RESPOSTA OLFATIVA DE ÁCAROS (ACARI: TETRANYCHIDAE: PHYTOSEIIDAE) À VOLÁTEIS DE MANDIOCA INDUZIDOS POR HERBIVORIA
Palavras-chave:
Mononychellus tanajoa, Neoseiulus idaeus, Manihot esculenta, COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS, DEFESAS INDIRETASResumo
Os compostos orgânicos voláteis induzidos por herbivoria (COVs) podem desempenhar diversos papeis ecológicos, como a localização de presas ou hospedeiros pelos inimigos naturais e atrair ou repelir outros herbívoros. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi verificar a influência dos COVs induzidos por herbivoria do ácaro-verde, Mononychellus tanajoa, em plantas de mandioca, no comportamento de co-específicos e do ácaro predador Neoseiulus idaeus. Para a realização dos bioensaios, as plantas foram infestadas com 500 indivíduos durante 72h e o comportamento dos ácaros foi observado utilizando um olfatômetro em Y. Os ácaros herbívoros (P= 0,007905) e predadores (P= 0,0001206) demonstraram preferência pelas plantas não infestadas em comparação ao ar limpo, sugerindo que as plantas produzem COVs que são atraentes para ambos. Ao observar a preferência de M. tanajoa entre plantas não infestadas e infestadas, foi possível verificar que a maioria dos ácaros preferiu as plantas não infestadas (P= 0,007508), indicando que os herbívoros podem estar evitando competição e o deslocamento para locais aos quais inimigos naturais podem ser atraídos. Quando testada a preferência do predador entre plantas não infestadas e infestadas, os ácaros preferiram as plantas submetidas à herbivoria (P= 0,00956). Esses compostos induzidos alertam os inimigos naturais de que a planta está sendo consumida, aumentando suas chances de êxito na procura do alimento, e são mais confiáveis do que os produzidos constitutivamente, uma vez que indicam a possível presença do recurso. Através desse estudo podemos observar que plantas de mandioca submetidas à herbivoria emitem COVs que influenciam o comportamento de ácaros herbívoros e predadores. Pesquisas nesse sentido são fundamentais para compreender a importância dos COVs na estrutura das comunidades de artrópodes e plantas, explorando seus efeitos nos diferentes níveis tróficos envolvidos.Downloads
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