Toxicidade residual de Abamectina sobre Apis mellifera
Keywords:
Abelhas, inseticidas, mortalidadeAbstract
A abelha Apis mellifera é essencial em áreas agrícolas e um desafio é atrelar o controle químico de pragas com sua conservação. Portanto, objetivou-se avaliar a toxicidade residual de Abamectina em função do tempo após a pulverização sobre A. mellifera. O experimento foi realizado sob condições de laboratório em delineamento inteiramente casualizado e esquema fatorial 3 X 5, sendo duas doses do inseticida Abamectina, 0,0054 g i.a/L-1 e 0,0068 g i.a /L-1, uma testemunha (água destilada) e cinco tempos de exposição após a pulverização (1, 2, 3, 24 e 48 horas). Após a exposição, foram avaliadas a mortalidade e os distúrbios motores das abelhas a 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 24 horas. A Abamectina nas doses 0,0054 g i.a/L-1 e 0,0068 g i.a /L-1 respectivamente, ocasionou cerca de 26% e 34% de mortalidade após 1 hora da pulverização, 16% e 18% após 2 horas, 22% e 32%, após 3 horas, 28% e 34% após 24 horas e 40% e 48% após 48 horas. Foi observado que o inseticida Abamectina, independente da dose e tempo após a pulverização, provocou o tempo letal mediano (TL50) de 29,37 horas. A Abamectina mostrou-se moderadamente tóxico via contato residual sobre A. mellifera.
References
ABBOTT, W. S. A method of computing the effectiveness of an insecticide. Journal of Economic Entomology, Riverside, v. 18, n. 1, p. 265-267, 1925.
BERNARDES, R.C.; MARQUES, R. D.; LIMA, M. A. P. Declínio de abelhas silvestres e agroecologia. Pesquisa em Agroecologia: conquistas e perspectivas, p. 74, 2019.
CARVALHO, S. M.; CARVALHO, G. A.; CARVALHO, C. F.; BUENO FILHO, J. S. S.; BAPTISTA, A. P. M. Toxicidade de acaricidas/inseticidas empregados na citricultura para a abelha africanizada Apis mellifera L. 1758 (Hymenoptera: Apidae). Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 76, n. 4, p. 597-606, 2009.
COSTA, E. M, ARAUJO, E. L, MAIA, A. V. P.; SILVA, F. E. L.; BEZERRA, C. E. S.; SILVA, J. G. Toxicity of insecticides used in the Brazilian melon crop to the honey bee Apis mellifera under laboratory conditions. Apidologie, v. 45, n. 1, p. 34¬44, 2014.
FENG, Y.; LUTHRA, A.; DING, K.; YANG, Y.; SAVAGE, J.; WEI, X.; MOESCHTER, R.; AHUJA, S.; VILLEGAS, V.; TORBINA, B.; AHOOJA, A.; ELLIS, T.; BOECHLER, A. M.; ROBERTS, A. Mid-infrared spectroscopy study of effects of neonicotinoids on forager honey bee (Apis mellifera) fat bodies and their connection to colony collapse disorder. bioRxiv, p. 205112, 2017.
FREITAS, B. M.; PINHEIRO, J. N. Efeitos sub-letais dos pesticidas agrícolas e seus impactos no manejo de polinizadores dos agroecossistemas brasileiros. Oecologia Australis, v. 14, n. 1, 282–298, 2010.
GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; BAPTISTA, G. S.; BERTI FILHO, E.; PARRA, J. R. P.; ZUCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIM, J. D.; MARCHINI, L. C.; LOPES, J. R. S.; OMOTO, C. Entomologia agrícola. Piracicaba – FEALQ, 2002.
GOULSON, D.; NICHOLLS, E.; BOTÍAS, C.; ROTHERAY, E. L. Bee declines driven by combined stress from parasites, pesticides, and lack of flowers. Science, v. 347, n. 6229, p. 1255957, 2015.
KLEIN, A-M.; VAISSIÈRE, B.E.; CANE, J.H.; STEPHAN-DEWENTER, I.; CUNNINGHAM, S. A.; KREMEM, C.; TSCHARNTKE, T. Importance of crop pollinators in changing landscape for world crops. Proccedingds Biology Science, v.274, p.303-313, 2007.
KRUSKAL, W. H.; WALLIS, W. A. Use of ranks in one-criterion variance analysis. Journal of the American Statistical Association, v. 47, p. 583–621, 1952.
PIRES C. S. S., PEREIRA F. M., LOPES M. T. R. NOCELLI R. C. F., MALASPINA O., PETTIS J. S., TEIXEIRA E. W. Enfraquecimento e perda de colônias de abelhas no Brasil: há casos de CCD?. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 51, p. 422-442, 2016.
POTTS, S. G.; BIESMEIJER, J. C; KREMEN, C.; NEUMANN, P.; SCHWEIGER, O.; KUNIN, W. E. Global pollinator declines: trends, impacts and drivers. Trends in ecology & evolution, v. 25, n. 6, p. 345-353, 2010.
R DEVELOPMENT CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. 2019. Disponível em: <http://www.r-project.org/>. Acesso em 14 fev. 2023.
SILVA, M. I. L. Toxicidade residual de Clorantraniliprole + Abamectina em folhas de meloeiro sobre Apis mellifera. 2022. 35f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Agronomia), Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, Paraíba, Brasil, 2022.
SILVA, R. A.; JORDÃO, A. L. Pragas dos citros no estado do Amapá, Revista Científica Eletrônica de Agronomia, v.04, n07, 2005.
SOARES, A. B. dos S. Toxicidade de inseticidas utilizados na cultura do melão (Cucumis melo L.) sobre Apis mellifera L. Monografia (Bacharelado em Agronomia) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, Campus Petrolina Zona Rural, Petrolina- PE, 27f., 2019.
THERNEAU, T.; LUMLEY, T. survival: Survival analysis, including penalised likelihood. R packageversion, v. 2, p. 36-2, 2010.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Poliana Linhares dos Santos et. al
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Termo de cessão de direitos autorias
Esta é uma revista de acesso livre, em que, utiliza o termo de cessão seguindo a lei nº 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil.
O(s) autor(es) doravante designado(s) CEDENTE, por meio desta, publica a OBRA no Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, representada pelo Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas (GVAA), estabelecida na Rua Vicente Alves da Silva, 101, Bairro Petrópolis, Cidade de Pombal, Paraíba, Brasil. Caixa Postal 54 CEP 58840-000 doravante designada CESSIONÁRIA, nas condições descritas a seguir:
O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida.
O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros.
O CEDENTE mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de divulgação da OBRA, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY.
O CEDENTE têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista.
O CEDENTE têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.