Biometria de neonatos e caracterização de ninhos de Tartaruga-da-Amazônia (Podocmenis expansa) no rio Crixás-açu, Mundo Novo, Goiás
DOI:
https://doi.org/10.18378/rvads.v18i2.9456Palavras-chave:
Neonatos, Vegetação, EclosãoResumo
Objetivou-se avaliar biometria de neonatos e caracterização de ninhos de Tartaruga Podocnemis expansa nos rios Crixás Açu, municípios de Mundo Novo/GO. Estudo foi realizado no rio Crixás-Açu, município de Mundo Novo/GO, Nova Crixás. Consiste em avaliar os neonatos e a caracterização dos ninhos após a eclosão dos ovos. Foram avaliados 20 ninhos e 10% de seus neonatos em pontos diferentes ao longo da tábua de desova e durante o período de setembro a novembro de 2015. Não ocorreu diferença estatística entre ovos com óleo, ninhos predados, neonatos mortos, ovos não eclodidos, casca (número total de ovos contados dentro de um ninho), bem como as taxas de eclosão e sobrevivência quanto à distância de 30 metros do curso do rio. O peso do animal, comprimento do casco, largura do casco, comprimento do plastrão, largura do plastrão ou quantidade de escudos foi obtido diferença estatística, considerando a mesma distância fixa de 30 ou maior que 30 metros de distância da margem do rio. Na análise da casca dos ovos houve diferença estatística referente à quantidade do elemento “Carbono” encontrada, diferentemente das amostras de pH, “fósforo”, “potássio”, “hidrogênio”, “alunínio”, “cálcio”, “magnésio” e matéria orgânica. Quanto à análise granulométrica da areia extraída dos ninhos, houve diferença estatística em dois tamanhos; 1 e 2 milímetros. Esse estudo mostra que os ninhos próximos a vegetação tem mais sucesso na eclosão.
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