Acariose e suas atividades parasitárias dentro de colmeias de abelhas Apis Mellifera
Palavras-chave:
Acariose; abelhas Apis Mellifera; ; parasitismo; estratégias de controle.Resumo
A acariose em abelhas Apis Mellifera mostra que essa condição, está especialmente relacionada ao ácaro Acarapis wood,
pode causar sérios problemas nas colmeias, como a redução da imunidade, diminuição do peso e da longevidade das
abelhas, além de contribuir para a disseminação de doenças. No Brasil os casos graves de acariose ainda são considerados
raros, mas há indícios de aumento na taxa de infestação, o que exige vigilância constante dos apicultores. Além do
Acarapis wood e Varroa destructor, foram relatadas infestações por outros ácaros, como larvas de Leptus sp. e
Tyrophagus putrescentiae, embora o impacto direto desses parasitas sobre a mortalidade das colônias ainda seja objeto de
estudo. A infestação por Leptus sp. foi observada em abelhas operárias em São José dos Campos, SP, enquanto T.
putrescentiae foi encontrado em colmeias no Sul do Brasil. Esses ácaros podem se associar ao enfraquecimento das
colônias, No ácaro Acarapis wood que vive nas traqueias torácicas das abelhas, onde perfura o epitélio traqueal e suga a
hemolinfa, causando uma série de problemas, tais como: diminuição do fluxo de ar, infecções secundárias devido aos
danos ao epitélio, danos à musculatura das asas e liberação de toxinas provocando paralisia. O seu contágio ocorre por
meio do contato físico entre uma abelha infestada com as demais abelhas da colônia. Entre os sintomas da infestação por
A. woodi são as asas disjuntas com dificuldade para voar. Geralmente as abelhas sintomáticas ficam no alvado da colmeia
ou rastejam sobre os favos. O diagnóstico somente pode ser confirmado por meio da análise das traqueias em microscópio
ótico, pois os sintomas clínicos podem ser confundidos com outras doenças ou intoxicações, e a visualização do ácaro no
campo é impossível de se realizar a olho nu. O controle envolve o uso de acaricidas, como Amitraz e ácido oxálico,
aplicados de forma controlada dentro da colmeia. Métodos físicos, como o aumento controlado da temperatura e a
substituição de rainhas, também são eficazes. A gestão integrada de pragas, combinada com o monitoramento regular e a
seleção genética de abelhas mais resistentes, oferece uma abordagem abrangente para mitigar os impactos dessa infestação
parasitária e manter a saúde das colmeias.
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