A ECOLOGIA QUÍMICA NA RESISTÊNCIA DA MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) À MOSCA-BRANCA Aleurothrixus aepim

Autores

  • Thyago Fernando Lisboa Ribeiro Universidade Federal de Alagoas
  • Demetrios José Alburquerque Universidade Federal de Alagoas
  • Edson de Souza Universidade Federal de Alagoas
  • Adilson Rodrigues Universidade Federal de Alagoas
  • João Gomes da Silva EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS
  • Karlos Antonio Lisboa Ribeiro Junior Universidade Federal de Alagoas
  • Eder Jorge de Oliveira EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA
  • Henrique Fonseca Goulart Universidade Federal de Alagoas
  • Alessandro Riffel EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS
  • Antônio Euzébio Goulart Santana Universidade Federal de Alagoas

Palavras-chave:

COVs, MANDIOCA, MOSCA-BRANCA, β-OCIMENO.

Resumo

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma das principais fontes de carboidratos para o consumo humano na África e América Latina, sendo considerada uma cultura com alto potencial industrial. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de raiz de mandioca com uma produção de 20,7 milhões de toneladas por ano. Diferentes espécies de mosca-branca são as principais pragas dessa cultura no mundo, causando danos diretos e indiretos e, no nordeste do Brasil, a principal é a Aleurothrixus Aepim. Programas de melhoramento têm utilizado a cultivar Equador 72 (Ecu 72) como fonte de resistência para a geração de híbridos mais resistentes. Neste trabalho, foram estudados os mecanismos de defesa envolvidos na resistência do cultivar Ecu72 frente à mosca-branca A. aepim. Foram utilizados os cultivares BRS Jari (controle) e Ecu72 (resistente). Primeiramente, verificou-se a morfologia da superfície dos tecidos foliares usando microscopia eletrônica de varredura. Os metabólitos solúveis foram extraídos e o metaboloma foi analisado utilizando 1H-RMN. Os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) foram coletados e analisados por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG-EM) e utilizados para avaliar a resposta comportamental da mosca-branca frente aos voláteis empregando olfatômetro em Y. O cultivar Ecu 72 apresentou morfologia da superfície foliar bastante diferente e com maiores densidades de tricomas. O cultivar resistente apresentou maiores teores dos metabólitos rutina e kaempferol, flavonoides constantemente relacionados à defesa das plantas. Os perfis de COVs também apresentaram diferença significativa. A análise comportamental demonstrou que os COVs de Ecu 72 apresentaram atividade de repelência a A. aepim. O cultivar Ecu 72 emite altas quantidades de β-ocimeno. O β-ocimeno puro também apresentou atividade de repelência à A. aepim, evidenciando que este composto pode exercer papel importante na resistência de Ecu 72. Nossos resultados demonstram o potencial de aplicação da ecologia química em estratégias para controle da mosca-branca na mandioca.

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Publicado

2019-10-19

Como Citar

Ribeiro, T. F. L., Alburquerque, D. J., Souza, E. de, Rodrigues, A., Silva, J. G. da, Ribeiro Junior, K. A. L., Oliveira, E. J. de, Goulart, H. F., Riffel, A., & Santana, A. E. G. (2019). A ECOLOGIA QUÍMICA NA RESISTÊNCIA DA MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) À MOSCA-BRANCA Aleurothrixus aepim. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 9(5), b–79. Recuperado de https://gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/7283

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