Avaliação participativa da qualidade do solo como proposta de construção do conhecimento agroecológico em um agroecossistema familiar
DOI:
https://doi.org/10.18378/cvads.v9i7.7065Palavras-chave:
Agroecologia, Indicadores de sustentabilidade, Metodologias participativas.Resumo
O manejo de agroecossistemas pode acarretar impactos na vida do solo. Partindo da ideia que as famílias agricultoras detêm muito conhecimento sobre a biodiversidade dos agroecossistemas e de seus solos, a avaliação desses solos com indicadores de qualidade do solo realizada juntamente com as famílias camponesas têm demonstrado que essa é uma opção viável no processo de transição agroecológica em busca de sistemas de produção cada vez mais sustentáveis. Nessa perspectiva, o objetivo do presente trabalho foi realizar avaliações participativas através de indicadores da qualidade do solo de um agroecossistema em transição agroecológica, Sítio Juazeirinho, Solânea-PB. Para tal foram escolhidos oito indicadores, tais como: Declividade; Estrutura; Compactação; Erosão; Cobertura vegetal; Cor; Atividade biológica e Matéria orgânica, sendo utilizados em quatro subsistemas agrícolas: Pasto, Roçado, Quintal Produtivo e Mata. Foi realizada uma abordagem descritiva das médias geral de qualidade do solo de quatro tratamentos, oito variáveis e três repetições. Quanto aos resultados, todos os subsistemas apresentaram valores satisfatórios, especificamente os subsistemas Quintal Produtivo e o Roçado, requerendo atenção para o subsistema Pasto, o qual apresentou menores índices de sustentabilidade. O método utilizado mostrou-se eficiente, enquanto trabalhado participativamente com as famílias agricultoras, na avaliação da sustentabilidade e qualidade de seus solos.
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