BULLYING E AS PRODUÇÕES ACADÊMICAS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
Palabras clave:
Bullying, Agressão, Sofrimento psíquico.Resumen
INTRODUÇÃO
A necessidade de estudar sobre bullying surgiu por dois motivos: o primeiro diz respeito ao desejo de fazer uma interação discursiva entre saúde e educação, visto que há interface entre esses dois campos; e o segundo, devido a forma que vem se propagando, através de relatos cotidianos, no âmbito acadêmico, quer seja através do envolvimento como expectador ou como vítima da prática do bullying, nas histórias de vida pessoal, acadêmica ou mesmo nos estágios supervisionados.
O conceito de bullying é utilizado por muitos estudiosos, a exemplo de Chaves e Souza (2018) Oliveira, Menegotto, Pasini e Levandowski (2013) como toda ação em que o sujeito é/está envolvido em situações de violência física ou psicológica, em que a frequência e a intensidade dos atos acontecem promovidas por alguém ou por um grupo, geralmente sem motivos aparente, em direção a uma ou mais pessoas, cujo objetivo é de intimidar ou mesmo agredir, em uma relação de subjugação de outrem.
A partir desta compreensão, o Congresso Nacional cria o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o território nacional, através da Lei nº 13.185, de 6 de Novembro de 2015 com vigência em 2016. Tal programa, no seu Art. 2º, caracteriza Intimidação Sistemática “quando há violência física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e, ainda, I - ataques físicos; II - insultos pessoais; III - comentários sistemáticos e apelidos pejorativos; IV - ameaças por quaisquer meios; V - grafites depreciativos; VI - expressões preconceituosas; VII - isolamento social consciente e premeditado; VIII – pilhérias”. E ainda, no Art. 3o esta pode ser classificada, conforme as ações praticadas, como: “I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente; II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores; III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar; IV - social: ignorar, isolar e excluir; V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar; VI - físico: socar, chutar, bater; VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem; VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social” (grifo nosso).
OBJETIVO
Identificar as produções desenvolvidas por acadêmicos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no período de 2010 a 2018, referente a bullying, nos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC).
METODOLOGIA
Trata de uma pesquisa exploratória, quanti-qualitativa, que busca investigar no Acervo da Biblioteca Virtual da UFCG, trabalhos que contemplem o objeto em foco.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Em consulta ao Acervo da Biblioteca Virtual da UFCG, no período de 04 a 12 de setembro de 2018, dentre os materiais catalogados com esta temática, encontramos 16 obras, entre elas, 08 TCCs, 04 livros, 02 periódicos, 01 dissertação, e 01 trabalho cadastrado como “Tipo de material indefinido”. Após esse levantamento, optamos por analisar os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), por acreditar que estes revelam a implicação dos pesquisadores com o objeto em estudo e dar visibilidade às pesquisas produzidas pelos/as acadêmicos/as e professores/as da nossa Instituição. Verificamos, então, que os 08 TCCs produzidos entre 2010 e 2018, 06 (02-2010; 01-2015; 01-2016; 02-2018) são do Centro de Formação de Professores (CFP), Campus Cajazeiras, PB, especificamente do Curso de Pedagogia, com os seguintes títulos: Violência simbólica: apelido pejorativo (2010); A prática do bulliyng no cotidiano escolar dos alunos do 4º ano do ensino fundamental I (2010); Bullying na escola: um olhar introdutório (2015); Violência na escola: concepções do bullying entre docentes e discentes (2016); O papel do professor frente às questões de bullying na sala de aula: implicações e impactos na vida das vítimas (2018); As influências do bullying escolar frente aos processos de ensinar e aprender nos anos finais do ensino fundamental (2018), e 02 foram produzidos no Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA), Campus Sumé, PB, no Curso de Licenciatura em Ciências Sociais, com os seguintes títulos: Violência escolar: bullying (2014) e Bullying no ambiente escolar (2015).
CONCLUSÕES
Comumente, estudos sobre bullying vem preocupando profissionais das diversas áreas, entre elas: Educação, Psicologia, Pedagogia, Pediatria, Sociologia e Serviço Social, visto que é uma situação em que envolve a violência física e/ou psicológica interferindo na vida humana, no seu desenvolvimento, na sua aprendizagem. Assim, frente a este levantamento, verificamos que entre os 95 Cursos dos 7 Campi da UFCG, dois demonstraram interesse em estudar o assunto. A esse respeito, Silva (2016) ressalta que mesmo esse tipo de violência ser significativa nas escolas brasileiras, o bullying e suas implicações no ambiente escolar, ainda é pouco estudado, embora nas duas últimas décadas venha ganhando espaço nas pesquisas acadêmicas. Assim, acreditamos que neste cenário, destacam-se os trabalhos produzidos por docentes e discentes dos Cursos de Pedagogia (CFP) e de Ciências Sociais (CDSA), ora apresentados, evidenciando a preocupação destes, em compreender o que é e como se dá o bullying no ambiente escolar e qual o papel do professor nesse contexto.
Citas
CHAVES, Denise Raissa Lobato; SOUZA, Mauricio Rodrigues de. Bullying e preconceito: a atualidade da barbárie. Revista Brasileira de Educação v. 23 e 230019. 2018.
OLIVEIRA-MENEGOTTO, Lisiane Machado de; PASINI, Audri Inês; LEVANDOWSKI Gabriel. O bullying escolar no Brasil: uma revisão de artigos científicos. Psicol. teor. prat. vol.15 no.2 São Paulo ago. 2013.
SILVA, Alessandra da. ENTRE MUROS: Um estudo da violência escolar sob a ótica dos professores na rede pública de ensino de Campina Grande – PB. 96.f. 2016 (Dissertação). Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Mestrado em Ciências Sociais. Universidade Federal de Campina Grande, PB. 2016.
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