ALOMÔNIOS PARA O CONTROLE DE CARRAPATOS IXODÍDEOS
Palavras-chave:
Amblyomma sculptum, Rhipicephalus sanguineus sensu lato, REPELENTES, CONTROLE, ESTRATÉGIA “PUSH-PULL”Resumo
Recentemente foi observada a presença de compostos alomônios; 2-hexanona e benzaldeido; no odor de cães resistentes ao carrapato Rhipicephalus sanguineus sensu lato (s.l.). Usando formulações de liberação lenta destes compostos em coleiras foi possível diminuir em 50% a carga parasitária de cães expostos a infestações artificiais por este carrapato. Visando obter um controle mais eficaz do R. sanguineus s.l.; atualmente estamos avaliando a estratégia “push-pull”; onde será testado o feromônio de arrestamento associado com o fungo Metarhizium anisopliae no ambiente; e os colares repelentes nos animais. Através de testes comportamentais em placa de Petri foi confirmada a presença de feromônio de arrestamento na excreta e exúvias de R. sanguineus s.l. Testes com compostos presentes em feromônios de arrestamento de ixodídeos; tais como guanina; xantina e ácido úrico; associados ou isoladamente; estão sendo conduzidos e até o momento foi observado arrestamento para xantina a 1% e guanina a 0;01%. Os repelentes estão sendo testados em cães naturalmente infestados com R. sanguineus s.l. Foram compostos dois grupos (controle e tratado); cada um com 30 animais. Até o momento 15 animais foram avaliados em cada grupo e a contagem de carrapatos adultos foi reduzida no grupo tratado. A partir do conhecimento que cães resistentes produzem alomônios; foi avaliada a presença de repelentes no sebo de asininos; espécie resistente ao carrapato Amblyomma sculptum. Quando comparando o sebo de equinos – espécie sensível ao A. sculptum – com o sebo de asininos; foi detectado um composto exclusivo de asininos; (E)-2-decenal; o qual foi repelente para ninfas de A. sculptum em um olfatômetro. Testes conduzidos para desenvolver uma formulação deste repelente para uso em humanos estão demonstrando a sua eficácia.
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