ESPUMA PRODUZIDA POR CIGARRINHAS REPRESENTA UMA ESTRATÉGIA TERMORREGULATÓRIA
Palavras-chave:
ÁCIDO PALMITICO, ÁCIDO ESTEÁRICO, Mahanarva fimbriolata, CERCOPIDAEResumo
Os insetos desenvolveram múltiplos mecanismos para se adaptar às variações das temperaturas do ambiente, incluindo controle postural da entrada solar, variações na atividade diurna, estruturas morfológicas externas e seleção/geração de microhabitats. A espuma produzida por ninfas de Mahanarva fimbriolata (também conhecida como cigarrinha-da-raiz) foi capaz de proporcionar a formação de um microhabitat térmico constante, apesar das flutuações da temperatura do ambiente. A temperatura dentro da espuma foi sempre similar à do solo durante o dia e permaneceu constante apesar das flutuações da temperatura externa. Na análise química da composição da espuma, foram detectados os ácidos palmítico e esteárico, carboidratos e proteínas. Foi demonstrado em estudos prévios que essas substâncias atuam como surfactante para estabilizar e modular as espumas. Como o ancestral imaturo da cigarrinha se desenvolveu abaixo do solo, especula-se que a espuma possa funcionar como uma 'extensão' do solo e, assim, ter favorecido que a cigarrinha emergisse do solo e adotasse um estilo de vida epígea.
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