RELAÇÃO DO ESTROGÊNIO COM A OSTEOPOROSE EM MULHERES MENOPAUSADAS

Autores/as

  • Ronaldo Fernandes Gonçalves UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
  • Ana Beatriz Mesquita Andrade UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
  • Ana Júlia Benício da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)
  • Luciana Moura de Assis UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)

Palabras clave:

Osteoporose, Menopausa, Estrogênios.

Resumen

INTRODUÇÃO

A menopausa é a fase na vida da mulher onde o corpo sofre mudanças fisiológicas, principalmente a baixa produção de estrogênio nos ovários, resultando na incapacidade feminina de ovular e procriar, além de causar irritabilidade, depressão, ataques cardíacos e doenças cardiovasculares. Esta variação provoca uma sintomatologia distinta, incluindo a desregulação do fluxo menstrual, fogacho, secura na pele, secura vaginal, distúrbios do sono, entre outros. Estes sintomas podem variar de acordo com os parâmetros sociais, econômicos e étnicos de cada mulher (MUCIDA, 2006). Sabe-se que o estrogênio contribui para fixação do cálcio nos ossos. E após a menopausa, grande parte das mulheres passa a perder progressivamente a massa óssea, caracterizando a osteoporose que apresenta impactos negativos na qualidade de vida da mulher.

A osteoporose é uma doença em que ocorre a redução da massa óssea tornando os ossos frágeis e aumentando os riscos de fraturas (JUNQUEIRA E CARNEIRO 1999). Nela, os ossos tornam-se menos resistentes, mas a concentração de cálcio na matriz orgânica é normal. Todavia, a quantidade de tecido ósseo é menor, apresentando nos ossos amplos canais de reabsorção. Logo, a osteoporose está relacionada ao metabolismo ósseo, e há principalmente na área da saúde um considerável interesse nesse assunto, visando a produção de medicamentos que venham auxiliar no processo de remodelação e reparação óssea. Nesse contexto, a osteoporose no período de menopausa é de grande relevância pois essa condição é mais frequente nas mulheres, que chegam a perder cerca de 40% a 50% de massa óssea até o final da vida (AIRES et al, 1991).

OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo rever na literatura acerca da influência da deficiência estrogênica no desenvolvimento da osteoporose em mulheres na menopausa.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão da literatura através da consulta de artigos, levantados durante o mês de outubro nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Scientifc Electronic Library Online (SciELO) e LILACS (Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde). Os descritores utilizados foram “osteoporose”, “menopausa” e “estrogênios” os quais foram utilizados com o operador boleano “and” primeiramente em pares e depois em conjunto.

 Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre 2010 e 2018, na íntegra e escritos em português e inglês. Foram excluídos os artigos de revisão, os repetidos e os que não atendessem a temática objeto do estudo. Somando-se todas as bases de dados foram encontrados 145 artigos. Após a leitura de títulos e resumo desses artigos foram selecionados 28 artigos dentre os quais 7 foram escolhidos por atenderem aos critérios de seleção.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com a análise dos artigos selecionados, é notório a semelhança de resultados entre os autores. Os autores concordam que a osteoporose está diretamente relacionada com o hormônio estrogênio, e mulheres acima de 50 anos são mais susceptíveis ao surgimento da patologia. Isso porque a queda brusca dos níveis deste hormônio provoca alterações no processo de remodelação e de reparação óssea. E essa queda ocorre de forma mais intensa justamente no período da menopausa, acarretando nas mulheres a perda da massa óssea. Isso é explicitado por Brandão et al. (2013), para ele a osteoporose acaba sendo uma doença comum devido à idade e o hipoestrogenismo, havendo aumento da prevalência e incidência de fraturas, exercendo papel negativo sobre a qualidade de vida de tais indivíduos.

 Fitzpatrick (2006), estima que a deficiência de estrogênio seja responsável por 75% da perda óssea que ocorre em mulheres na pós-menopausa. Segundo ele, nesse período a massa óssea diminui de 3 a 5% ao ano e o aumento da renovação óssea está associado ao aumento da perda óssea e ao risco de fraturas. Estabelecendo portanto uma relação entre a diminuição de estrogênio e a perda óssea. Dados semelhantes foram encontrados em outros estudos, nos quais acredita-se que entre 40 anos de idade e o período da menopausa, ocorra perda de aproximadamente 1,5% ao ano da massa óssea, na menopausa este ritmo pode se acelerar para 3 a 4% ao ano. E nessa fase ocorre à diminuição de liberação de estrogênio, hormônio que desempenha papel importante no metabolismo ósseo. Tendo como consequência a osteoporose (SCHUCHMANN, 2012; YASUI, 2012).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os trabalhos analisados sugerem uma relação entre o estrogênio e a osteoporose em mulheres menopausadas. É na fase da menopausa onde ocorre o declínio de forma acentuada dos níveis de estrogênio, hormônio importante para o metabolismo ósseo atuando na reparação e remodelação óssea. A deficiência estrogênica por sua vez, acarreta a perda da massa óssea e consequentemente a osteoporose. Esta porém pode aumentar a suscetibilidade a fraturas que comprometem a qualidade de vida das mulheres. Deste modo, as orientações dos profissionais de saúde são importantes na prevenção e tratamento da osteoporose em mulheres na menopausa.

Citas

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Publicado

2020-02-19

Cómo citar

Gonçalves, R. F., Mesquita Andrade, A. B., Benício da Silva, A. J., & de Assis, L. M. (2020). RELAÇÃO DO ESTROGÊNIO COM A OSTEOPOROSE EM MULHERES MENOPAUSADAS. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 9(3). Recuperado a partir de https://gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/6815

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