EFEITOS SOBRE DUAS IMPORTANTES PRAGAS AGRÍCOLAS DE ÓLEOS ESSENCIAIS RICOS EM (E)-NEROLIDOL DE Melaleuca lucadendra
Palabras clave:
Melaleuca leucadendra, ÓLEOS ESSENCIAIS, NOVO QUIMIOTIPO, ACARICIDA, INSETICIDAResumen
Tetranychus urticae Koch é uma praga polifaga de grande importância, que ataca cultivos de tomate e pepino em ambientes protegidos e cultivos orgânicos na região do Vale do Submédio do São Francisco, Pernambuco-Brazil. Outra praga que tem causado sérios prejuízos à horticultura é Plutella xylostella, praga-chave do repolho, couve-flor e brócolis. O controle com produtos sintéticos ainda é o mais utilizados para minimizar estes prejuízos. No entanto, mesmo empregado corretamente, estes produtos em grandes quantidades ocasionam desequilíbrios ecológicos, levando populações desses artrópodes a serem resistentes ao ingrediente ativo desses pesticidas. Como alternativas aos produtos sintéticos, o uso de óleos essenciais tem se mostrado promissor no controle de vários artrópodes pelo reconhecimento de suas propriedades biológicas, atuando na mortalidade e comportamento de várias pragas. Óleos essenciais da folha, caule, flores e frutos de M. leucadendra, cultivada em Pernambuco-Brasil foram analisados usando GC-MS. Os efeitos dos óleos e seu constituinte majoritário foram avaliados por contato residual sobre diferentes estágios de desenvolvimento de T. urticae e P. xylostella. Análise permitiu a identificação de um novo quimiotipo rico em (E)-nerolidol (95,78±1,20% a 81,78±0,90%). P. xylostella foi mais susceptível aos óleos e constituinte principal do que T. urticae. O óleo dos frutos foi cerca de 1,5 vezes mais tóxico do que o óleo das folhas para ovos de T. urticae. (E)-Nerolidol foi 5,5 e 4,5 vezes mais tóxico do que os óleos da folha e fruto para adultos de T. urticae, respectivamente. A susceptibilidade de ovos de T. urticae ao (E)-Nerolidol foi cerca de 2.4 vezes maior do que o óleo dos folhas. O Azamax®, usado como controle positivo, foi mais eficiente do que os óleos e o (E)-Nerolidol sobre T. urticae. No entanto, para P. xylostella, óleos da folha, fruto e (E)-Nerolidol foram 16, 17 e 15 vezes mais tóxico do que Azamax®, respectivamente.
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