DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM NOTIFICAR CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Resumen
A violência contra a mulher configura-se como um importante problema de saúde pública, visto que a problemática é uma das principais causas da morbimortalidade feminina. Por se tratar de um assunto complexo o problema na maioria das vezes torna-se invisível aos olhos da sociedade e dos profissionais envolvidos na Atenção Primária à Saúde (APS). Notificar a violência contra a mulher é lei desde 2003 e obrigatória a todos os serviços de saúde público ou privado, pois, é a partir da notificação que são traçadas metas e medidas de promoção, proteção e controle da violência. O presente estudo objetivou identificar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde da Atenção Primária em notificar casos de violência contra a mulher. De acordo com os artigos analisados na base de dados do BVS e no portal de periódicos CAPES verificamos os seguintes motivos que inviabilizam a notificação dos casos de violência contra mulher pelos profissionais na APS: dificuldade de identificação mediante o olhar limitado às lesões físicas; o medo de represália; o desconhecimento, dificuldade ou constrangimento em preencher a ficha de notificação; a ineficiência da formação acadêmica para abordagem da temática bem como a falta de capacitação profissional; a dificuldade da mulher em procurar ajuda; e a sobrecarga profissional. Como causa de desmotivação em notificar foi identificada a fragmentação e a inadequação da organização da rede de serviços de saúde em manter a continuidade do atendimento as vítimas. O estudo demonstrou que apesar da obrigatoriedade da notificação, os casos de violência contra mulher acabam passando despercebidos pelos profissionais da APS confirmando a fragilidade do serviço em identificar e notificar o problema. Diante da problemática exposta evidenciou-se a necessidade de investimentos na formação dos profissionais envolvidos na APS refletida pelo discurso de desconhecimento e/ou despreparo no atendimento desses casos.
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