Desafios no controle da Aethina tumida na produção apícola

Abstract

No Brasil, a apicultura é uma importante fonte de renda em vários municípios. Porém, há pouco tempo, foi noticiado a chegada de um pequeno besouro nas colmeias (Aethina tumida), um coleóptero exótico que provoca sérios danos as colmeias e, consequentemente, redução da produção. Este estudo tem como objetivo falar do uso de uma armadilha para vistoria das colmeias, captura dos besouros e os desafios no controle. O besouro exótico Aethina tumida Murray (Pequeno Besouro das Colmeias: PBC) foi registrado oficialmente em território Nacional, no ano de 2016. A sua fácil adaptação e facilidade em dispersão ambiental, podendo por um a dois mil ovos, têm sido motivo de preocupação em relação aos aspectos econômicos e biológicos. Este besouro ataca as colmeias e põe seus ovos, que na fase larval também se alimenta de mel e pólen, destruindo os favos e fazendo com que as abelhas abandonem a colmeia e prejudicando por completo a produção. É uma praga de notificação obrigatória. Sendo assim, foi criada uma armadilha para ajudar no monitoramento e coleta de indivíduos adultos vivos, tudo isso com a finalidade de facilitar o trabalho dos profissionais do Serviço Veterinário Oficial.  A criação do modelo da armadilha seguiu as diretrizes de Schafer et al. (2008), mas com adaptações. Foi utilizado: réguas de policloreto de vinil (PVC) branco, liso, sua espessura em torno de 4 mm, foram cortadas de forma longitudinal em duas partes, com cerca 100 mm de largura por 500 mm de comprimento. O monitoramento das colmeias precisa ser realizado por pelo menos dois técnicos com experiência comprovada na área de apicultura e acompanhado do apicultor ou responsável pela criação. O uso de armadilhas aumentou a qualidade dos monitoramentos, trazendo maior rapidez na coleta, não tendo necessidade de captura manual dos mesmos entre as abelhas. O deslocamento de Aethina tumida é rápido e exige habilidade durante as coletas manuais ou com pinças. Ademais, a coleta manual ou com pinças podem causar danos em suas estruturas anatômicas, dificultando a identificação segura por taxonomista, fazendo com que seja um desafio a captura. Mas, uma grande vantagem dessa armadilha, além de diminuir o tempo de vistorias, é o seu baixo custo de encontrar a matéria-prima para a realização da mesma. O responsável da operação deve tomar cuidado com a espessura do material, pois placas acima da medida de 6mm, podem abrigar abelhas operarias e a rainha, onde a intenção não é essa, e sim que o tamanho seja ideal para a captura do besouro. A Adapec, orienta os apicultores a sempre manter a vigilância das caixas, realizando o manejo adequado das colmeias, e que os apiários sejam cadastrados nos órgãos de defesa sanitária.