REDUÇÃO DE MORTALIDADE POR COVID-19 NOS PACIENTES QUE JÁ SÃO USUÁRIOS DE IECA E/OU BRA
Resumo
Ao final de 2019, proveniente de um mercado de peixes e animais selvagens na China, a COVID-19 rapidamente causou um grande surto global, tornando-se um grande problema de saúde pública, considerada em seguida como uma nova pandemia. Esta doença caracteriza-se por uma fase infecciosa onde predominam sintomas gripais, evoluindo para uma fase de desconforto respiratório e em seguida um quadro hiperinflamátorio, que geralmente tem piores desfechos. Para tanto, o SARS-CoV-2 utiliza-se da ECA2 como porta de entrada para as células onde se replicará. Contudo, tal enzima exerce importante função regulatória do SRA, que em situações anormais gera efeitos deletérios a diversos sistemas. Diante disso, o fato de medicamentos inibidores do SRA possuirem a capacidade de regular positivamente a expressão da ECA2 gerou indagações acerca de seu possível benefício terapêutico durante o curso do COVID-19. Para a execução deste trabalho foi adotado uma revisão bibliográfica integrativa, uutilizado-se das bases de dados PubMed e SciELO, bem como DeCS e MeSH em inglês (COVID-19, Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors, Angiotensin II Type 1 Receptor Blockers e Mortality) e seus correspondentes em língua portuguesa e espanhola, combinados com o operador booleano “AND”. Dado o exposto, tornou-se imperioso que a comunidade científica acumule dados clínicos para determinar se há uma ligação entre o uso de IECA, BRAs ou ambos e a mortalidade e morbidade da doença. Até que dados mais substanciais estejam disponíveis para orientar uma tomada de decisão mais precisa.