A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA LÚDICA NO CUIDADO DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Palavras-chave:
Hospitalização, Criança, Terapia.Resumo
INTRODUÇÃO
O ambiente hospitalar é visto como lugar de aflição e sofrimento, onde a criança pode sentir e absorver tal situação com mais amplitude do que o adulto, como consequência, podem responder de forma negativa, com reações de impaciência, temor, desordem, choro, irritação etc. É importante preparar emocionalmente as crianças para estes momentos, requerendo um cuidado diferenciado e peculiar, capaz de reconhecer e suprir suas necessidades. O ato de brincar propriamente dito é uma atividade própria da infância e no período hospitalar funciona como terapia lúdica, permitindo acrescer as chances de sobrevida.
OBJETIVOS
Analisar estudos sobre a importância da terapia lúdica no cuidado de crianças hospitalizadas.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada a partir de uma busca nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library (Scielo), pelo cruzamento dos descritores “Hospitalização”, “Criança”, “Terapia” mediante o uso do operador booleano “AND”. Desta forma, obteve-se 15 artigos publicados em português nos anos de 2012 a 2018, dos quais 6 foram selecionados pela leitura dos títulos e resumos.
RESULTADOS
De acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), disposto no artigo 7 da lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a promoção, prevenção e assistência, implicam no compromisso de promover a qualidade de vida para a criança crescer e desenvolver o seu potencial físico, psíquico e social, mesmo diante de um período de enfermidade, segundo o princípio da integralidade.
Presando o desenvolvimento saudável da criança e o princípio da integralidade do ser humano, é imprescindível compreender que o cuidado hospitalar à criança deve ser diferenciado, tendo em vista todas as características enredadas no processo de ser criança, nesse caso o hábito de brincar.
Desta maneira, o lúdico mostra-se um potencializador na relação terapêutica criança/profissional, assegurando o alívio do estresse e outros comportamentos avessos aos procedimentos diretos do próprio tratamento e ao período de tempo hospitalizado.
A brincadeira é a língua com a qual a criança se comunica e constitui seu cotidiano, explora o corpo, os objetos, a expressão, as ações, de modo a colocar em jogo seus sentidos, dados, refazer trajetos e histórias. Tece brincando, portanto, o seu dia a dia. É por meio da experimentação desta língua que o cuidado em saúde pode vir a acontecer de modo que crianças e adolescentes possam ser protagonistas de seu processo saúde-doença, apropriando-se de sua condição de modo afirmativo, não como vítima dos acontecimentos, mas como oportunidade de reinvenção de si e de seu lugar no mundo. (ANGELI; LUVIZARO; GALHEIGO, 2012).
CONCLUSÕES
O presente trabalho evidencia a importância de olhar por uma nova vertente a hospitalização na pediatria, não somente para tratamento de doenças por meio dos procedimentos, mas dando ênfase também ao cuidado lúdico como forma terapêutica no período de tratamento, visando o emprego do brincar na assistência à criança como método de amenizar as sequelas e traumas causados pela hospitalização e fornecendo condições para o desenvolvimento natural como um ser próprio.Referências
ANGELI, A. A.C.; LUVIZARO, N. A.; GALHEIGO, S. M. O cotidiano, o lúdico e as redes relacionais: a artesania do cuidar em terapia ocupacional no hospital. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, São Paulo, v. 16, n. 40, p. 261-272, 2012.
BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990: dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, artigo 7°, Brasília, 1990.
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