ABORDAGENS TERAPÊUTICAS DA DEPRESSÃO EM IDOSOS
Resumen
A população idosa é a que mais cresce no Brasil e na maior parte do mundo. Segundo o IBGE 2018, o número de idosos no Brasil corresponde a 9,87% da população brasileira. A depressão é a doença psiquiátrica mais comum entre os idosos, frequentemente subdiagnosticada e não tratada. De acordo com o CID 10 e a DSM IV o paciente com episódios depressivos pode apresentar rebaixamento do humor, redução da energia, perda de interesse, fadiga, alterações no sono e apetite, diminuição da autoestima, lentidão psicomotora, agitação, perda da libido e sintomas somáticos. A anamnese detalhada, o uso da escala geriátrica de depressão de Yesavage e o mini-exame do estado mental são fundamentais no diagnóstico da depressão em idosos. O tratamento da depressão no idoso pode ser feito com base na psicoterapia e ou farmacoterapia. A primeira, isoladamente, é indicada em depressão moderada à grave. Os antidepressivos constituem o tratamento primário da depressão moderada e severa em idosos e sua escolha depende das características do paciente e da presença de comorbidades associadas. Os inibidores seletivos de receptação de serotonina são fármacos de 1ª linha no tratamento de depressão geriátrica por sua melhor tolerabilidade e segurança. Contudo, outras classes de antidepressivos podem ser utilizadas com boas respostas. A eletroconvulsoterapia tem-se mostrado bastante eficaz no tratamento da depressão, principalmente na depressão psicótica. Discute-se as possibilidades de atuação dos profissionais da saúde para a melhoria do tratamento e prevenção da depressão em idosos. O tratamento precoce se faz importante nessa abordagem, bem como o suporte social e apoio familiar. Elenca-se também o significado do que é ser idoso, hoje visto como um peso social, como um desafio a ser enfrentado e vencido, em busca de pesquisas mais abrangentes sobre esse tema tão importante.
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