IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: FATORES ASSOCIADOS A INSTITUCIONALIZAÇÃO
Keywords:
Envelhecimento Populacional, Institucionalização, Saúde do Idoso,Abstract
INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional mundial é visto como um triunfo excepcional da humanidade e concomitantemente como uma adversidade quanto à qualidade de vida e ao bem-estar. De acordo com as estatísticas, estima-se que Brasil, haverá a existência de aproximadamente 17,6 milhões idosos, e em até 2025 esta população crescerá 16 vezes, ocupando o sexto lugar na classificação do ranking mundial a respeito a população idosa (ARAÚJO et al., 2017).
Atualmente no Brasil, há um crescimento progressivo do número de pessoas idosas e, consequentemente gerando diversas questões na gestão de políticas públicas, dentre elas, o aumento da procura por Instituições de Longa Permanência (ILPs), as quais são conceituadas como espaço residencial com serviços de saúde e socioassistenciais para uma assistência integral (Cavalcante et al., 2016). Todavia, viver nessas instituições pode favorecer o decréscimo das atividades físicas e mentais, isolamento social, dentre outras problemáticas (BATISTA et. al., 2014).
Diante do exposto evidenciamos a seguinte indagação: Quais os fatores associados a institucionalização dos idosos? Tornado o estudo de grande relevância, uma vez que proporcionará informações que servirá de fomento para elaboração de estratégias que visem a prevenção da institucionalização.
OBJETIVO
Identificar os principais fatores associados a institucionalização de idosos.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura, realizada no mês de setembro de 2018, com artigos publicados entre os anos 2014 e 2018. Realizou-se o levantamento bibliográfico na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), tendo como descritores pertencentes ao Descritores de Ciências da Saúde (DeCS): “saúde do idoso”; “institucionalização” e “fatores de risco”, com o operador Booleano “And”. Sendo incluídos na análise apenas os artigos em português e disponível na íntegra. Foram excluídas as publicações duplicadas, que não respondiam à questão norteadora e que não estavam entre os critérios de inclusão.
Depois de inserir os descritores na base de dados foram localizados 213 trabalhos, e após definição dos filtros citados anteriormente identificou-se 10 artigos, e desses apenas 04 foram lidos na íntegra, usados para análise coletiva e incluídos na amostra, por terem relação com a questão norteadora.
RESULTADOS
Como resultado do aumento significativo da longevidade e consequente crescimento da população idosa, existe uma maior procura por ILPs no Brasil, em distintas situações, este dispositivo residencial para idosos torna-se opção voluntária e esperada e que deve assegurar a boa qualidade de vida do idoso (ARAÚJO et al., 2017).
Nesse sentido, Freite et al., (2018), em seu artigo diz, que de acordo com o estatuto do idoso, em caso de ausência de grupo familiar, inexistência de casa-lar ou em situação de abandono ou de problemas socieconômicos próprios ou da família, a assistência integral e residência na modalidade de entidade de longa permanência deverá ser prestada ao idoso.
Apesar de grande parte da população idosa ser independente e residir na comunidade, alguns desses atores necessitam contar com a colaboração de instituições residenciais de longa permanência. Na maioria das vezes, esse público é composto por idosos que vivem em meio a vulnerabilidades sociais, frequentemente abandonados pela família, viúvos, e acumulados com múltiplos problemas de saúde. (GONÇALVES et al., 2014)
Perlini et al., (2007 apud LINI; PORTELLA; DORING, 2016), em seu estudo, evidenciaram que os fatores que resultam na institucionalização mais citados por familiares consistem no comprometimento ou ausência de condições físicas, psicológicas e financeira, reduzido número de membro da família para perpetrar os cuidados e o próprio idoso em não incomodar seus familiares.
Lini, Portella e Doring (2016), em seu artigo, identificaram que a medida que a idade avança, as chances de institucionalização se ampliam e que os idosos mais vulneráveis a são os analfabetos, sem companheiro(a) e filhos(as), os que não praticam atividade física, não deambulam ou necessitam de auxílio para a marcha, que apresentaram diagnóstico de Alzheimer, Parkinson ou sequela motora de AVE, e os que fazem uso de medicação.
CONCLUSÃO
As informações expostas nesse estudo apresentam, de forma geral, os principais fatores associados a institucionalização de idosos. Um percentual significativo da literatura utilizada aborda aspectos relacionados ao risco de quedas em idosos institucionalizados, porém, conseguimos identificar que os vínculos familiares prejudicados ou inexistentes, presença de patologias, situações de vulnerabilidades sociais são os principais fatores associados a institucionalização de idosos.
References
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