COQUELUCHE: INCIDÊNCIA DE CASOS EM CRIANÇAS NO ESTADO DA PARAÍBA
Palavras-chave:
Coqueluche, Bordetella pertussis, Vacina contra Coqueluche.Resumo
INTRODUÇÃO
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda e transmissível que acomete o trato respiratório (traquéia e brônquio) devido à presença da bactéria Bordetella Pertussis e se caracteriza por paroxismos de tosse seca (MANCANEIRA, 2016). A transmissão ocorre pelo contato direto entre a pessoa doente e a pessoa suscetível, por meio de gotículas de secreção da orofaringe eliminadas durante a fala, a tosse e o espirro. Os primeiros sintomas geralmente aparecem de sete a dez dias após a infecção, e os sinais e sintomas variam com a idade, condição vacinal e tempo decorrido desde a última dose da vacina (DOS SANTOS ALVES et al, 2017). O diagnóstico específico é realizado mediante o isolamento da Bordetella pertussis através de cultura de material da nasorofaringe e de exames complementares como leucograma e raios X de tórax (MANCANEIRA, 2016). A principal medida de prevenção da coqueluche é a vacinação, utilizando a Pentavalente (Difteria, Tétano, Pertussis, Hib e Hepatite B), e a Tríplice bacteriana (Difteria, Tétano e Pertussis – DTP), preconizadas para crianças menores de 7 anos de idade. Porém, apesar de ser imunoprevinível, a coqueluche persiste como uma preocupação de saúde pública, principalmente em crianças menores de seis meses. Os problemas mais comuns, na classe de crianças hospitalizadas, são apneia (61,0%), pneumonia (23,0%), convulsões (1,1%) e encefalopatia (0,3%) (GASPAR et al., 2016). Como os lactentes são mais susceptíveis às formas graves, bem como à morte determinada pela coqueluche, há necessidade de implementar ações visando à proteção, especialmente de crianças dessa faixa etária (PALVO, 2017).
OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo analisar o cenário epidemiológico da coqueluche na Paraíba, assim como suas complicações em crianças menores de 9 anos.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo de tendência temporal e documental, com revisão bibliográfica. A metodologia proposta na revisão bibliográfica combina “dados da literatura teórica e empírica”, além de incorporar um vasto leque de propósitos como: definição de conceitos, revisão de evidências, e neste trabalho, a análise do perfil epidemiológico da coqueluche no Brasil. Desta forma, foi analisada a NOTA INFORMATIVA Nº 03 GEVS/SES-PB – 2018 fornecida pela secretaria do Estado da Paraíba. Além disso, foram analisados artigos da base de dados NCBI, utilizando o descritor “coqueluche”, para o melhor entendimento das principais complicações da patologia em crianças menores de 9 anos.
RESULTADOS
Segundo a nota informativa nº 03 GEVS/SES-PB – 2018 fornecido pela secretaria do Estado da Paraíba, os registros referentes ao período de 2013 a 2017, tivemos 736 casos suspeitos de coqueluche, sendo 245 em 2013, 233 em 2014, 108 em 2015, 25 em 2016 e 28 em 2017. O cenário epidemiológico da coqueluche na Paraíba apresentou um número considerável de casos notificados nos anos de 2013 e 2014, principalmente em crianças menores que 1 ano.
CONCLUSÕES
Em suma, para que se cumprir o que é preconizado pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), faz se necessário uma atuação mais efetiva nesse quesito pela equipe de enfermagem, sendo necessário parcerias entre os gestores, capacitação dos profissionais envolvidos, sensibilização da equipe quanto ao fluxo de notificação e acompanhamento, para assim, promover melhorias nos serviços.Referências
DOS SANTOS ALVES, S., de Lacerda, C. M. J. B., Santos, L. M. A., & Batista, D. A. Assistência de enfermagem frente a pacientes com coqueluche abordados na esf. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/congrefip/resumo.php?idtrabalho=113. Acesso em: 28/10/2018.
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MANÇANEIRA, Janayne F.; BENEDETTI, Juliana R.; ZHANG, Linjie. Hospitalizations and deaths due to pertussis in children from 1996 to 2013. Jornal de Pediatria (Versão em Português), v. 92, n. 1, p. 40-45, 2016.
PALVO, Fernando et al. Severe pertussis infection: A clinicopathological study. Medicine, v. 96, n. 48, 2017.
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