Análise quantitativa do processo de erosão/deposição nas falésias da APA Tambaba e sua ocupação nos limites da APP
Palabras clave:
Erosão, falésia, sensoriamento remotoResumen
O litoral brasileiro é banhado pelo Oceano Atlântico e composto por diversas paisagens ao longo da costa. Entre elas encontram-se as falésias, que, por sua beleza, atraem a exploração turística o que, muitas vezes, compromete seu equilíbrio. Com a finalidade de proteger o meio ambiente das ações antrópicas, o poder público vem criando áreas para preservar e/ou conservar o meio ambiente, entre elas existem as APA e as APP. O objetivo do presente trabalho foi analisar a variabilidade espaço-temporal da linha de ruptura do relevo, na borda das falésias da APA Tambaba, entre os anos de 1985 e 2012; e identificar a existência de edificações dentro da APP no ano de 2012. Para tanto, foram utilizadas imagens do satélite Quickbird de 2012, do satélite IKONOS II de 2005 e fotos aéreas de 1985 para delimitação das linhas das falésias; o DSAS, que é uma extensão gratuita do ArcGIS, para obtenção de taxas de variação da linha de ruptura do relevo; e o software ArcGIS para delimitação e análise das APP. Como resultados, foram identificadas variações no movimento das linhas estudadas, tanto para erosão como para deposição nas falésias da APA Tambaba. No maior trecho da APA obteve-se uma média de -0,17m/ano para erosão e de 0,49m/ano para deposição, já no menor trecho a média de erosão foi -0,38m/ano e de deposição 0,14m/ano. Foi comprovada a existência de edificações irregulares correspondente a 22.818,91 m², o que equivale a aproximadamente 3% da área total da APP.