Características físicas, químicas e sensoriais de feijões crioulos orgânicos, cultivados na região de Goiânia-GO
Resumen
A grande variabilidade genética presente no germoplasma de feijão cultivado nas pequenas propriedades é de fundamental importância na estratégia de sobrevivência dos pequenos agricultores, pois eles selecionam os materiais adaptados às suas condições agroecológicas e socioeconômicas. A agricultura orgânica é um método de cultivo que visa o estabelecimento de sistemas agrícolas ecologicamente equilibrados e estáveis, economicamente produtivos, de elevada eficiência. O presente trabalho teve por objetivo comparar as características físicas (cor, peso e dimensões), a composição centesimal (produto in natura) e a aceitação (produto cozido) de 6 feijões crioulos em comparação com a cultivar Pérola. Esta reuniu o melhor conjunto de aspectos relacionados à qualidade, pois devido ao melhoramento genético, possui tamanho médio, valor nutricional superior, principalmente em relação aos teores de proteínas (20,1 g.100g-1) e fibras (16,3 g.100g-1), além de ser o mais aceito em relação à aparência (cor clara), sabor e maciez. Dentre os feijões crioulos, destacou-se o feijão Cavalo, que apresentou maior massa (peso de 100 grãos: 34,4 g), bom valor nutricional (extrato etéreo, cinzas e fibras), além de ser muito aceito pelos consumidores, principalmente em relação à maciez, sabor e aparência (claro e graúdo). O feijão Roxinho Tradicional, apesar de ser o menor, mais escuro e avermelhado dos feijões, foi bem aceito pelos consumidores em todos os atributos sensoriais, além de possuir teor expressivo de proteínas (18,4 g.100g-1).