Acidentes anafiláticos em cães e gatos: Papel do sistema imunológico frente a picadas de abelhas

Autores/as

  • Lara Santos de souza Faculdade Rebouças de Campina grande
  • Carlos Andrey Duarte Da Silva Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Maria Clara Ouriques Nascimento Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Maria Luiza dos Santos Neta Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Rebeca Martins Pinto Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Thyago Araújo Gurjão Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Larissa Silva Nelo Oliveira Faculdade Rebouças de Campina Grande
  • Francisco de Assys Romero da Mota Sousa
  • Nágela Maria Henrique Mascarenhas Faculdade Rebouças de Campina Grande

Palabras clave:

Acidentes anafiláticos, Sistema imunológico, Picadas de abelha, Reação alérgica, Cães e gatos

Resumen

Acidentes por insetos da ordem Hymenoptera ocorrem com frequência em seres humanos e animais domésticos, no entanto raramente são reportados na literatura. No Brasil, eles incluem principalmente agravos com abelhas (Apis mellifera). Esses acidentes têm importância médica e veterinária porque, em indivíduos dessa espécie, há um aparelho inoculador de veneno, que é derivado de um ovopositor modificado, o qual possui glândulas veneníferas anexas. O veneno pode gerar tanto uma reação alérgica devido à hipersensibilidade tipo I, quanto um quadro clínico de toxicidade, em casos de múltiplas ferroadas. O sistema imunológico pode detectar várias proteínas do veneno da abelha como antígenos. Um cão pode não reagir imediatamente à picada pela primeira vez, mas sua imunidade começa a produzir anticorpos contra esses antígenos. A inflamação no local da picada geralmente é a resposta inicial do sistema imunológico, onde no local da picada recebe células como os mastócitos e neutrófilos que liberam substâncias inflamatórias, como por exemplo a histamina. Quando o veneno é injetado através da picada da abelha, causa uma resposta inflamatória intensa que pode afetar muitas partes do corpo do animal causando sintomas como ardência, prurido, eritema e edema na região acometida, o animal pode apresentar também, dificuldade respiratória, urticária e anafilaxia. A propagação de abelhas Apis mellifera, mais conhecidas também como abelhas "africanizadas", no Brasil, resulta em uma quantidade significativa de acidentes com animais domésticos, devido ao agressivo comportamento para proteger o ninho, frequentemente encontrado em ambientes humanos. O histórico de exposição a abelhas e os sintomas determinam o diagnóstico, que geralmente é clínico. Em algumas situações, exames laboratoriais podem ser necessários para avaliar a intensidade da reação, além de excluir possíveis outras condições. O tratamento é emergencial e direcionado aos sintomas clínicos apresentados pelo animal. O uso de anti-histamínicos e corticosteroides pode ser usado para reduzir a inflamação e a resposta alérgica ao veneno da abelha, enquanto a fluidoterapia e o suporte respiratório podem ser usados como assistência em casos de desidratação, choque e dispneia. Nesse contexto, é importante ressaltar que os acidentes com picadas de abelhas em cães e gatos podem ser graves e até letais, exigindo um diagnóstico rápido com o tratamento emergencial, visando o controle da reação alérgica.

Citas

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Publicado

2024-09-07

Cómo citar

Santos de souza, L., Andrey Duarte Da Silva, C., Ouriques Nascimento , M. C., Luiza dos Santos Neta , M., Martins Pinto, R., Araújo Gurjão, T., Silva Nelo Oliveira , L., de Assys Romero da Mota Sousa, F., & Maria Henrique Mascarenhas, N. (2024). Acidentes anafiláticos em cães e gatos: Papel do sistema imunológico frente a picadas de abelhas. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 13(2), 14–14. Recuperado a partir de https://gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/10913

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