Psitacose na interface entre humanos e aves – Revisão Bibliográfica
Palabras clave:
Psitacose, Chlamydia psittaci, Psittaciformes, Saúde búblicaResumen
Os microrganismos da família Chlamydiaceae são patógenos intracelulares obrigatórios de aves e mamíferos. A vasta quantidade e diferentes espécies desta família permite a infectação de muitos hospedeiros, devido ao seu alto tropismo tecidual variável, que proporciona o surgimento de inúmeras doenças agudas e crônicas, as quais vão desde infertilidade sexualmente transmissível, até tracoma, doenças respiratórias e cardiovasculares. Psitacose é o nome dado a uma patologia infecciosa gerada pela bacteria Chlamydia psittaci, a qual pode ser transmitida a humanos por meio de contato direto com aerossóis oriundos das secreções de aves - Psittaciformes - contaminadas e assintomáticos. Em 1879 foi descrito o primeiro surto de psitacose, descrito por Jacob Ritter, associando a doença a papagaios e tentilhões. Já os surtos pandêmicos de psitacose humana de 1929 e 1930 estavam ligados à importação de psitacídeos infectados oriundos da América do Sul destinados à Europa e América do Norte. Pelo fato de ser uma doença inespecifica, ter seus sintomas semelhantes a uma patologia de cunho viral e, comumente, não serem realizados testes para sua confirmação, uma vez que, tal conduta está consonante as diretrizes vigentes para casos clínicos gerais e médicos especialistas, de que a investigação microbiológica não se faz necessária para o tratamento adequado no caso de pneumonias não complicadas. Dessa forma, o paciente portador de pneumonia por C. psittaci fica impossibilitado de receber o tratamento de forma precisa e eficaz, todavia, é de grande importância que seja realizada a identificação da origem de caso de psitacose em humanos, por se tratar de um caso de saúde pública. Sendo assim, é necessário que seja realizada investigação na interfase entre animais, humanos e seu ambiente compartilhado, por meio de diagnóstico com base em reação em cadeia da polimerase (PCR) em conjunto com a investigação veterinária epidemiológica. Em aves, o tratamento é por meio de doxiciclina por 45 dias pois apresenta melhor absorção e por ser eliminada mais gradativamente em relação as demais tetraciclinas. pode ser administrada a dose de 1000mg/kg de ração ou 200 à 800mg/l de água; outra alternativa é o uso de quinolonas como as enrofloxacinas e macrolídios como a azitromicina. Em humanos, o principal sintoma conhecido é uma pneumonia mais agressiva e que não age de forma simples. Febre, calafrios, diarreia, apatia e inapetência, dentre outros, são sintomas relatados por pacientes que positivaram para psitacose, para humanos o tratamento de predileção também é a base de tetraciclina, doxiciclina 10 mg via oral a cada 12h ou cloridrato de tetraciclina 500 mg, a cada 6h, deve ser contínuo e ter duração de 10 a 14 dias. Em casos de gestantes e crianças menores de 8 anos de idade, recomenda-se o tratamento com os macólideos como azitromicina e eritromicina, 250-500 mg por 7 dias.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Thyago Araújo Gurjão; Dennis Fábio Silva Lima
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Termo de cessão de direitos autorias
Esta é uma revista de acesso livre, em que, utiliza o termo de cessão seguindo a lei nº 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil.
O(s) autor(es) doravante designado(s) CEDENTE, por meio desta, publica a OBRA no Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, representada pelo Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas (GVAA), estabelecida na Rua Vicente Alves da Silva, 101, Bairro Petrópolis, Cidade de Pombal, Paraíba, Brasil. Caixa Postal 54 CEP 58840-000 doravante designada CESSIONÁRIA, nas condições descritas a seguir:
O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida.
O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros.
O CEDENTE mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de divulgação da OBRA, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY.
O CEDENTE têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista.
O CEDENTE têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.