As relações de gênero no ambiente escolar como forma de enfrentamento a violência contra a mulher e a construção da emancipação humana
Resumen
RESUMO - O movimento feminista considera a educação como um campo de transformação das desigualdades entre homens e mulheres e um dos caminhos para se alcançar a emancipação humana, assim propõe que seja executada nas escolas uma educação não sexista, que estimule os respectivos alunos a se tornarem pessoas críticas social e politicamente, e contestadores do processo de socialização entre homens e mulheres ainda em voga na atualidade. Sendo assim, a presente pesquisa tem por finalidade analisar como as práticas educativas contribuem para o enfretamento da violência contra a mulher no município de Cajazeiras-PB. Para se chegar ao fim proposto, foi necessário abordar os determinantes fundamentais do processo de construção das desigualdades e o próprio patriarcado, enquanto sistema que regula as relações desiguais estabelecidas entre homens e mulheres e, também, foi primordial trazer a discussão sobre educação e emancipação humana, uma vez que possibilitam a desconstrução das desigualdades. Quanto à pesquisa em si, o método de análise utilizado foi o materialismo histórico e dialético de Marx uma vez que se compreende que a realidade não é estática, ou seja, assim como os processos de construção das desigualdades são dinamicamente produzidos, a própria educação pode executar, também, uma dinâmica transformadora para a desconstrução das desigualdades. Contudo, o que se percebe na pontualidade da cidade de Cajazeiras-PB é que a desconstrução das desigualdades entre homens e mulheres pela via da educação é ínfima, uma vez que é pouco presente nas escolas e, além disso, os profissionais que vem executando as poucas ações não tem capacitação suficiente para executa-las.