Aplicação exógena de prolina na redução do estresse salino em meloeiro
Resumo
O excesso de sais dissolvidos na solução do solo, ou mesmo na água de irrigação, é um dos mais graves problemas enfrentado pela agricultura mundial por proporcionar condições de estresse a maioria das espécies agricultáveis. Com isso, objetivou-se com esse trabalho, avaliar o efeito da aplicação exógena de prolina na redução do estresse no meloeiro irrigado com água salina. O experimento foi realizado no Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA/UFCG) – Pombal - PB, no período de 23/10/2009 a 23/12/2009, utilizando o melão do tipo Amarelo (Grupo Inodorus). Os tratamentos foram constituídos de dois níveis de salinidade da água de irrigação (0,3 e 5,0 dS m-1) versus doses de prolina (0, 5, 10 e 20 mmol L-1). O delineamento experimental foi o blocos casualizados, no esquema fatorial 2 x 4, com quatro repetições. Os maiores valores de fotossíntese, condutância estomática, transpiração, concentração intercelular de CO2, área foliar, massa seca da folha e massa seca do fruto foram observados em plantas de melão irrigadas com água normal (0,3 dS m-1) em relação a salina (5,0 dS m-1) e nas doses de prolina compreendidas entre 8,95 e 15,69 mmol L-1 por planta para ambos os níveis de salinidade. Houve redução na produção de frutos causada pela salinidade da água de irrigação de 44,71%, o que corresponde a cerca de 8,7 t ha-1 quando aumentou a salinidade da água de 0,3 para 5,0 dS m-1. O fornecimento de prolina foi eficiente em reduzir no meloeiro o efeito estressante causado pela salinidade da água de irrigação até a dose de 12,56 mmol L-1, proporcionando um incremento na produção de frutos de 22,43% quando comparado a dose 0 mmol L-1 de prolina, resultando em um aumento de 2,5 t ha-1. Em termos absolutos podemos afirmar que o melhor desempenho do meloeiro foi obtido na dose de prolina de 10,0 mmol L-1 para ambos os níveis de salinidade da água de irrigação.