Varroa destructor: Ameaça Persistente à Apicultura Mundial
Palavras-chave:
Apicultura; estratégias de manejo; sustentabilidade; parasitismo., Keywords: Beekeeping; management strategies; sustainability; parasitism.Resumo
RESUMO
O ácaro Varroa destructor é um importante parasita de abelhas e representa uma ameaça significativa à saúde, reprodução e longevidade da apicultura em todo o mundo. Esse ácaro se alimenta das abelhas adultas e de sua hemolinfa, enfraquecendo-as e transmitindo vírus, como o vírus da asa deformada (DWV), que pode causar o colapso da colmeia. As fêmeas adultas apresentam duas fases no seu ciclo, forética e reprodutiva. Na fase forética, a fêmea se alimenta das abelhas adultas e o ácaro é encontrado entre os segmentos abdominais do inseto. O estágio reprodutivo do ácaro Varroa ocorre nas células de cria das abelhas. A fêmea grávida adentra a célula de criação que se fecha e realiza a deposição dos ovos. A reprodução ocorre dentro da célula fechada, de larvas ou pupas em desenvolvimento, onde os ácaros jovens se alimentam das larvas das abelhas. Após a eclosão, a abelha fêmea adulta sai da colmeia para infectar as abelhas jovens, dando continuidade ao ciclo. O controle da Varroa envolve três práticas apícolas básicas e gerais: uso de linhagens de abelhas resistentes, aplicação de medidas como remoção de crias e o uso de métodos de controle químico. Os métodos de controle químico provavelmente continuarão a ser um dos pilares em um futuro próximo, portanto, a Gestão de Resistência aos Insecticidas (IRM) deve ser uma prioridade. A Varroa fêmea adulta pode ser encontrada em abelhas adultas e imaturas. Os ácaros imaturos são encontrados em células do favo de mel que foram cobertos, e os machos nunca emergem das células de cria. Para evitar perdas de colônias, os apicultores limitam a pressão parasitária sobre seus estoques através da implantação de estratégias de controle. Estas estratégias se baseiam em tratamentos químicos com acaricidas sintéticas, ácidos orgânicos, óleos essenciais e podem também incluir medidas biotécnicas, como a remoção da ninhada de zangão parasitado. Estratégias baseadas em acaricidas sintéticas ainda são problemáticas, porque seus resíduos contaminam o produto das colmeias e promovem o surgimento de cepas resistentes de V. destructor. Existe a necessidade de formas mais seguras de controlar ácaros e vírus, pois embora existam atualmente muitas opções para controlar o Varroa, nenhum método comprovado é eficaz, seguro ou sustentável. Ainda há muita informação desconhecida sobre opções para o controle do Varroa a longo prazo, porém a seleção de cepas de abelhas resistentes à infecção é considerada uma abordagem mais sustentável.
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