Peso de rainhas virgens africanizadas produzidas em colônias submetidas a diferentes suplementações alimentares em Mossoró-RN, Brasil

Autores

  • Daniel Santiago Pereira EMBRAPA Amazônia Oriental, Belém
  • Charle da Silva Paiva Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró
  • Wesley Adson Costa Coelho Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró
  • João Paulo de Holanda-Neto Instituto Federal do Sertão Pernambucano, Ouricuri
  • Armando Ferreira da Silva SENAR, Piauí
  • Patrício Borges Maracajá Universidade Federal de Campina Grande, Pombal

DOI:

https://doi.org/10.18378/aab.v3i1.3142

Palavras-chave:

Abelhas africanizadas, Apis mellifera L, produção de rainhas, semiárido brasileiro

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar se existe diferença no peso ao nascer de abelhas rainha produzidas em mini recrias alimentadas com três diferentes formulações de ração proteica. O experimento foi conduzido durante o período de junho a agosto de 2011, na fazenda experimental Rafael Fernandes, UFERSA, em Mossoró-Rio Grande do Norte, Brasil. Foram utilizadas seis colmeias mini recrias com enxames, equalizados, ativos e populosos, para a produção de rainhas foi utilizado o método de Doolittle (1899), utilizando-se cúpulas de acrílico. Os tratamentos foram: T1 – 40% soja, 60% açúcar, essência de baunilha; T2 – 40% soja, 10% mel, 50% açúcar; T3- 10% pólen, 30% soja, 10% mel, 50% açúcar. As seis mini recrias foram alimentadas quinze dias antes da transferência de larvas com alimentação energética e proteica, para adaptação, em cada alimentação era fornecida 400g de ração, e repetido no dia da recepção das cúpulas. As realeiras coletadas foram acondicionadas em B.O.D., e as rainhas pesadas nas primeiras 10 horas de vida. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente mediante o uso do programa estatístico Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 17.0 (SPSS. Inc, Chicargo, IL, EUA) e expressos em média e desvio padrão, submetido à análise da normalidade e teste de Mann-Whitney. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. Realizado a ANOVA verificou-se que houve diferença estatística entre os tratamentos (p <0,05). O peso das rainhas para cada tratamento foi: T1 - 172.95 ± 29.22b; T2- 177.46 ± 27.81ab; e T3 - 183.03 ± 31.10a. A ração com pólen mostrou-se mais eficaz na produção de rainhas com peso médio superior a 180 mg.

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Biografia do Autor

Daniel Santiago Pereira, EMBRAPA Amazônia Oriental, Belém

Téc. em Agropecuária – Eng.° Agrônomo, doutorando em Ciência Animal, UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido. Pesquisador B – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA Amazônia Oriental, Belém-PA, Brasil

Charle da Silva Paiva, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró

Téc. em Agropecuária – Bel. Zootecnia, Mestre em Ciência Animal/UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró-RN/ Brasil.

Wesley Adson Costa Coelho, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró

Médico Veterinário, doutorando em Ciência Animal na UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró-RN, Brasil. Professor da Faculdade de Ciência de Mossoró-RN, Brasil

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Publicado

2015-09-09

Como Citar

PEREIRA, D. S.; PAIVA, C. da S.; COELHO, W. A. C.; HOLANDA-NETO, J. P. de; SILVA, A. F. da; MARACAJÁ, P. B. Peso de rainhas virgens africanizadas produzidas em colônias submetidas a diferentes suplementações alimentares em Mossoró-RN, Brasil. ACTA Apicola Brasilica, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 18–24, 2015. DOI: 10.18378/aab.v3i1.3142. Disponível em: https://gvaa.com.br/revista/index.php/APB/article/view/3142. Acesso em: 20 maio. 2024.

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