ESTUDO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS NA COMUNIDADE VÁRZEA COMPRIDA DOS OLIVEIRAS, POMBAL, PARAÍBA, BRASIL
Resumo
Acredita-se que a utilização de plantas medicinais como medicamento seja provavelmente tão antiga quanto o próprio homem. O conhecimento sobre plantas medicinais simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos. Objetivou-se com este estudo, analisar, do ponto de vista etnobotânico, a utilização de plantas medicinais pela comunidade Várzea Comprida dos Oliveiras, Pombal, Paraíba, Brasil. A coleta dos dados ocorreu no período de março a abril de 2012 através de visitas e entrevistas aos moradores da comunidade. A abordagem aos informantes foi realizada diretamente no domicílio do entrevistado, onde foram explicados em pormenores os objetivos do estudo. O estudo foi realizado através do preenchimento de um questionário estruturado, contendo 10 (dez) perguntas específicas sobre a utilização de plantas medicinais no tratamento de doenças que acometem humanos. O questionário foi aplicado a um público alvo de 40 pessoas, das quais, foram 20 homens e 20 mulheres, num universo de aproximadamente 80 famílias habitantes na comunidade.Foram citadas 27 espécies usadas para o tratamento de doenças que acometem humanos. Com relação às partes da planta utilizadas na preparação dos remédios caseiros, a comunidade citou folhas, cascas, raízes, frutos, sementes, flores e bulbos, e com relação à forma de preparo, a comunidade citou infusão, maceração, decocção, sumo e gargarejo. As espécies mais citadas para o tratamento das doenças foram: Hortelã (Mentha sp.), Erva-cidreira (Lippia alba (Mill.) N. E. Brown.) e Macela (Egletes viscosa (L.) Less.). A utilização das espécies medicinais na comunidade foi mais direcionada para a cura das afecções das vias respiratórias, problemas digestivos e inflamações em geral.