Óleo fixo de pinhão bravo no controle in vitro de Colletotrichum musae
DOI:
https://doi.org/10.18378/rvads.v14i2.6119Palavras-chave:
Musa sp., Antracnose, Jatropha mollissima.Resumo
A antracnose causada pelo fungo Colletotrichum musae é considerada das mais importantes moléstias em frutos de banana. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do óleo fixo de pinhão bravo no controle in vitro de C. musae, em diferentes concentrações e metodologias de aplicação. O fungo foi isolado de frutos de bananeira, cultivado em meio de cultura Batata-Dextrose-Ágar (B.D.A). O experimento conduzido em esquema fatorial com 2 fatores (3 métodos de aplicação e 3 concentrações + 2 testemunhas), com sete repetições. Os métodos de aplicação foram: incorporação do óleo ao meio de cultura fundente; distribuição do óleo no meio de cultura solidificado e distribuição do óleo em papel filtro, fixado na parte interna da tampa da placa de Petri. As concentrações do óleo utilizadas foram: 0,1; 1 e 10%. As testemunhas foram: testemunha absoluta (sem óleo e sem fungicida) e testemunha relativa (sem óleo e com fungicida). O óleo testado em todas as concentrações e métodos de aplicação foi diluído em Tween 80. Diariamente, por dez dias foi medido o crescimento radial em centímetros do micélio do fungo. Os dados foram analisados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os tratamentos 1, 2, 5, 7, 8 e 11 proporcionaram maior inibição do crescimento micelial de C. musae e foram estatisticamente iguais entre si. O óleo fixo de pinhão bravo pode ser usado como medida alternativa de controle de C. musae em substituição aos pesticidas químicos.
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