Uso de plantas medicinais no tratamento de animais por agricultores familiares do brejo paraibano
DOI:
https://doi.org/10.18378/cvads.v9i7.7055Palavras-chave:
Fitoterapia, Etnobotânica, Saúde animal, Agroecologia, Bem-estar.Resumo
Realizamos um estudo de abordagem etnobotânica sobre o uso de plantas medicinais no tratamento de animais por agricultores familiares do brejo paraibano. Foi aplicado um questionário para identificar os animais presentes nas propriedades e seus principais problemas de saúde, além dos tratamentos fitoterápicos realizados pelos agricultores. Foram entrevistados 66 agricultores e a maioria afirmou que cultivava plantas medicinais, sendo a babosa, capim-santo e erva-cidreira as mais citadas. Sobre o uso de plantas no tratamento animal, 72,5 % afirmou ter conhecimento e 53% já fizeram uso desse recurso. O mastruz ou alho para gripe em galinhas e babosa para ferimentos foram os tratamentos mais citados, com conhecimento passado principalmente através dos avós (28,7%) e dos pais (25,7%). A grande maioria dos agricultores familiares do brejo paraibano tem conhecimento sobre o uso de plantas medicinais no tratamento animal e cultivam muitas espécies medicinais, no entanto muitos deles nunca fizeram uso desse recurso em animais da propriedade. Ressalta-se a relevância da transmissão do conhecimento entre as gerações na agricultura familiar, principalmente em relação ao uso de plantas medicinais, pois representa uma forma econômica e eficiente de tratamento e de grande importância social, cultural e econômica.Referências
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