Um Uso do Mel em Formulações Farmacêuticas: Desafios e Perspectivas

Autores/as

  • Samuel Ventura Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Francisco de Assys Romero da Mota Sousa Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Thyago Araújo Gurjão Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Mateus Lenner Faculdade Rebouças de Campina Grande

Palabras clave:

formulações farmacêuticas; biotecnologias; propriedades; compostos ativos.

Resumen

O mel, tradicionalmente conhecido por suas propriedades medicinais, tem sido amplamente estudado nas últimas décadas como um componente promissor em formulações farmacêuticas. Sua eficácia no tratamento de feridas, queimaduras e na regeneração tecidual tem ganhado destaque, especialmente em produtos naturais voltados para a cura de lesões. El-Kased et al. (2017) exploraram a aplicação de hidrogéis à base de mel, demonstrando resultados promissores tanto em estudos in vitro quanto em avaliações in vivo para cicatrização de queimaduras. O estudo destacou que o mel, devido às suas propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias, é eficaz na aceleração do processo de cicatrização. Martinotti e Ranzato (2018) complementam essas descobertas, ressaltando o potencial do mel na medicina regenerativa e reparação de feridas. Eles destacam que o uso do mel em biotecnologias avançadas, como biomateriais, pode representar uma alternativa viável aos tratamentos convencionais, oferecendo soluções naturais para problemas clínicos complexos. Além disso, Minden-Birkenmaier e Bowlin (2018) investigam o papel do mel como uma matriz bioativa em engenharia tecidual, sugerindo que a incorporação do mel em moldes para regeneração de tecidos pode promover a cicatrização e reconstrução celular em aplicações de engenharia biomédica. Por outro lado, Rashidi et al. (2016) avaliaram a mistura tópica de mel, geleia real, azeite de oliva e própolis em ratos diabéticos, mostrando que essa combinação acelera significativamente a cicatrização de feridas, abrindo novas perspectivas para o tratamento de feridas crônicas em condições específicas. Embora o mel mostre grande potencial em formulações farmacêuticas, a padronização de seus compostos ativos e a regulamentação de seu uso ainda apresentam desafios significativos. Esta revisão evidencia a necessidade de mais pesquisas para garantir a segurança e a eficácia dessas formulações no campo clínico. Além disso, o desenvolvimento de novas tecnologias pode ajudar a maximizar as propriedades terapêuticas do mel, tornando-o uma opção cada vez mais viável para a saúde humana.

Citas

Bibliografia

EL-KASED, R. F. et al. Honey-based hydrogel: In vitro and comparative In vivo evaluation for burn wound healing. Scientific reports, v. 7, n. 1, p. 1–11, 2017.

MARTINOTTI, S.; RANZATO, E. Honey, wound repair and regenerative medicine. Journal of functional biomaterials, v. 9, n. 2, p. 34, 2018.

MINDEN-BIRKENMAIER, B. A.; BOWLIN, G. L. Honey-based templates in wound healing and tissue engineering. Bioengineering (Basel, Switzerland), v. 5, n. 2, p. 46, 2018.

RASHIDI, M. K.; MIRAZI, N.; HOSSEINI, A. Effect of topical mixture of honey, royal jelly and olive oil-propolis extract on skin wound healing in diabetic rats. Wound medicine, v. 12, p. 6–9, 2016.

Publicado

2024-08-30

Cómo citar

Ventura, S., Romero da Mota Sousa, F. de A., Araújo Gurjão, T., & Lenner, M. (2024). Um Uso do Mel em Formulações Farmacêuticas: Desafios e Perspectivas. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 13(2), 02. Recuperado a partir de https://gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10857