O LÚDICO COMO ESTRATÉGIA NA MELHORA DA CRIANÇA HOSPITALIZADA

Resumo

A hospitalização modifica a vida de uma criança e pode se configurar como uma experiência potencialmente traumática. Ela promove o confronto com a dor, a limitação física e a passividade, aflorando sentimentos de culpa, punição e medo da morte. A criança é afastada de sua vida cotidiana, do ambiente familiar, amigos, escola, casa e seus objetos pessoais e sofre com isso. Para dar conta de elaborar essa experiência torna-se necessário que a criança possa dispor de instrumentos de seu domínio e conhecimento. Nessa perspectiva, o trabalho teve como objetivo abordar a importância do lúdico como uma estratégia para o cuidado a criança hospitalizada. Estudo de revisão de literatura, elaborado a partir de publicações de artigos em periódicos e produções científicas disponibilizadas na internet sobre a temática, nas bases de dados: Scielo, BVS e site Google Acadêmico, utilizando os descritores “criança”, “hospitalização” e “lúdico” com recorte temporal de 2013 a 2018.  Obteve-se 17 artigos dos quais foram pré-selecionados 9 pela leitura dos títulos e resumos onde foram selecionados 6 artigos que serviram de base para este estudo. Os estudos destacam que o uso do lúdico no ambiente hospitalar estimula a criança a expor seus sentimentos, suas preferências, seus receios e seus hábitos, fortalece a relação entre a criança e os profissionais de saúde e facilita a compreensão das necessidades e dos sentimentos do menor diante das novas situações decorrentes de seu adoecimento. Há um consenso na literatura sobre a importância do lúdico, do ato de brincar como terapêutica para a criança hospitalizada, recomendando-se que ele faça parte da assistência de enfermagem à criança, auxiliando-a a enfrentar as dificuldades, a dor e o estresse gerado por essa experiência. O lúdico amplia o vínculo entre o profissional de saúde e o ser criança, favorece uma assistência humanizada e minimiza o sofrimento diante da hospitalização.