Úlcera de Córnea profunda em cães e equinos, uma abordagem clínica e cirúrgica – revisão de literatura
Palabras clave:
Córnea, lesão, oftalmicoResumen
A úlcera de córnea profunda se apresenta como uma das causas mais comuns de doença ocular que ocasionam
a perda de visão em cães e equinos. Compreende diversos tipos de trauma, produção lacrimal inadequada,
lesões químicas, função palpebral inadequada, defeitos palpebrais, corpo estranho, invasão ou resposta
imunológica inadequada aos microrganismos. As doenças alérgicas, metabólicas, endócrinas, neurotróficas e
idiopáticas, são mais comuns em equinos, mas acomete também com frequência os cães e podem variar entre
pequenas erosões do epitélio corneal até úlceras perfurativas. A córnea é a estrutura mais externa do globo
ocular, avascular, completamente transparente e em conjunto com o cristalino faz a convergência dos raios
luminosos até a retina de forma que podem ser comprometidos por cicatrizes corneanas e por perfurações que
culminam em sinéquia anterior, endoftalmite, colapso de câmara anterior, glaucoma e atrofia de corpo ciliar.
Os sinais clínicos da enfermidade são caracterizados por desconforto e dor ocular, fotofobia, blefaroespasmo,
descarga ocular, epífora e perda da transparência corneana. O diagnóstico deve começar com anamnese e
histórico do paciente e deve ter por principais pontos abordados a progressão e as circunstâncias da lesão e se
dá por meio da realização de exames como: neuro-oftalmológico que avalia os nervos cranianos relacionados
a visão, teste de resposta a ameaça e reflexo pupilar, exame do aparelho nasolacrimal e estruturas anexas do
olho, observação das pálpebras, esclera e conjuntiva, avaliação de simetria e possíveis defeitos, uso do teste
de Schirmer, função do ducto nasolacrimal (teste de Jones I). O exame do segmento anterior do olho com
intuito de excluir a presença de opacidade na córnea, tonometria: medição da pressão intraocular, exame do
segmento posterior, observação do fundo do olho, citologia e cultura corneal, amostra de periferia da úlcera,
corantes oftálmicos, avaliação de integridade da córnea, conjuntiva e funcionamento fisiológico do sistema
nasolacrimal. Os corantes utilizados são: Fluoresceína sódica e rosa bengala. A terapêutica clínica é feita pelo
uso de antimicrobianos tópicos e é o pilar da base do tratamento das úlceras, pois atuam impedindo a
contaminação e disseminação bacteriana. A frequência das aplicações dos colírios é importante e varia de
acordo com o estágio da ulceração, no caso das úlceras superficiais não complicadas e para fins de prevenção,
a utilização é realizada em menor frequência. As classes disponíveis para uso na forma de colírio são basicamente: aminoglicosídeos, quinolonas e cloranfenicol, em forma de pomadas: Polimicina B, bacitracina
e tetraciclinas e para aplicação subconjuntival: betalactâmicos como as penicilinas e cefalosporinas, que podem
ser indicados de forma mais específica após a realização de cultura bacteriana. Mediante a análise clínica e
havendo necessidade cirúrgica, há procedimentos cirúrgicos que visam evitar a progressiva perda da visão.
Dentre as técnicas mais utilizadas temos: aplicação de adesivos teciduais (adesivo de fibrina, etilcianoacrilato
e o n-bul cianoacrilato, Super Bonder®, Vetb, e ainda as técnicas de recobrimento conjuntival em ponte, em
180 e 360 graus e o recobrimento palpebral. Para o sucesso do tratamento é essencial o uso de colar elisabetano
e dos cuidados recomendados. O prognóstico é reservado podendo evoluir para a cura dependendo do grau da
lesão e da resposta do paciente.
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