REFLEXÕES SOBRE TRABALHO E ADOECIMENTO NO CONTEXTO CAPITALISTA: UMA ANÁLISE À LUZ DA CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA
Resumo
Este estudo tem como objetivo contextualizar as mudanças no mundo do trabalho e suas implicações para a vida e saúde da classe trabalhadora, a luz da política de saúde do/a trabalhador/a. Desse modo, buscou-se analisar o processo histórico da organização do trabalho no sistema capitalista acentuando os fatores que podem levar ao adoecimento, em um contexto de precarização do trabalho e de desmonte dos direitos, que resultam em transformações contemporâneas do mundo do trabalho. As consequências da precarização trazem consigo impactos destrutivos na vida dos/as trabalhadores/as, sendo assim, ressalta-se a importância da discussão acerca do trabalho do/a assistente social, tendo em vista a sua complexa realidade laborativa. A partir deste percurso, apresentamos argumentos para defender que: 1) Os agravos á saúde dos/as trabalhadores/as é uma expressão da “questão social” em decorrência da organização e relações sociais de trabalho, da contradição entre capital/trabalho, compreendendo a totalidade do mundo do trabalho e das relações estabelecidas; 2) As novas características dos agravos á saúde dos/as trabalhadores/as relacionam- se com a reestruturação produtiva, com os novos modelos de produção, com a divisão internacional do trabalho e com as novas relações de trabalho, sendo esses aspectos apresentam dificuldades pra reconhecer que esses problemas são provenientes do trabalho; 3) A importância de se ter uma política específica direcionada para cuidar da saúde dos/as trabalhadores/as.