5 cmolc
Kg-1, médio: 0,5 – 1,0 cmolc Kg-1
e alto: > 1,0 cmolc Kg-1. Assim como o
cálcio, o magnésio trocável também é importante devido aos seus teores e em
níveis adequados, garantem o bom crescimento das culturas, pois tem papel
catalisador e participam dos centros de reações da fotossíntese já que é o
átomo central da molécula de clorofila (PREZOTTI; GUARÇONI, 2013).
No que se refere ao parâmetro carbono orgânico, os
valores de média da primeira coleta se encontram entre 1,99 a 2,14 g Kg-1,
enquanto que na segunda coleta os valores ficaram entre 0,54 a 0,76 g Kg-1.
O carbono orgânico que é produzido pelos restos vegetais, e é um parâmetro
considerado a energia que move a cadeia alimentar do solo. Além disso, compõe a
matéria orgânica do solo uma vez que participa de cerca de 50% de sua
composição além de ser importante na classificação de horizontes superficiais (SILVA, 2018). Nota-se que os valores da segunda
coleta foram muito baixo quando comparados com os da primeira coleta (Tabela 5).
No parâmetro de matéria orgânica a classificação se dá
em baixa < 15 g Kg-1, média 15 a 30 g Kg-1 e alta >
30 g Kg-1. Comparando as três áreas, se observa que os valores
médios da primeira coleta variaram entre 3,44 a 3,67 g Kg-1. Enquanto que, na segunda coleta os valores médios variaram
entre 0,95 a 1,32 g Kg-1 (Tabela 5). Os resultados das concentrações
de matéria orgânica nos pontos das duas coletas apresentam a classificação
considerada baixa (PREZOTTI; GUARÇONI, 2013).
Em termos de fertilidade, a matéria orgânica é
importante, pois além de fornecer nutrientes às plantas, dá a ideia do grau de
armazenamento de água no solo e está relacionada com a capacidade de troca de
cátions. Uma vez que o aumento do nível de matéria orgânica acarreta no aumento da quantidade de cargas negativas no solo e, além
disso, informa o estado de decomposição da matéria orgânica decorrente da ação
microbiana (SILVA, 2018). Por isso, levando em
consideração que os resultados apresentados na Tabela 5, consideram-se que
estes estão abaixo do ideal, o que indica que a atividade microbiológica no
solo pode estar sendo prejudicada.
No que diz respeito ao teor de potássio trocável (K+),
a classificação ocorre da seguinte maneira: baixo quando < 60 mg/dm3,
médio quando entre 60 – 150 mg/dm3, e alto quando > 150 mg/dm3
(SILVA, 2018). Transformando-a para cmolc. Kg-1 a
classificação observada fica baixo < 0,15 cmolc. Kg-1,
médio entre 0,15 - 0,38 cmolc. Kg-1, e
alto > 0,38 cmolc. Kg-1. Logo, é
possível observar que os pontos da primeira e segunda coleta se apresentam na
faixa considerada baixa (0,15 cmolc. Kg-1)
e na faixa média (0,15 a 0,38 cmolc. Kg-1) (Tabela 5). É importante saber que na deficiência
de íons potássio os solos são considerados mais intemperizados.
No que se refere à concentração do íon sódio trocável (Na+) é
importante destacar que este não é um dos nutrientes
essências as plantas e quando presentes em altas concentrações no solo
podem causar efeito depressivo sobre a produtividade das culturas. Além disso,
é um dos cátions essenciais na quantificação da capacidade de troca de cátions
do solo (SOBRAL et al, 2015).
Na Tabela 6, observa-se os valores obtidos dos
parâmetros de acidez potencial, alumínio trocável, cálcio trocável, magnésio
trocável, potássio trocável e magnésio trocável.
No que se refere aos resultados de cálcio trocável (Ca2+),
magnésio trocável (Mg2+), alumínio trocável (Al3+),
potássio trocável (K+) e sódio trocável (Na+), o teste t
revelou não ocorrer diferença estatística entre as médias nos dois períodos de
coleta. Logo a diferença de precipitação não influenciou o teor desses íons no
solo. Por outro lado, no parâmetro de acidez potencial (H + Al) ocorreu
diferença significativa entre os valores obtidos nos diferentes períodos,
ratificando que a precipitação nos diferentes períodos influenciou nos
resultados obtidos.
Tabela 6. Aplicação do teste t com nível de
significância de 5% nos parâmetros H + Al, Al3+, Ca2+,
Mg2+ e valores de média geral e desvio padrão das duas
coletas de solo do horto municipal de Inhangapi, Pará |
||||
Parâmetros |
Coleta 1 |
|
Coleta 2 |
Valores de p |
Ca2+ |
2,34 ± 1,19 |
|
2,64 ± 1,63 |
0,32527 |
Mg2+ |
0,93 ± 0,15 |
|
0,93 ± 0,29 |
0,81661 |
Al3+ |
0,61 ± 0,41 |
|
0,51 ± 0,29 |
0,56669 |
H
+ Al |
5,2 ± 0,81 |
|
6,80 ± 0,72 |
0,0129 |
K+ |
0,16 ± 0,04 |
|
0,13 ± 0,04 |
0,39382 |
Na+ |
0,07 ± 0,02 |
|
0,10 ± 0,05 |
0,10593 |
Na tabela 7 estão os valores de granulométricas
expressos em porcentagem resultante para cada área do horto, através da
análise.
Tabela
7. Análises
físico-químicas em solo do horto
municipal de Inhangapi, Pará, expressos em média por áreas |
|||
Granulometria |
Áreas |
|
|
A1 |
A2 |
A3 |
|
Areia (%) |
72,60 |
80,86 |
74,35 |
Silte (%) |
26,96 |
18,73 |
25,2 |
Argila (%) |
0,43 |
0,40 |
0,45 |
Os pontos P1 e P2 (A1) estão na faixa
franco arenoso, enquanto os pontos P3, P5, P6, P7 e P8 (em todas as áreas)
estão na faixa areia franca, e o ponto P4 (A2) na faixa de areia. De maneira
geral, o solo do horto municipal de Inhangapi é
caracterizado como arenoso e os solos mais propícios à erosão são os arenosos
(SILVA, 2018).
Além disso, a água infiltra com maior
facilidade devido aos poros serem maiores em partículas arenosas, não sendo
benéfico às culturas, pois dificulta a absorção de água pelo sistema radicular.
Silva (2018) acrescenta ainda que os solos mais propícios à formação de
voçorocas, que são grandes buracos formados no solo, são os do tipo arenoso.
Na tabela 8 observa-se os valores de médias dos
parâmetros de soma de bases (SB), CTC
potencial (T), CTC efetiva (t), saturação por
alumínio (m %), e saturação por bases (v %).
Tabela 8. Análises físico-químicas em solo do horto municipal de Inhangapi, Pará, expressos em
média por áreas |
||||||
Coleta 1 |
Coleta 2 |
|||||
Parâmetros |
A1 |
A2 |
A3 |
A1 |
A2 |
A3 |
SB (cmolc
Kg-1) |
5,17 |
2,56 |
2,84 |
5,92 |
2,91 |
2,65 |
T (cmolc Kg-1) |
9,53 |
8,55 |
2,20 |
12,02 |
10,44 |
9,45 |
t (cmolc
Kg-1) |
5,31 |
3,58 |
3,53 |
6,09 |
3,61 |
3,33 |
m (%) |
2,70 |
28,56 |
19,41 |
2,78 |
19,44 |
20,27 |
v (%) |
54,23 |
29,91 |
34,69 |
49,30 |
27,88 |
28,08 |
Quando se refere à soma de bases (SB) levam-se em consideração as bases
presentes nos coloides das amostras de solo, sendo importante da determinação
da CTC potencial (SILVA, 2018). Verifica-se que nas áreas A1 independentes das
coletas os valores são considerados altos
e nas áreas A2 e A3 em ambas as coletas os valores são considerados médios
(Tabela 8). Pois no que tange à soma de bases à
classificação ocorre da seguinte forma: baixo < 2,0 cmolc
Kg-1; médio 2,0 a 5,0 cmolc Kg-1
e alto > 5,0 cmolc Kg-1.
A capacidade de troca de cátions total (CTC
pH 7) é plausível quando se busca o conhecimento sobre o potencial produtivo do
solo (PREZOTTI; GUARÇONI, 2013). No que diz respeito a segunda coleta, a A1 e
A2 apresentam valores de CTC considerados altos. A área A3 da primeira coleta
apresenta um valor considerado baixo, nas áreas A1 e A2 da primeira coleta e A3
da segunda coleta os valores são considerados médios (Tabela 8). A classificação é baixa < 4,5 cmolc
Kg-1, médio 4,5 a 10 cmolc Kg-1
e alto > 10 cmolc Kg-1.
Na capacidade de troca de cátions efetiva (t)
há uma indicação da quantidade de cargas negativas ocupadas com os cátions
trocáveis no solo, sendo que neste caso não se considera os íons H+. Percebe-se
na tabela 8 que a área A1 da segunda coleta é a única que apresenta teor
considerado alto. Enquanto que, nas demais áreas os
teores são considerados médios (Tabela 8). Visto que a classificação é baixa < 2,5, médio 2,5 a 6,0
Cmolc.Kg-1 e alto > 6,0 Cmolc.Kg-1 (SOBRAL et al.,
2015).
O alumínio é estimado com base na CTC efetiva
(t). Para que haja crescimento e desenvolvimento das plantas, é importante que
não haja presença de Al3+ de forma que o pH seja maior que 6,5, sendo assim, a saturação por alumínio expressa a
quantidade da CTC que é ocupada pelo alumínio trocável (SILVA,
2018). Todas as áreas da primeira e segunda coleta tem seus teores
considerados baixos (Tabela 8). Na saturação por
alumínio a classificação é baixa < 50%, médio 50 a 70% e alto > 70%.
(SOBRAL et al., 2015).
A saturação por bases (V%)
diz respeito ao total de cargas negativas no solo ocupada por bases como: Ca2+
e Mg2+. Os valores adequados às culturas geralmente estão entorno de
50 a 80% (SILVA, 2018). A
classificação é baixa < 50%, médio 50 a 70% e alto > 70% (SOBRAL et al.,
2015).
Nenhum valor se encontra na faixa considerada alta
(ideal às culturas), a área A1 da primeira coleta apresenta um teor considerado
médio, já as áreas A2 e A3 da primeira coleta, A1, A2 e A3 da segunda coleta
são considerados baixos (Tabela 8).
Avaliação do corpo hídrico
No que se refere à avaliação do corpo hídrico, o PAR
(Protocolo de Avaliação Rápida), as notas distribuídas para cada parâmetro
proposto por Callisto et al. (2002) e Hannaford et al. (1997) constam na tabela 9.
Tabela 9. Descrição geral do Protocolo de Avaliação Rápida
(PAR) e condições
de habitat e níveis de conservação em
trecho do rio Inhangapi no horto municipal de Inhangapi, Pará. |
|||
Parâmetro PC |
Pontuação |
Parâmetro PH |
Pontuação |
1 |
0 |
11 |
3 |
2 |
2 |
12 |
3 |
3 |
0 |
13 |
5 |
4 |
4 |
14 |
0 |
5 |
2 |
15 |
2 |
6 |
2 |
16 |
2 |
7 |
2 |
17 |
4 |
8 |
4 |
18 |
5 |
9 |
4 |
19 |
0 |
10 |
2 |
20 |
3 |
Total |
22 |
21 |
2 |
- |
- |
22 |
0 |
- |
- |
Total |
29 |
PC: Protocolo de Callisto;
PH:
Protocolo de Hannaford |
Os parâmetros 1 e 3 são, respectivamente, tipos de
ocupação das margens com curso d’água e alterações antrópicas, ambos foram
pontuados com notas 0 (zero), uma vez que neste local foi encontrado como
ocupação das margens algumas residências e alguns comércios, além da presença
de bares e restaurantes.
Além disso, os
parâmetros 4, 8 e 9 apresentaram pontuação 4 sendo respectivamente cobertura
vegetal no leito a qual era parcial, odor do sedimento (fundo) e oleosidade do
fundo. Bersot et al. (2015) em seu estudo, verificou
que as características de instabilidade nas margens, lâmina d’água abaixo do
nível normal, habitats severamente modificados e principalmente desmatamento
acentuado para plantação de Eucalipto, além disso, quando as margens são
severamente modificadas pelas construções residências eleva os riscos de
erosão. A nota favorável foi obtida, pois o sedimento de fundo não apresentava
nenhum odor e foi verificada a ausência de oleosidade (Tabela 9).
Os parâmetros 2, 5, 6, 7 e 10 são respectivamente: erosão próxima e/ou nas margens do rio e assoreamento em
seu leito, odor da água, oleosidade da água, transparência da água e tipo de
fundo. No que diz respeito a esses, nenhum apresentou a pontuação mínima nem a máxima.
Quando ainda há presença de parte da poluição, esta pode diluir na água devido
a influência de afluentes e a retenção de parte de poluentes pela vegetação
presente (BERSOT et al., 2015). Logo, deve-se levá-los em consideração na hora
da pontuação final, porém no processo de tomada de decisão na intervenção do
problema foi preferível dar ênfase aos que apresentaram pontuação mínima (0) ou
máxima (4) (Tabela 9).
Os parâmetros 14, 19 e 22 são, respectivamente, tipos
de substrato, presença de mata ciliar e presença de plantas aquáticas. Estes
parâmetros receberam nota igual a 0 (zero), visto que se observou fundo lamoso,
porcentagem abaixo de 50% em termos de mata ciliar nativa e ausência de
vegetação aquática no leito do rio. Os parâmetros 13 e 18 que são,
respectivamente, frequência de rápidos e características do fluxo das águas,
apresentaram nota 5, pois neste trecho os rápidos são relativamente frequentes
e o fluxo da água igual em toda a largura do rio (Tabela 9). Um
rio com habitats diversificados são essenciais na manutenção de
organismos aquáticos, todavia, quando são frequentemente modificados, a
possibilidade de habitats saudáveis reduz (BIZZO et al., 2014).
Os parâmetros 11, 12, 15, 16, 17, 20 e 21 são,
respectivamente: tipo de fundo, extensão de rápidos,
deposição de lama, depósitos sedimentares, estabilidade das margens e extensão
de mata ciliar. Estes também por não
possuírem pontuações mínimas nem máximas assim como nos primeiros dez
parâmetros, levou-se em consideração apenas para pontuação final para dar-se
destaque aos que apresentaram pontuação mínimas e máximas (Tabela 9). Todos os
parâmetros observados e aplicados no PAR são fundamentais para compreensão da
área de estudo compreendendo a interação com o ecossistema que a envolve (BIZZO
et al., 2014).
A soma das notas apresentadas na Tabela 9 foi de 51
pontos o que indica que o trecho avaliado se encontra alterado e isso é
acarretado por uso errôneo das ocupações perto da margem do rio, como bares e
residências, sobretudo no despejo de modo incorreto de águas residuais e a
retirada da mata ciliar (Tabela 9).
A Figura 2 A demonstra o fluxo do rio Inhangapi e a Figura 2 B a presença de construções de
alvenaria às margens do rio e retirada
da mata ciliar.
Figura 2. Trecho
do rio Inhangapi no horto municipal de Inhangapi, Pará.
CONCLUSÕES
Os parâmetros físico-químicos do solo horto municipal
de Inhangapi não apresentam diferença, exceto
condutividade elétrica e acidez potencial.
Muitos parâmetros apresentam valores abaixo do ideal
em algumas áreas do horto (pH; H + Al; Al3+; Ca2+; M.O; K+;
t e V%) em relação aos cultivos presentes no horto.
A área hídrica próxima (no rio Inhangapi)
é caracterizada como trecho alterado.
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