RESPOSTA OLFATIVA DE Tetrastichus howardii (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) A MÚLTIPLOS HOSPEDEIROS
Palavras-chave:
ECOLOGIA QUÍMICA, Plutella xylostella, COMPORTAMENTO, PARASITOIDES, EulophidaeResumo
Estímulos químicos são fundamentais na busca do hospedeiro e a resposta a eles pode ser influenciada pela experiência neonatal. Tetrastichus howardii é um endoparasitoide generalista, portanto objetivou-se avaliar se o seu hospedeiro natal influência a resposta à múltiplos hospedeiros, bem como a voláteis de plantas induzidos pela herbivoria. Para tal, T. howardii foi criado em: Tenebrio molitor, Diatrea saccharalis, Neoleocinodes elegantalis e Plutella xylostella, sendo T. molitor um hospedeiro alternativo para criação massal. Então, a sua resposta olfativa foi avaliada em olfatometro de 4 vias contrastando as três espécies de lepidópteros (larva+fruto/folha; e pupa) vs. o controle (branco), de acordo com o hospedeiro natal (n=30). Em seguida, sua resposta foi avaliada em olfatometro tipo Y aos seguintes tratamentos: voláteis de repolho atacado por P. xylostella (PP); voláteis de plantas induzidas por ácido jasmônico (AJ); e voláteis de planta sadia (PS) vs. hexano (n=30). Cada fêmea foi exposta individualmente por 10 min e avaliou-se a sua primeira escolha e tempo de residência nos tratamentos. Também, os voláteis de PP, AJ e PS foram identificados por cromatografia gasosa e espectrometria de massas. Não houve diferença significativa na primeira escolha do parasitoide tanto no olfatômetro de 4 e 2 vias. Com relação ao tempo de permanência, quando o parasitoide foi originado de D. saccharalis, T. molitor, ou P. xylostella houve preferência para voláteis de PP. Também, T. howardii permaneceu por mais tempo nos tratamentos PP, AJ e PS ao invés do hexano, sendo PP o mais atrativo deles. Os grupos de voláteis identificados foram hidrocarbonetos ramificados, alcoóis e cetonas , e plantas atacadas por P. xylostella o que apresentou mais compostos e em maior quantidade. Portanto, T. howardii apresenta preferência a voláteis associados à P. xylsotella, mesmo frente a múltiplos hospedeiros, podendo ser um potencial agente de controle biológico dessa praga.
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