Fosfito de potássio como indutor de resistência em mutantes de tomateiro contra Phytophthora infestans
DOI:
https://doi.org/10.18378/rvads.v14i2.6129Palabras clave:
Solanum lycopersicum, Micro-Tom, RequeimaResumen
Objetivou-se avaliar o efeito do fosfito de potássio como indutor de resistência no manejo de Phytophthora infestans, agente causal da requeima, em mutantes de tomateiro para tricomas e hormônios, para identificar seu modo de ação e as possíveis vias de sinalização envolvidas. Foram utilizados onze genótipos mutantes (hair absent, Wooly, hairless, Galapagos, notabilis, Never ripe, epinastic, procera, curl3, 35S::nahG e dgt, Nr), que estão no mesmo background genético que o parental selvagem, cultivar Micro-Tom. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema bifatorial, com quatro repetições. O fator A correspondeu aos genótipos utilizados e o fator B a aplicação ou não do indutor. As variáveis analisadas foram: período de incubação (PI), tamanho final da lesão (TFL) e taxa de expansão da lesão (r). Para todas as variáveis houve interação significativa entre os genótipos e a aplicação do fosfito de potássio. Nas plantas tratadas com fosfito de potássio, o PI no genótipo Galapagos foi significativamente menor de 52 até 70% em relação aos genótipos mutantes, exceto Never ripe e 35S::nahG. A aplicação do fosfito de potássio aumentou significativamente em 63, 53, e 70% o TFL para os genótipos Wooly, hairless e procera, respectivamente. A r no genótipo Procera foi significativamente menor em 76% à observada no Micro-Tom, e de 50 até 76% em relação aos genótipos mutantes, quando as plantas não foram tratadas com fosfito de potássio. A rota de sinalização mais provável para indução de resistência por fosfito de potássio é a do ácido salicílico.
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