Consequências da toxicidade do macerado de flores de Aspidosperma pyrifollium. a abelhas africanizadas
Resumo
objetivou-se avaliar as consequências do macerado de flores de Aspidosperma pyrifollium disponibilizadas como alimento para abelhas Apis mellifera sob condições de manejo controlado. Para tanto, foram realizados bioensaios no Laboratório de Entomologia da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal. Utilizou flores de Aspidosperma pyrifollium secas e trituradas. O pó das flores foi pesado em três frações diferentes (0,25%, 0,50% e 1,0%) e adicionado ao candi e água. As operarias recém emergidas foram distribuídas em conjunto de 20 insetos por caixa de madeira medindo 11 cm de comprimento por 11 de largura e 7 cm de altura, em três repetições e o controle, perfazendo 12 caixas e 240 abelhas operárias, foram acondicionadas em B. O. D com temperatura ajustada a 32º C e umidade de 70 %. O grupo controle recebeu apenas o candi e água. Assim sendo, os resultado da análise estatística foram obtidos, comparando as concentrações do tratamento e do grupo controle no experimento de ingestão macerado das flores. Para análises dos dados utilizou-se o teste não-paramétrico Log Rank Test, na comparação das curvas de sobrevivência. Diante disto, pode-se observar que a sobrevivência das abelhas foi reduzida com a utilização da dieta contendo os extratos de flores de Aspidosperma pyrifollium. As abelhas controle permaneceram vivas até o 22º dia e para as tratadas com 0,25%, 0,50% e 1,0% respectivamente apresentaram mortalidades aos 17, 16 e 14 dias, sugerindo que existe um efeito tóxico do macerado obtido a partir de flores de Aspidosperma pyrifollium as abelhas.
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