Uso de mel de abelhas africanas na cicatrização de feridas em equinos - revisão

Autores/as

  • Adjane Karla Marques Paiva Lemos Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Péricles Estanislau Cordeiro de Araújo Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Andressa Sampaio da Silveira Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Fernanda Maria Pinto Araújo Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Flasner Maciel Lemos Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Priscilla Karla Marques Paiva Lemos Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Rislayne do Nascimento Santos Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Thyago Araújo Gurjão FRCG
  • Francisco de Assys Romero da Mota Sousa Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • José Matias Porto Filho Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Nágela Maria Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Patricio Borges Maracajá Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Elda Cloé Moussadingou Mubamu
  • Eloi Camilo Freires

Palabras clave:

Anti-inflamatório, antimicrobiano, lesões cutâneas, tratamento alternativo.

Resumen

Os equinos são animais que possuem comportamentos explosivos associados as atividades atléticas predispondo ao aparecimento de lesões. Além disso, a permanência dos animais soltos em piquetes, principalmente quando tem cerca de arame liso, pastagens com sujidades, instalações inadequadas também contribuem na ocorrência de feridas e traumas. As áreas de maior ocorrência são a porção distal dos membros torácicos e pélvicos e a região peitoral, apresentando difícil cicatrização por possuírem pouco tecido de revestimento, aporte sanguíneo diminuído, baixa oxigenação nos membros e formação de biofilmes, inibição da cicatrização, grande movimento da articulação e maior probabilidade de contaminação predispondo a infecções e proliferação de tecido de granulação exuberante. Entre os tratamentos alternativos mais favoráveis encontra-se o emprego do mel de abelhas. No Brasil, as abelhas africanas Apis melífera scutellata foram introduzidas na década de 1950 e acidentalmente cruzaram-se com outras subespécies de abelhas melíferas europeias trazidas no século XIX, proporcionando o surgimento de híbridos com características predominantes das abelhas africanas, como rusticidade e maior capacidade de enxamear, permitindo uma ágil adaptação e expansão por quase todo continente americano. O mel de abelha vem sendo abordada e testada como formas alternativas de tratamento de lesões na clínica de grandes animais, por apresentarem atividades relevantes e eficazes no processo de cicatrização de feridas. O mel tem mostrado efeito antioxidante, anti-inflamatório e antimicrobiano e estimulador de crescimento dos tecidos, podendo atuar como imunoestimulador, modulando o sistema imunológico da pele. A eficácia do mel no tratamento de feridas são resultado da produção de peróxido de hidrogênio a partir da atividade da enzima glicose oxidase e seu pH baixo acelerando o processo de cicatrização. O uso de mel de abelhas africanas no tratamento de lesões cutâneas é eficaz, viável e acelera o processo cicatricial de feridas em equinos.

Citas

REFERÊNCIAS:

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Publicado

2023-09-14

Cómo citar

Lemos, A. K. M. P., Estanislau Cordeiro de Araújo, P., Silveira, A. S. da, Maria Pinto Araújo, F., Maciel Lemos, F., Karla Marques Paiva Lemos, P., do Nascimento Santos, R., Gurjão, T. A. ., de Assys Romero da Mota Sousa, F., Matias Porto Filho, J., Nágela Maria, Borges Maracajá, P., Mubamu, E. C. M., & Freires, E. C. (2023). Uso de mel de abelhas africanas na cicatrização de feridas em equinos - revisão. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 12(1). Recuperado a partir de https://gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10030

Número

Sección

VI EVENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO DO FESTIVAL DO MEL DE SÃO JOSÉ DOS CORDEIROS 2023