Avaliação microbiológica do queijo minas frescal comercializado em feiras-livres do sudeste do Pará
Abstract
Dentre as fontes de proteína de origem animal, o leite e seus derivados são os principais representantes na dieta do brasileiro, em função do baixo custo, fácil acesso e diversidade de produtos. Entretanto, a qualidade do leite utilizado como matéria-prima é fator preponderante para assegurar a qualidade dos laticínios. A legislação federal proíbe o uso de leite cru na fabricação de queijos de massa mole, mas é freqüente a comercialização destes. Os queijos não pasteurizados são produtos altamente perecíveis e potenciais transmissores de doenças veiculadas por alimentos. Neste contexto o presente estudo teve como objetivo avaliar as características microbiológicas do queijo tipo minas frescal comercializado em feiras-livres no município de Parauapebas/PA. Durante os meses de maio a junho de 2008 foram analisadas 12 amostras de queijo tipo minas frescal comercializados em feiras-livres do município de Parauapebas/PA. Para realização das análises seguiu-se a metodologia oficial e adotaram-se os padrões microbiológicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde por meio da pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº. 12 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Em 100% das amostras analisadas foram obtidos resultados acima dos parâmetros preconizados pela ANVISA para contagem de Staphylococcus aureus (máximo 10 3 UFC/ g) e Coliformes (máximo de 5 x 103), sendo observados valores de até 8,7 x 106 UFC/g para S. aureus e NMP maior que 1,1 x 105/g para coliformes. Quatro amostras apresentaram resultado positivo na pesquisa de Salmonella spp. Na prova de lactofermentação, todas as amostras apresentaram uma coagulação não uniforme, caseosa e rica em soro, característica da presença de outros microrganismos fermentadores além das bactérias láticas. De acordo com os resultados obtidos pode-se afirmar que as amostras avaliadas apresentavam-se impróprias para o consumo humano sendo um risco para a saúde pública. Desta forma faz-se necessário um controle mais rigoroso por parte da Vigilância Sanitária local e dos órgãos de fiscalização agropecuária, junto aos produtores e comerciantes de queijos na cidade e região para garantir a segurança do consumidor.
Palavras-chave: boas práticas, contaminação, laticínio, leite cru, microrganismo.
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