Toxidade de clorantraniliprole e ciantraniliprole, nas doses recomendadas para cucurbitáceas, sobre Apis mellifera L.

Autores/as

  • Caio Araújo Esmael de Sousa
  • Letícia Pinheiro Augusto
  • Allysson Jonhnny Torres Mendonça
  • Ewerton Marinho da Costa

Palabras clave:

Polinizador. Controle químico. Mortalidade.

Resumen

O cultivo de cucurbitáceas, principalmente meloeiro (Cucumis melo) e melancieira (Citrullus lanatus), é um dos principais segmentos do agronegócio no semiárido brasileiro. A produção de frutos nas referidas culturas é dependente da polinização realizada pela abelha Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae). Contudo, durante o cultivo de cucurbitáceas é fundamental o uso de inseticidas para o controle dos insetos praga, fato que pode ocasionar prejuízos aos agentes polinizadores. Com isso, para incrementar o sistema de manejo de pragas com ênfase na conservação dos polinizadores, é imprescindível avaliar a toxicidade de inseticidas sobre as abelhas. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a toxicidade dos inseticidas Clorantraniliprole e Ciantraniliprole, nas doses recomendada para o controle de pragas em cucurbitáceas, via ingestão, sobre A. mellifiera. O trabalho foi realizado no laboratório de Entomologia do CCTA/UFCG, Campus Pombal-PB, em Delineamento Inteiramente Casualizado, composto por quatro tratamentos [Testemunha absoluta (água destilada), uma dosagens do Clorantraniliprole (7,5 mL/100 L – dose única registrada para meloeiro e melancieira) e duas dosagens do Ciantraniliprole (375 e 750 mL/ha)] e cinco repetições, sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. As abelhas foram expostas aos inseticidas em arenas plásticas, via fornecimento de dieta (Pasta cândi) contaminada por cada um dos tratamentos. Após a exposição aos tratamentos foi avaliada a mortalidade das abelhas durante um período de 72 horas. A mortalidade na testemunha foi corrigida pela fórmula de Abbott e os dados obtidos foram submetidos a analise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste não paramétrico de Kruskal Wallis ao nível de 5% de significância. Foi observada diferença significativa entre os tratamentos avaliados. O inseticida Clorantraniliprole ocasionou 35,8% de mortalidade das abelhas, diferindo estatisticamente das duas doses do inseticida Ciantraniliprole que ocasionaram, na dose mínima e máxima, 43,4% e 49,8% de mortalidade sobre A. mellifera, respectivamente. Salienta-se que existem inseticidas que ocasionam 100% de mortalidade sobre A. mellifera quando ingeridos, como é o caso do produto Tiametoxam. Nesse cenário, os inseticidas avaliados no presente trabalho ocasionaram mortalidade inferior a 50% dos insetos, sendo, portanto, menos nocivos ao polinizador.

Publicado

2018-11-04

Cómo citar

Sousa, C. A. E. de, Augusto, L. P., Mendonça, A. J. T., & Costa, E. M. da. (2018). Toxidade de clorantraniliprole e ciantraniliprole, nas doses recomendadas para cucurbitáceas, sobre Apis mellifera L. Caderno Verde De Agroecologia E Desenvolvimento Sustentável, 8(1), 12. Recuperado a partir de https://gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/6053

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