Classificação fisiológica de sementes florestais quanto a tolerância à dessecação e armazenamento

Autores

  • Keilyson Naazio Oliveira Moraes Universidade Federal do Acre
  • Fiama Natacha Lima de Oliveira Universidade Federal do Acre
  • Marilene de Campos Bento Universidade Federal do Acre
  • Antonio Gilson Gomes Mesquita Universidade Federal do Acre
  • Rychaellen Silva de Brito Universidade Federal do Acre

DOI:

https://doi.org/10.18378/rvads.v15i1.6625

Palavras-chave:

Recalcitrantes, Ortodoxas. Sensibilidade à dessecação

Resumo

Objetivou-se neste estudo classificar as sementes de aguano (Swietenia macrophylla King) e matamatá (Eschweilera juruensis R. Knuth) quanto à tolerância a dessecação pelo método SCR (Seed Coat Ratio), teste de 100 sementes, e pelo protocolo convencional. O experimento foi conduzido no Laboratório de Análises de Sementes Florestais da Universidade Federal do Acre. Para condução dos experimentos pelo método SCR foram utilizadas 40 sementes dissecadas em envoltório e eixo embrionário. Para o teste de 100 sementes foram utilizados dois ambientes, controle seco e controle úmido. Para o método convencional, as sementes de S. macrophylla foram submetidas à secagem a 6 e 5% e E. juruensis à secagem a 12 e 5%, ambas as espécies armazenadas por 90 dias com 5% do grau de umidade. Para avaliar o vigor foi utilizado o teste de emergência. O método SCR para as sementes de S. macrophylla foi de P=0,0046, classificadas como ortodoxas e as sementes de E. juruensis classificadas como recalcitrantes com P=0,96. No teste de 100 sementes a secagem a 15% ocasionou uma germinação de 76% para S. macrophylla e a perca do vigor das sementes de E. juruensis, após a secagem. Quando submetidas a secagem a 5% e armazenadas por 90 dias, as sementes de S. macrophylla apresentaram emergência de 93%, já as sementes de E. juruensis não mantiveram o vigor. A classificação fisiológica das espécies florestais quanto a tolerância a dessecação e ao armazenamento para Swietenia macrophylla classificada ortodoxa e Eschweilera juruensis como recalcitrante.

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Biografia do Autor

Keilyson Naazio Oliveira Moraes, Universidade Federal do Acre

Mestrando em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia, Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco - AC, Brasil;

Fiama Natacha Lima de Oliveira, Universidade Federal do Acre

Mestranda em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia, Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco - AC, Brasil;

Marilene de Campos Bento, Universidade Federal do Acre

Coordenadora do Laboratório de Análises de Sementes FlorestaisParque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco - AC, Brasil;

Antonio Gilson Gomes Mesquita, Universidade Federal do Acre

Prof. Dr.  da Universidade Federal do Acre - UFACCentro de Ciências Biológicas e da Natureza - CCBN - Rio Branco - AC, Brasil;

Rychaellen Silva de Brito, Universidade Federal do Acre

Doutoranda em Produção Vegetal  - PPGPV da Universidade Federal do Acre, Rio Branco - AC, Brasil;

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Classificação fisiológica de sementes florestais quanto a tolerância à dessecação e armazenamento

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Publicado

2020-01-01

Como Citar

OLIVEIRA MORAES, K. N.; OLIVEIRA, F. N. L. de; BENTO, M. de C.; MESQUITA, A. G. G.; BRITO, R. S. de. Classificação fisiológica de sementes florestais quanto a tolerância à dessecação e armazenamento. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 01–05, 2020. DOI: 10.18378/rvads.v15i1.6625. Disponível em: https://gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/6625. Acesso em: 11 maio. 2024.

Edição

Seção

CIÊNCIAS AGRÁRIAS

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