Análise microbiológica da farinha de cenoura

Abstract

A cenoura (Daucuscarota L.) é uma hortaliça que pertence à família das Apiaceae, produz uma raiz aromática e comestível, caracterizando-se como uma das mais importantes olericulturas, pelo seu grande consumo em todo mundo, pela extensão de área plantada e pelo grande envolvimento socioeconômico dos produtores rurais. A contaminação microbiana em alimentos representa um perigo à saúde pública, motivo de grande preocupação por parte dos órgãos de vigilância sanitária. A produção de farinhas apresenta grande variabilidade para a indústria de alimentos, principalmente em produtos de panificação, produtos dietéticos e alimentos infantis, por serem rica fonte de amido e sais minerais. A farinha de cenoura pode se tornar uma alternativa de baixo valor econômico que auxilie a suprir as necessidades nutricionais diárias. O objetivo deste trabalho foi analisar microbiologicamente a farinha de cenoura para verificar sua qualidade quanto à contaminação em produtos futuros a serem elaborados. A verificação da qualidade microbiológica das farinhas foi realizada no Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos da UFPB Campus III – Bananeiras – PB; sendo efetuadas as análises a seguir: Coliformes Termotolerantes, Fungos filamentosos e bactérias leveduriformes, Salmonella spp. e Staphylococcus aureus, sendo realizadas utilizando-se o método de plaqueamento por superfície, conforme metodologia proposta por APHA (2001). As amostras foram realizadas em triplicata, sendo coletadas 25 g de amostra para cada análise e colocadas em água peptonada estéril (0,1%). Os resultados permitem identificar o produto analisado como adequado ao Regulamento Técnico de Padrões Microbiológicos para Alimentos (BRASIL, 2001). Os resultados obtidos nas amostras para Coliformes Termotolerantes apresentam resultados satisfatórios com o valor de <3 NMP/g de amostra, estando assim de acordo com os padrões estabelecidos pelo o órgão vigente no país; quanto aos Fungos Filamentosos e Bactérias Leveduriformes, obteve valores de <1x10² UFC/g de amostra; quanto as bactérias Staphylococcus aureus e Salmonella spp, houve ausência nas analises da farinha. Franco e Landgraf (2003) explicam que baixas contagens são consideradas normais (não significativas), no entanto, contagens elevadas representam um risco à saúde. Verifica-se, portanto, que a farinha de cenoura encontre-se apta por estar dentro dos padrões de qualidade necessários estabelecidos pela Resolução RDC Nº 12 de 2 de Janeiro de 2001(D.O.U de 10/01/01 Seção 1 p. 45 a 53) a legislação vigente no país.