Identificação de bactéria diferencialmente abundante no intestino de abelhas de diferentes biomas no estado da Paraíba
Palavras-chave:
Ancom, Biomas, Intestino, ApibacterResumo
O contato entre os organismos dentro de uma colmeia garante a transmissão de microrganismos entre indivíduos e a preservação das características microbianas intraespecíficas. O microbioma central ou core refere-se a qualquer conjunto de táxons microbianos característicos de um hospedeiro ou ambiente de interesse. O core bacteriano de abelhas A. Mellifera é composto por seis principais famílias: Acetobacteriaceae (Parasaccharibacter apium), Bifidobacteriaceae, Lactobacillaceae, Neisseriaceae (Snodgrassella alvi), Orbaceae (Gilliamella apicola, Frischella perrara) e Rhizobiaceae (Bartonella apis). Apesar da existência de bactérias em comum entre as abelhas da espécie A. Mellifera, algumas espécies bacterianas podem se sobressair em determinadas paisagens e por conta de fatores como clima, alimentos, solo, água, etc, podem favorecer seus desenvolvimentos. Afim de identificar as bactérias do intestino de abelhas que são diferencialmente abundantes entre as amostras de abelhas de duas regiões da Paraíba, 5 amostras de 20 indivíduos foram coletadas de diferentes colmeias pertencentes a Universidade Federal da Paraíba de diferentes regiões da Paraíba, Areia (Mata Atlântica) e São João do Cariri (Caatinga), e encaminhadas ao Laboratório de Análise de Produtos de Origem Animal (LAPOA / CCA / UFPB), na cidade de Areia - PB. Em ambiente estéril, todo o conteúdo abdominal das abelhas foi coletado e o DNA foi extraído, foram geradas as bibliotecas genômicas e o sequenciamento foi realizado em um equipamento MiSeq (Illumina). As sequencias obtidas foram processadas por meio do software DADA2 e uma análise de composição de microbiomas – ANCOM foi realizada por meio da plataforma QIIME 2-2020. A ANCOM identificou um táxon diferencialmente abundante em nível de gênero, o Apibacter (w = 7). As abundancias de bactérias do gênero Apibacter foram maiores em abelhas da Mata Atlântica comparativamente àquelas da Caatinga (ANOVA: Apibacter p-value = 0.0242). Estudos indicam que bactérias do gênero Apibacter codificam genes que são responsáveis por síntese de aminoácidos e pela degradação de monossacarídeos tóxicos às abelhas. Possivelmente características edafoclimáticas encontradas na região de Mata Atlântica favorecem o desenvolvimento de bactérias deste gênero.
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