Plantas não convencionais para fins alimentares comercializadas em feiras de São Luís, Maranhão

Autores

  • Georgiana Eurides de Carvalho Marques Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís https://orcid.org/0000-0001-7801-3117
  • Yanka Azevedo Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís
  • Alice Maria Pinto Pinheiro Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís
  • Roberta Almeida Muniz Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís
  • Osmar Luis Silva Vasconcelos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís
  • Djanira Rubim dos Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís

DOI:

https://doi.org/10.18378/rvads.v16i3.7887

Palavras-chave:

Comercialização, Valor Nutritivo, PANC

Resumo

A pesquisa analisa a produção, a comercialização e o consumo de plantas alimentícias não convencionais (PANC) em feiras de São Luís (MA), observa-se, além disso, a composição química das espécies Hibiscus sabdariffa L. (vinagreira) e Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn (joão-gome). Foram aplicados questionários a três grupos prioritários: feirantes, consumidores e produtores, aos quais se perguntou sobre seu conhecimento relacionado às PANC, ao retorno financeiro, aos benefícios, ao plantio e à frequência de consumo. Os parâmetros químicos analisados foram proteína, lipídios, fibras, cinzas, Brixº, pH, acidez titulável, vitamina C e açúcares redutores seguindo diversas metodologias. Os resultados mostraram que, nos centros de comercialização de São Luís, as PANC são comercializadas e têm seus benefícios reconhecidos quanto à saúde e à geração de renda pelos feirantes, produtores e consumidores, principalmente para o gênero feminino. As principais responsáveis por seu plantio e comercialização são mulheres, destacando-se, entre os principais consumidores, adultos e idosos. Na vinagreira, observa-se um sabor ácido, determinado pelo elevado pH, acidez Titulável e Vitamina C. O joão-gome apresenta pouco sabor, alto teor de Vitamina C, proteína e fibras. Nas duas espécies mencionadas, o teor de proteínas e fibras elevado mostra a riqueza nutricional característica das PANC. Portanto, os parâmetros químicos de ambas as espécies demostraram o potencial nutricional destas plantas, justificando sua ampla utilização na culinária e na medicina tradicional na região.

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Biografia do Autor

Georgiana Eurides de Carvalho Marques, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís

Doutora em Biotecnologia e Biodiversidade, Departamento de Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís.

Yanka Azevedo Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís

Licencianda em Química, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís.

Alice Maria Pinto Pinheiro, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís

Licencianda em Biologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís.

Roberta Almeida Muniz, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís

Mestre em Produção Vegetal, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís.

Osmar Luis Silva Vasconcelos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís

Engenheiro Agrônomo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís.

Djanira Rubim dos Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís

Doutoranda em Química; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, São Luís.

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Publicado

2021-07-01

Como Citar

MARQUES, G. E. de C.; SANTOS, Y. A.; PINHEIRO, A. M. P.; MUNIZ, R. A.; VASCONCELOS, O. L. S.; SANTOS, D. R. dos. Plantas não convencionais para fins alimentares comercializadas em feiras de São Luís, Maranhão. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, [S. l.], v. 16, n. 3, p. 266–271, 2021. DOI: 10.18378/rvads.v16i3.7887. Disponível em: https://gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/7887. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

INTERDISCIPLINAR