Extrato de babosa e manjericão na germinação e crescimento inicial de rúcula
DOI:
https://doi.org/10.18378/rvads.v15i1.7317Palavras-chave:
Alelopatia, Compostos secundários, Plantas medicinaisResumo
Algumas plantas podem produzir compostos secundários com potencial benéfico no manejo agrícola, como alternativa à utilização no tratamento de sementes, porém, podem apresentar algum tipo de alelopatia inibitória ao desenvolvimento de determinadas culturas de interesse. Logo, o objetivo deste trabalho foi avaliar efeitos alelopáticos do extrato aquoso de manjericão (Ocimum basilicum L.) e babosa (Aloe vera L.) em concentrações na germinação e desenvolvimento inicial de sementes de rúcula (Eruca sativa L.). A concentração para o extrato aquoso foi de 20% (peso/volume) e a partir desta, foram obtidas as demais concentrações. Os tratamentos utilizados foram as concentrações de 25, 50, 75 e 100% dos extratos de babosa e manjericão extraídos pelo método a frio de turbólise, e testemunha com água autoclavada.Os efeitos dos extratos foram avaliados quanto as variáveis: índice de velocidade de germinação, porcentagem de germinação, comprimento de radícula e parte aérea. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com 6 repetições, sendo a unidade experimental composta por uma caixa gerbox com 50 sementes de rúcula. As doses de manjericão e babosa foram testadas em experimentos distintos. Os extratos de manjericão e de babosa apresentam substâncias que favorecem o desenvolvimento da parte aérea, influenciaram negativamente no desenvolvimento da radícula, porém, não apresentaram efeito alelopático na germinação final e velocidade de germinação de sementes de rúcula.
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